Registros de enfermagem em uma emerg�ncia cardiol�gica: caracter�sticas, diagn�sticos e interven��es de enfermagem
Nursing records in a cardiology emergency: characteristics, diagnoses and nursing interventions
Registros de enfermer�a en una emergencia cardiol�gica: caracter�sticas, diagn�sticos e intervenciones de enfermer�a
Miranda, Michelly;[1] Lazzari, Daniele Delacanal;[2] Vicente, Camila;[3] Oliveira, Cintia Iara;[4] Boff, Liziane Concei��o Goulart;[5] Mairesse, Ana Paula[6]
RESUMO
Objetivo: analisar os registros de enfermagem, no contexto do paciente cardiol�gico na emerg�ncia. M�todo: estudo quantitativo, descritivo, realizado de maio a junho de 2018, por meio da avalia��o dos registros eletr�nicos de enfermagem de uma emerg�ncia cardiol�gica, utilizando roteiro pr�-elaborado. An�lise por estat�stica simples descritiva. Resultados: dos 140 registros de enfermagem, identificou-se 53 itens: 46(86,79%) referentes �s necessidades psicobiol�gicas, 6(11,32%) psicossociais e 1(1,89%) psicoespiritual. Encontraram-se 22 diagn�sticos de enfermagem, com destaque no risco de infec��o 90(64,28%), processo card�aco prejudicado 78(55,71%) e risco de altera��es cardiovasculares/hemodin�mica 34(24,28%). E 14 interven��es de enfermagem, incluindo: monitorar sinais vitais 20(14,28%); avaliar dor 16(11,42%); manter ambiente calmo e tranquilo 15(10,71%). Conclus�o: os registros apresentam defici�ncia quanto �s caracter�sticas dos pacientes card�acos, interven��es de enfermagem superficiais e desconexas aos diagn�sticos de enfermagem mais frequentes.
Descritores: Enfermagem; Processo de enfermagem; Registros de enfermagem; Servi�o hospitalar de cardiologia; Emerg�ncias
ABSTRACT
Objective: to analyze the nursing records in the context of cardiac patients in the emergency room. Method: quantitative, descriptive study, carried out from May to June 2018, through the evaluation of electronic nursing records of a cardiology emergency, using a pre-prepared script. Simple descriptive statistical analysis. Results: from 140 nursing records, 53 items were identified: 46(86.79%) referring to psychobiological needs, 6(11.32%) psychosocial and 1(1.89%) psychospiritual. 22 nursing diagnoses were found, with emphasis on the risk of infection 90(64.28%), impaired cardiac process 78(55.71%) and risk of cardiovascular/hemodynamic changes 34(24.28%). And 14 nursing interventions, including: monitoring vital signs 20(14.28%); assess pain 16(11.42%); maintain a calm and peaceful environment 15(10.71%). Conclusion: the records show deficiencies regarding the characteristics of cardiac patients, superficial nursing interventions and disconnected from the most frequent nursing diagnoses.
Descriptors: Nursing; Nursing process; Nursing records; Cardiology service, hospital; Emergencies
RESUMEN
Objetivo: analizar los registros de enfermer�a en contexto de pacientes card�acos en urgencias. M�todo: estudio cuantitativo, descriptivo, realizado de mayo a junio de 2018, mediante la evaluaci�n de registros electr�nicos de enfermer�a de una emergencia cardiol�gica, utilizando un gui�n preestablecido. An�lisis estad�stico descriptivo simple. Resultados: 140 registros de enfermer�a se identificaron 53 �tems: 46(86,79%) necesidades psicobiol�gicas, 6(11,32%) psicosociales, 1(1,89%) psicoespiritual. Encontraron 22 diagn�sticos de enfermer�a, con �nfasis en riesgo de infecci�n 90(64,28%), deterioro del proceso card�aco 78(55,71%), riesgo de alteraciones cardiovasculares/hemodin�micas 34(24,28%). 14 intervenciones de enfermer�a, que incluyen: seguimiento de signos vitales 20(14,28%); evaluar dolor 16(11,42%); mantener ambiente tranquilo y pac�fico 15(10,71%). Conclusi�n: los registros muestran deficiencias en cuanto a las caracter�sticas de los pacientes card�acos, intervenciones de enfermer�a superficiales y desconectadas de los diagn�sticos de enfermer�a m�s frecuentes.
