ARTIGO de revis�o
Uso de
tecnologias para o processo de enfermagem:
revis�o integrativa
Use of technologies for the nursing process: integrative
review
Uso de tecnolog�as para el proceso de enfermer�a: revisi�n
integrativa
Silva, Lu�sa Pimentel;
Fritzen, Aline;
Linch, Graciele Fernanda da Costa
RESUMO
Objetivo: avaliar as evid�ncias sobre o que tem
sido produzido cientificamente a respeito do uso de tecnologias para
implementa��o do processo de enfermagem. M�todo: revis�o integrativa da
literatura com busca nas bases de dados Web of Science, SCOPUS e Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online, com os descritores: "Nursing
Process" e "Technology". Inclu�dos artigos
publicados na �ntegra entre 2015 e 2020, em portugu�s, ingl�s ou espanhol, e
que respondessem � quest�o norteadora. Resultados: inclu�dos 20 artigos,
publicados a partir de 2015, com maior concentra��o em 2019. As an�lises foram
divididas em tr�s eixos tem�ticos: Taxonomias empregadas para a implementa��o
do Processo de Enfermagem; Tecnologias como ferramentas de educa��o para
implementa��o; Desenvolvimento e an�lise do uso de tecnologias no contexto da
Sistematiza��o da Assist�ncia de Enfermagem. Conclus�o: necessidade de
aproxima��o entre as �reas de tecnologia e sa�de para implementar e manter a
execu��o do processo de enfermagem.
Descritores: Processo de enfermagem; Tecnologia
educacional; Inform�tica em enfermagem
ABSTRACT
Objective: evaluate evidence on what has been scientifically produced
regarding the use of technologies to implement the nursing process. Method:
integrative literature review with search in the Web of Science, SCOPUS and
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online databases, with the
descriptors: "Nursing Process" and "Technology". Articles
published in full between 2015 and 2020, in Portuguese, English or Spanish, and
that answered the guiding question, were included. Results: 20 articles
were included, published from 2015, with the highest concentration in 2019. The
analyzes were divided into three thematic axes: Taxonomies used to implement
the Nursing Process; Technologies as educational tools for implementation;
Development and analysis of the use of technologies in the context of
Systematization of Nursing Care. Conclusion: need for closer ties
between the areas of technology and health to implement and maintain the
execution of the nursing process.
Descriptors: Nursing process; Educational technology; Nursing informatics
RESUMEN
Objetivo: evaluar evidencias sobre lo producido cient�ficamente sobre el uso
de tecnolog�as para implementar el proceso de enfermer�a. M�todo:
revisi�n integrativa de la literatura con b�squeda en las bases de datos Web of
Science, SCOPUS y Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, con
los descriptores: "Proceso de enfermer�a" y "Tecnolog�a".
Se incluyeron art�culos publicados �ntegramente entre 2015 y 2020, en
portugu�s, ingl�s o espa�ol, y que respondieran a la pregunta orientadora. Resultados:
se incluyeron 20 art�culos, publicados desde 2015, con mayor concentraci�n en
2019. Los an�lisis se dividieron en tres ejes tem�ticos: Taxonom�as utilizadas
para implementar el Proceso de Enfermer�a; Tecnolog�as como herramientas
educativas para la implementaci�n; Desarrollo y an�lisis del uso de tecnolog�as
en el contexto de la Sistematizaci�n de la Atenci�n de Enfermer�a. Conclusi�n:
existe la necesidad de estrechar lazos entre las �reas de tecnolog�a y salud
para implementar y mantener la ejecuci�n del proceso de enfermer�a.
Descriptores: Proceso de enfermer�a; Tecnolog�a educacional; Inform�tica aplicada
a la enfermer�a
INTRODU��O
A Sistematiza��o da Assist�ncia em Enfermagem (SAE) �
um processo e tem como objetivo identificar as situa��es de sa�de e doen�a e as
necessidades de cuidados de enfermagem, bem como auxiliar no desenvolvimento de
interven��es, promo��o, preven��o, recupera��o e reabilita��o da sa�de do
indiv�duo.1 Para implanta��o da SAE s�o necess�rias mudan�as de
comportamento e para isso as estrat�gias e os planos de a��o que incorporam
essa metodologia na pr�tica precisam ser pensados e discutidos. O Processo de
Enfermagem (PE) � considerado um m�todo de trabalho, uma forma de pensar que
orienta a assist�ncia. Para que este traga vantagens para o atendimento do
enfermeiro precisa ter conhecimento cient�fico, t�cnico e fazer julgamentos
cl�nicos adequados, prescrevendo cuidados alinhados � necessidade individual de
cada ser humano.2
A Resolu��o, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEn)
n� 358, que vigora desde 2009, preconiza que todas as institui��es de sa�de,
onde ocorrem cuidados de enfermagem, devem utilizar a SAE, implementando na
pr�tica assistencial seus conhecimentos t�cnico-cient�ficos, organizando o
trabalho profissional em rela��o ao m�todo, recursos humanos e instrumentos,
tornando poss�vel a operacionaliza��o e documenta��o do PE. Esse �ltimo �
dividido em cinco etapas: Hist�rico de Enfermagem; Diagn�sticos de Enfermagem
(DE); planejamento de enfermagem; implementa��o; e avalia��o. Embora estejam
didaticamente divididas, elas n�o ocorrem de maneira isolada; ao contr�rio,
est�o inter-relacionadas e ocorrem concomitantemente.3 No Brasil, o
enfermeiro utiliza a SAE como metodologia cient�fica para auxiliar a
organiza��o do cuidado, com a finalidade de aprimorar cada vez mais o
atendimento das necessidades individuais dos pacientes, de forma complementar e
multiprofissional.4
A incorpora��o de tecnologias de informa��o no setor da
sa�de, principalmente a informatiza��o, � vivenciada na pr�tica di�ria com a
monitoriza��o de pacientes, suporte ao diagn�stico e nos prontu�rios
eletr�nicos,� nos quais s�o inseridas as etapas do PE.2 A Sociedade
Brasileira de Inform�tica em Sa�de (SBIS) tem como objetivo promover o
desenvolvimento de todos os aspectos da Tecnologia da Informa��o aplicada �
Sa�de e contribuir para a melhoria e transforma��o da Sa�de por meio do uso
adequado das Tecnologias de Informa��o e Comunica��o (TIC).5
No Brasil, a Pol�tica Nacional de Informa��o e
Inform�tica em Sa�de (PNIIS) tem como prop�sito promover o uso inovador,
criativo e transformador da tecnologia da informa��o com objetivo de melhorar
os processos de trabalho em sa�de e, com isso, resultar em um Sistema Nacional
de Informa��o em Sa�de (SNIS). A PNIIS define a informatiza��o em sa�de como
uma das metas de pesquisa no setor sa�de, trazendo um consenso sobre as
vantagens dos registros eletr�nicos que podem proporcionar o armazenamento das
informa��es dos usu�rios, o hist�rico cl�nico, as interconsultas, a promo��o de
prescri��es seguras, e o compartilhamento de informa��es entre paciente e
profissional da sa�de.6
O Processo de Enfermagem Informatizado (PEI) e
estruturado possibilita aos enfermeiros aplic�-lo em sua pr