Descriptores: Enfermer�a; Proceso de enfermer�a; Registros de enfermer�a; Servicio de cardiolog�a en hospital; Urgencias m�dicas
INTRODU��O
A enfermagem como ci�ncia vem sendo constru�da e reconhecida gradativamente ao longo da hist�ria. Esse alcance teve in�cio primeiramente nos Estados Unidos com o desenvolvimento das Teorias de Enfermagem e foi sendo disseminada para o restante do mundo, chegando no Brasil, na d�cada de 1970, com a Teoria das Necessidades Humanas B�sicas de Wanda Horta.1
A partir desse per�odo, foi sendo aprofundado os estudos sobre a tem�tica no Brasil, surgindo a necessidade de amparar os cuidados de enfermagem prestados pela equipe de enfermagem. Implementou-se, assim, a Sistematiza��o da Assist�ncia de Enfermagem (SAE) e o Processo de Enfermagem (PE), por meio da Resolu��o 272/2002, revogada pela Resolu��o COFEN 358/2009.2 Apesar de quase 20 anos, ainda nos tempos atuais, existe muita confus�o sobre a diferen�a entre SAE e PE, contudo tal diferencia��o j� est� consolidada e superada na literatura. Com isso, vale relembrar que a SAE tem por finalidade organizar o trabalho da Enfermagem, quanto ao m�todo, pessoal e instrumentos, de modo que seja poss�vel a operacionaliza��o do Processo de Enfermagem. A escolha pelo uso da express�o da SAE se deu ao considerar ser uma express�o bastante utilizada pelos profissionais da Enfermagem e que diz respeito eminentemente � cultura da Enfermagem brasileira.2
J� o PE � definido como um instrumento metodol�gico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documenta��o da pr�tica profissional. Tal m�todo propicia a organiza��o e dire��o ao cuidado de enfermagem, sendo a ess�ncia, o instrumento e a metodologia da pr�tica de enfermagem, contribuindo para o pensamento cr�tico do enfermeiro no processo de tomada de decis�es e de prever e avaliar os resultados.2
Os registros de enfermagem possibilitados pela implementa��o do PE est�o presentes em estudos nacionais e internacionais que abordam a sua import�ncia e afirmam que o registro cl�nico, di�rio e cont�nuo � o principal meio de comunica��o entre as equipes de sa�de, ferramenta importante para a coordena��o do cuidado e avalia��o da qualidade da assist�ncia prestada.3-4
A qualidade dos registros de enfermagem deve ser incorporada e valorizada nos processos de trabalho gerencial e assistencial dos profissionais da equipe de enfermagem, pois quando realizados de forma fidedigna, completa, objetiva, clara e leg�vel, contribuem para a pr�tica do cuidado direto, dos resultados e da satisfa��o dos pacientes; subsidia o racioc�nio, julgamento cl�nico e a discuss�o cl�nica entre as equipes, garantindo comunica��o efetiva; produz continuidade das informa��es e do cuidado e consequentemente, melhora a seguran�a do paciente e a qualidade da assist�ncia.3-6 Al�m disso, servem de fonte de informa��es para quest�es jur�dicas, de pesquisa e educa��o.5
Apesar da sua import�ncia, os estudos atuais mostram realidades diferentes, ao identificarem a necessidade da melhoria dos registros de enfermagem, devido � baixa qualidade desses registros e ainda, a defici�ncia de conte�do, n�o retratando a realidade do paciente e nem da assist�ncia prestada.4,7-8 Cerca de 50% das informa��es contidas nos prontu�rios s�o da equipe de enfermagem, contudo, a maioria � subjetiva, amb�gua, incompreens�vel e confusa, n�o havendo uma descri��o padr�o.4
A recomenda��o, diante disso, � que esses registros sigam normas, estabelecendo crit�rios fixos para a avalia��o e registro, a fim de seguir as obriga��es dos aspectos �ticos e legais, contribuindo com qualidade para a assist�ncia de enfermagem.5,8
Na unidade de emerg�ncia esses registros de enfermagem tamb�m s�o essenciais, apesar de ser um local onde ainda � necess�rio sistematizar a assist�ncia para que seja poss�vel a implementa��o das normas e rotinas baseadas em evid�ncias. Essa dificuldade ocorre devido � alta rotatividade de pacientes e atendimentos, por ser uma unidade que acolhe pacientes com risco iminente de morte e instabilidade cl�nica por 24 horas, de porta aberta.9
No contexto cardiol�gico essa realidade fica ainda mais estreita. As doen�as cardiovasculares t�m tomado grandes propor��es nas �ltimas d�cadas, com aumento na morbimortalidade nos pa�ses desenvolvidos e em desenvolvimento. E apesar do aumento de pessoas acometidas com doen�as cardiovasculares, ainda h� poucos estudos sobre o registro de enfermagem nesse p�blico.10-11
Em busca de uma padroniza��o dos registros e levando em considera��o a din�mica diferencial do setor de emerg�ncia e da complexidade cl�nica de um paciente cardiol�gico. Identificou-se a necessidade de analisar os registros de enfermagem, a fim de elencar as principais caracter�sticas avaliadas, assim como, os Diagn�sticos de Enfermagem (DE) e Interven��es de Enfermagem (IE) mais utilizados pelos enfermeiros no cuidado ao paciente cardiol�gico em uma unidade de emerg�ncia. Para que, futuramente, a partir da identifica��o e an�lise cr�tica dessa realidade, possa ser realizado o fortalecimento dos pontos positivos e melhorias nas lacunas encontradas nos registros de enfermagem.
Obt�m-se, assim, a pergunta de pesquisa: Quais as principais caracter�sticas, diagn�sticos e interven��es utilizadas nos registros de enfermagem, no contexto do paciente cardiol�gico, em uma unidade de emerg�ncia?� Com o objetivo de analisar os registros de enfermagem, no contexto do paciente cardiol�gico na emerg�ncia.
MATERIAIS E M�TODO
Estudo quantitativo, observacional do tipo descritivo, com coleta em dados secund�rios e de modo retrospectivo. A coleta foi realizada por meio dos registros de enfermagem nos prontu�rios eletr�nicos utilizados em uma emerg�ncia cardiol�gica de um hospital estadual no sul do Brasil. A institui��o � refer�ncia no atendimento de alta complexidade cardiovascular, incluindo especialidade cl�nica, cir�rgica e ambulatorial, com servi�o de apoio diagn�stico e terap�utico.
Os crit�rios de inclus�o do prontu�rio consistiram em ser de pacientes da especialidade cardiol�gica que estiveram internados nas unidades de reanima��o, semi-intensiva, medica��o e repouso; durante o m�s de maio de 2018, e que possu�am pelo menos um registro de enfermagem no setor. Foram exclu�dos os pacientes menores de 18 anos e da especialidade vascular. Os pacientes com registros dispon�veis e que se encaixaram nos crit�rios citados totalizaram uma amostra de 140 registros de enfermagem avaliados.
A coleta de dados ocorreu por apenas uma integrante, previamente treinada, que realizou a coleta mediante acesso ao prontu�rio eletr�nico da institui��o, ap�s contato pr�vio com a chefia da unidade, durante os meses de maio a julho de 2018, no per�odo noturno, com a utiliza��o de roteiros estruturados para nortear e possibilitar a anota��o dos dados.
O roteiro de coleta de dados foi constru�do pela pr�pria autora deste estudo e � composto por tr�s etapas: a primeira etapa consiste na identifica��o das caracter�sticas avaliadas pelos enfermeiros, registrados na evolu��o de enfermagem, de acordo com a Teoria das Necessidades Humanas B�sicas (psicobiol�gicas, psicossociais e psicoespirituais); a segunda etapa cont�m a sele��o dos DE encontrados e a terceira, as IEs formuladas pelos enfermeiros.
Os registros na institui��o do estudo ocorrem por meio das etapas do PE, em prontu�rio eletr�nico, pelo sistema de informa��o MicroMed�. Os registros s�o realizados uma vez ao dia para cada paciente, onde existe uma divis�o pr�-estabelecida por turnos, entre as equipes.
O sistema eletr�nico na institui��o foi implantado h� cerca de 10 anos, contudo, apenas h� tr�s anos, a evolu��o de enfermagem � organizada no formato de Subjetivo, Objetivo, An�lise e Plano (SOAP), baseando-se na Teoria das Necessidades Humanas B�sicas de Wanda Horta, incluindo as necessidades psicobiol�gicas, psicossociais e psicoespirituais.12 Os profissionais utilizavam como padr�o da rotina do seu setor, o sistema de classifica��o North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) 2015-2017 e o Nursing Intervention Classification (NIC) 2016, ambas vers�es apresentando algumas adapta��es.
Os dados coletados foram transcritos e armazenados em planilhas no software Microsoft Excel�, compondo o banco de dados do estudo. A an�lise foi realizada por estat�stica simples descritiva, onde os resultados foram sumarizados como frequ�ncias absolutas (n) e frequ�ncias relativas (%). Utilizaram-se instrumentos na forma de tabelas para apresenta��o dos resultados.
O estudo foi aprovado pelo Comit� de �tica e Pesquisa com Seres Humanos da institui��o da qual foi realizado o estudo, submetido e aprovado na Plataforma Brasil da Universidade Federal de Santa Catarina, com Certificado de Apresenta��o para Aprecia��o �tica n. 86398218.5.0000.0121 e parecer n. 2.722.918. Cumpriu-se as normas estabelecidas pela Resolu��o 466/2012 do Conselho Nacional de Sa�de.
Todas as recomenda��es da Rede Enhancing the QUAlity and Transparency of Research (EQUATOR) em parceria com a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS/OMS) foram seguidas, utilizando como base os padr�es SQUIRE 2.0 para representar qualquer abordagem que envolva melhorias nos cuidados de sa�de.
RESULTADOS
No total foram 140 registros de enfermagem avaliados de acordo com a Teoria das Necessidades Humanas B�sicas. Nesses registros foram identificados 53 (100%) itens, sendo 46 (86,79%) referentes �s necessidades psicobiol�gicas, seis (11,32%) psicossociais e um (1,89%) psicoespirituais.
As necessidades psicobiol�gicas apareceram 1.855 vezes, as necessidades psicossociais 408 e psicoespirituais uma �nica vez. Das necessidades psicobiol�gicas, os registros de regula��o neurol�gica apareceram 448 (24,15%) vezes, percep��o dos �rg�os dos sentidos 103 (5,55%), oxigena��o 196 (10,57%), alimenta��o 240 (12,94%), regula��o vascular 319 (17,20%), regula��o tegumentar 426 (22,96%) e elimina��es 123 (6,63%), conforme destacado na Tabela 1.
Tabela 1: Itens avaliados de acordo com a teoria das Necessidades Humana B�sicas (parte 1), Florian�polis, 2018.
Vari�veis |
n |
% |
Necessidades Psicobiol�gigas |
|
|
Regula��o Neurol�gica |
|
|
Desorientada Orientada Glasglow 15 Agitada Calmo Prostrado Contactuante/Comunicativa Responsiva Pouco responsivo L�cido Pupilas isoc�ricas fotorreagentes Alerta Confus�o mental Sem queixas �lgicas Dor Dormindo bem � noite |
04 120 08 01 05 02 112 11 02 120 17 03 02 26 11 04 |
2,85 85,71 5,71 0,71 3,57 1,42 80,00 7,85 1,42 85,71 12,14 2,14 1,42 18,57 7,85 2,85 |
Percep��o dos �rg�os dos sentidos |
|
|
Acuidade visual/auditiva prejudicada Acuidade visual/auditiva preservada |
12 91 |
8,57 65,00 |
Oxigena��o |
|
|
Eupneico em ar ambiente Eupneico em uso de cateter nasal Boa expansividade tor�cica bilateral Registro de satura��o Registro de frequ�ncia respirat�ria Ausculta MV(+), livre de ru�dos advent�cios |
122 07 55 05 03 04 |
87,14 5,00 39,28 3,57 2,14 2,85 |
Alimenta��o |
|
|
Aceita bem a dieta oferecida Aceita parcialmente a dieta oferecida Dieta livre Abdome plano/globoso/fl�cido e indolor Ru�dos hidroa�reo presente |
10 02 34 90 04 |
78,57 1,42 24,28 64,28 2,85 |
Regula��o Vascular |
|
|
Boa perfus�o perif�rica Pulsos presentes Sem acesso venoso Com acesso venoso Registro/Avalia��o da frequ�ncia card�aca Registro/Avalia��o da press�o arterial |
110 108 49 40 09 03 |
78,57 77,14 35,00 28,57 6,42 2,14 |
Regula��o Tegumentar |
|
|
Corado Hipocorado Hidratado Livre de edemas Edema Pele �ntegra Perfus�o tissular perif�rica <2s |
101 06 106 101 02 90 20 |
72,14 4,28 75,71 72,14 1,42 64,28 14,28 |
Elimina��es |
|
|
Em sonda vesical de demora Diurese espont�nea Elimina��es fisiol�gicas normais Intestinais ausentes no per�odo |
03 45 38 37 |
2,14 32,85 27,14 26,42 |
Necessidades Psicossociais |
|
|
Agitado Calmo Tranquilo Contactuante N�o colaborativo Aceitando tratamento N�o questionado |
03 90 103 100 03 109 01 |
2,14 64,28 73,57 71,42 2,14 77,85 0,71 |
Necessidade Psicoespirituais |
|
|
N�o questionado Acredita em Deus |
139 01 |
99,28 0,71 |
Nota: Dados originais da pesquisa. Legenda - n: n�mero; %: porcentagem; MV(+): murm�rios vesiculares presentes.
Fonte: dados da pesquisa, 2018.
Encontraram-se 22 DEs formulados pelos enfermeiros, com destaque em: risco de infec��o 90(64,28%), processo card�aco prejudicado 78 (55,71%), risco de altera��es cardiovasculares/hemodin�mica 34 (24,28%), ventila��o espont�nea preservada 34 (24,28%), comunica��o verbal preservada 30 (21,42%) e conforto prejudicado em 29 (20,71%). Os demais DE encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2: Diagn�sticos de enfermagem em unidade de emerg�ncia cardiol�gica conforme NANDA (2015-2017), Florian�polis, 2018.
Diagn�sticos de Enfermagem |
n |
% |
Processo card�aco prejudicado Risco de processo card�aco prejudicado Risco de dor Comunica��o verbal prejudicada Comunica��o prejudicada Ventila��o espont�nea preservada Risco de infec��o Conforto prejudicado Risco de altera��es cardiovasculares/hemodin�mica Integridade da pele prejudicada Risco de dispneia Dor Risco de dor tor�cica D�bito card�aco diminu�do Sangramento Ferida diab�tica Infec��o Nutri��o desequilibrada: menor que as necessidades corporais Processo do sistema respirat�rio prejudicado Risco para troca gasosa ineficaz Risco de dor tor�cica |
78 24 24 30 06 34 90 29 34 04 04 02 03 03 01 01 01 01 01 01 01 |
55,71 17,14 17,14 21,42 4,28 24,28 64,28 20,71 24,28 2,85 2,85 1,42 2,14 2,14 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71 |
Nota: Dados originais da pesquisa. Legenda - n: n�mero. %: porcentagem.
Fonte: dados da pesquisa, 2018.
Observou-se 14 IE propostas pelos enfermeiros, destas, encontram-se: monitorar sinais vitais 20 (14,28%); avaliar dor, comunicando e medicando conforme prescri��o m�dica 16 (11,42%); manter ambiente calmo e tranquilo 15 (10,71%) e realizar higiene e conforto 11 (7,85%). As IE est�o dispon�veis na Tabela 3.
Tabela 3: Interven��es de enfermagem na unidade de emerg�ncia cardiol�gica, conforme NIC (2016), Florian�polis, 2018.
Interven��es de Enfermagem |
n |
% |
Monitorar sinais vitais Realizar higiene e conforto Manter ambiente calmo e tranquilo Atentar para altera��es hemodin�micas Avaliar dor, comunicando e medicando CPM Observar elimina��es Manter cuidados com acesso venoso perif�rico Atentar para a ocorr�ncia de dor tor�cica e comunicar Manter jejum Estimular ingesta h�drica e alimentar Manter cuidados com oxigenioterapia Manter cuidados com sonda vesical de demora Manter cabeceira elevada Providenciar apoio emocional |
20 11 15 05 16 05 08 03 01 04 01 01 01 01 |
14,28 7,85 10,71 3,57 11,42 3,57 5,71 2,14 0,71 2,85 0,71 0,71 0,71 0,71 |
Nota: Dados originais da pesquisa. Legenda - n: n�mero; %: porcentagem; COM: conforme prescri��o m�dica.
Fonte: dados da pesquisa, 2018.
DISCUSS�O
A maioria das avalia��es dos enfermeiros est�o voltadas �s necessidades psicobiol�gicas, mostrando que as psicossociais e psicoespirituais s�o pouco exploradas pela realidade do local da pesquisa. Isso pode estar relacionado ao fato de ser um setor de emerg�ncia, onde a rotina n�o � bem estabelecida, devido ao alto fluxo de pessoas e demanda de pacientes graves.9
Apesar de as necessidades psicobiol�gicas terem sido as mais evidenciadas, ainda se observa a aus�ncia da abordagem de alguns aspectos importantes para o cuidado de enfermagem e a qualidade na assist�ncia, como: sono e repouso, exerc�cio e atividades f�sicas, mec�nica corporal, motilidade, mobilidade, sexualidade, cuidado corporal, regula��o t�rmica, regula��o hormonal, regula��o hidreletrol�tica e imunol�gica.12
As principais caracter�sticas das necessidades psicobiol�gicas est�o voltadas � regula��o neurol�gica, tegumentar e vascular. Estudos mostram, contudo, que os pacientes cardiol�gicos apresentam com maior frequ�ncia sintomas voltados � regula��o cardiopulmonar, devido � presen�a de altera��es no padr�o respirat�rio e na fun��o card�aca.11,13-14
Um estudo realizado na mesma institui��o da pesquisa atual, mostra o perfil dos pacientes internados por insufici�ncia card�aca. Identificou-se que as complica��es mais frequentes foram infec��o respirat�ria, fibrila��o atrial, angina inst�vel e infarto agudo do mioc�rdio. As outras complica��es em menor frequ�ncia foram: tromboembolismo pulmonar, necessidade de di�lise e bradicardia.15
Verifica-se uma discrep�ncia entre as informa��es dos estudos citados,11,14-15 com as caracter�sticas dos pacientes card�acos trazidas pelo presente estudo, j� que a pesquisa mostra que a maioria dos termos utilizados para o registro da avalia��o cl�nica do paciente, permeiam um paciente est�vel e clinicamente sem altera��es, incluindo as avalia��es: neurologicamente est�vel, percep��o dos �rg�os do sentido preservadas, padr�o ventilat�rio adequado, boa alimenta��o, regula��o vascular e tegumentar preservadas, com elimina��es vesicais presentes e fisiol�gicas normais. Essa rela��o est� possivelmente associada � defici�ncia da avalia��o cl�nica dos pacientes pelos enfermeiros, e/ou da defici�ncia na fidelidade dos seus registros que n�o refletem a realidade dos pacientes sob seus cuidados, o que vai de encontro com diversos estudos que mostram as falhas dos registros de enfermagem.4,7-8
Um estudo de revis�o integrativa de literatura tamb�m trouxe os principais sintomas encontrados em pacientes cardiol�gicos evidenciando principalmente caracter�sticas de descompensa��o respirat�rio, como: dispneia (91,3%), fadiga (66,8%), edema (66,7%), dispneia parox�stica noturna (56,7%), estase jugular (53,3%), ortopneia (49,3%), tosse (34,7%) e precordialgia (21,5%).10 Aspectos estes, bem diferentes dos identificados nos registros de enfermagem na institui��o do estudo atual.
Outro estudo em pacientes com insufici�ncia card�aca trouxe que os principais motivos de descompensa��o card�aca foram: alguma infec��o no momento da admiss�o 12 (57,14%), arritmia 11 (52,38%), dois (9,5%) s�ndrome coronariana aguda, tr�s (14,28%) rompimento do tratamento. Sendo que 16 (76,19%) estavam com sinais cl�nicos de congest�o e boa perfus�o, quatro (19,04%) sinais de congest�o e m� perfus�o, um (4,7%) sem congest�o e com boa perfus�o.14
Apesar de s� um registro n�o ter abordado nenhuma necessidade psicossocial, percebe-se que a maioria dos itens avaliados est�o voltados para a orienta��o em tempo e espa�o, comunica��o e comportamento, n�o trazendo abordagens do contexto social que s�o sugeridas pela Teoria da Necessidades Humanas B�sicas, como: seguran�a, amor, liberdade, criatividade, aprendizagem, greg�ria, recrea��o, lazer, espa�o, aceita��o, autorrealiza��o, autoestima, participa��o, autoimagem e aten��o.12
J� em rela��o �s necessidades psicoespirituais, verifica-se que a maioria dos profissionais n�o aborda em seus registros informa��es sobre esses aspectos no contexto da emerg�ncia cardiol�gica, estando presente em apenas um registro o relato de �acreditar em Deus�. Sendo que as necessidades psicoespirituais al�m da ordem religiosa ou teol�gica, tamb�m abordam quest�o �tica ou de filosofia de vida.12,16
Neste sentido � importante que o enfermeiro considere o paciente em sua singularidade, respeitando cren�as, culturas e o saber do outro.15 Sendo essencial que ele desenvolva habilidades pertinentes � profiss�o como a empatia, a comunica��o, a escuta ativa, pois, � atrav�s da avalia��o do estado emocional e das cren�as que o enfermeiro poder� planejar e colocar em pr�tica o seu cuidado.17
Os DE s�o a segunda etapa do PE e consistem em um processo de interpreta��o das respostas da pessoa, fam�lia ou coletividade humana obtida na primeira etapa, conhecida como Hist�rico de Enfermagem.2 Este deve ser baseado no momento do processo de sa�de-doen�a, possuindo import�ncia no cuidado ao paciente, pois � considerado a atividade intelectual que o profissional de enfermagem desenvolve no seu cotidiano. Para a compila��o dos DE, o enfermeiro deve utilizar seu conhecimento, suas habilidades cognitivas, interpessoais e suas atitudes profissionais, desempenhando o racioc�nio cl�nico e realizando a articula��o com o PE.18-19
Alguns estudos mostram o d�bito card�aco diminu�do como um dos principais DE em pacientes cardiol�gicos.13,20 Apesar de no estudo em quest�o esse DE aparecer apenas tr�s (2,14%) vezes, o DE processo card�aco prejudicado aparece em 78 (55,71%) registros, ocupando o segundo lugar entre os mais frequentes nesta pesquisa, podendo ser considerado DE similares.�
Em contrapartida, estudos recentes mostram os DE padr�o ventilat�rio ineficaz e desobstru��o ineficaz das vias a�reas tamb�m significativos para o contexto do paciente card�aco.13,20 Esses DE v�o ao desencontro do encontrado na pesquisa, pois o DE ventila��o espont�nea preservada 34 (24,28%), foi o quarto DE mais utilizado, e os DE: processo do sistema respirat�rio prejudicado, risco de troca gasosa ineficaz, e risco de dispneia apareceram apenas um (0,71%), um (0,71%) e quatro (2,85%), respectivamente.
Outros DE trazidos como importantes foram: intoler�ncia � atividade, ang�stia espiritual, conhecimento deficiente, volume excessivo de l�quidos, perfus�o tissular perif�rica ineficaz, medo, ansiedade e dor.13,20
As IE est�o compostas na terceira etapa do PE, o Planejamento de Enfermagem, onde s�o determinados os resultados que se espera alcan�ar e a determina��o das a��es que ser�o realizadas2. Essa tamb�m � parte essencial do PE, a partir delas s�o tra�ados os cuidados a cada paciente, tendo como objetivo o controle das necessidades e par�metros vitais do paciente. A realiza��o adequada dessas IE permite o tratamento apropriado e diminui a probabilidade de desencadear intercorr�ncias e cuidados inapropriados.21
Um estudo brasileiro trouxe os principais cuidados de enfermagem, com destaque em: verifica��o de medidas antropom�tricas, avalia��o dos sinais vitais, oxigenoterapia, pun��o venosa perif�rica, pele e feridas. Dentre os prescritos com menor frequ�ncia est�o a avalia��o da efetividade dos medicamentos administrados e alimentar o paciente enquanto a refei��o ainda estiver quente. As �reas de cuidado corporal e elimina��es, cuidados com pele e mucosas, investiga��o e monitoramento receberam os maiores escores.22
Assim como em alguns outros estudos, verifica-se tamb�m uma superficialidade nas IE, mostrando aspectos gerais de cuidado de enfermagem, n�o sendo identificado nenhum cuidado espec�fico voltado ao paciente card�aco.4,7-8 As recomenda��es s�o que as IE devem ser focadas em interven��es terap�uticas, educativas e de autocuidado para os pacientes com insufici�ncia card�aca.13
Vale tamb�m destacar que os DE devem ser a base para a sele��o das IE, a fim de alcan�ar os resultados esperados,2 desta forma, deve-se existir uma liga��o entre as IE e os DE selecionados para um determinado paciente. Na institui��o de estudo, contudo, percebe-se uma discrep�ncia entre as IE e os DE mais utilizados pelos enfermeiros.
Verifica-se essa situa��o, ao identificar que os DE que apareceram com maior frequ�ncia foram referentes ao risco de infec��o 90 (64,28%) e o processo card�aco prejudicado 78 (55,71%), sendo que ambos, n�o possuem IE espec�ficas para esse problema identificado. Assim como, o DE �risco de altera��es cardiovasculares/hemodin�mica� com 34(24,28%), o terceiro mais frequente, possui uma IE descrita como �atentar para altera��es hemodin�micas� que aparece apenas cinco (3,57%) vezes durante os registros.
Essa situa��o pode estar relacionada com a dificuldade na implementa��o do PE nas unidades de emerg�ncia. De acordo com alguns estudos, essa dificuldade leva ao planejamento de a��es e IE inadequadas como a falta de adequa��o das prescri��es �s necessidades de cuidados dos pacientes.9,22-23 Muitas vezes, esta inadequa��o decorre do insuficiente quadro de pessoal dispon�vel para o atendimento dos pacientes, da limitada infraestrutura para a atua��o do enfermeiro ou do n�o envolvimento e/ou desvaloriza��o por parte destes profissionais na operacionaliza��o do PE.9,22
Vale ressaltar que apesar de o setor utilizar o sistema NANDA e NIC adaptados, identifica-se que muitos DE e IE trazidos nos prontu�rios dos pacientes est�o desatualizados e n�o s�o identificados como parte do sistema de classifica��o das refer�ncias citadas. Assim, a educa��o permanente com os enfermeiros entra nesse contexto como essencial, pois, estudos mostram que a capacita��o da equipe est� diretamente relacionada a uma adequada implementa��o do PE, visto que o conhecimento atualizado contribui positivamente para a sua implementa��o e ades�o. Al�m disso, reflete na compreens�o da import�ncia dos instrumentos, na resolu��o de d�vidas, no correto registro e na implementa��o do PE, melhorando a qualidade da assist�ncia.23
O estudo possui limita��es ao ser realizado em apenas um centro de emerg�ncia cardiol�gica, em curto per�odo e enfrentando a falta de registros de alguns pacientes no sistema de informa��o.
CONCLUS�ES
O estudo identificou que os registros de enfermagem apresentam defici�ncia quanto �s caracter�sticas avaliadas pelos profissionais. Apesar da import�ncia no contexto do cuidado de enfermagem e de refletir a pr�tica cl�nica na unidade de emerg�ncia cardiol�gica, as IE demonstram a��es superficiais quando se trata do cuidado ao paciente cardiol�gico, n�o possuindo liga��o com os DE apresentados.
Tamb�m se destaca uma lacuna no registro da avalia��o cl�nica do enfermeiro, assim como, na aplica��o das etapas de DE e IE do PE, no contexto do atendimento em unidades de emerg�ncia cardiol�gica. Sugere-se a realiza��o de novos estudos, com maior aprofundamento e possibilitando qualificar os profissionais acerca da implementa��o da SAE e do PE.
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Recebido em: 30/09/2021
Aceito em: 15/09/2022
Publicado em: 24/10/2022
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Como citar: Miranda M, Lazzari DD, Vicente C, Oliveira CI, Boff LCG, Mairesse AP. Registros de enfermagem em uma emerg�ncia cardiol�gica: caracter�sticas, diagn�sticos e interven��es de enfermagem. J. nurs. health. 2022;12(2):e2212221815. Dispon�vel em: https://doi.org/10.15210/jonah.v12i2.3497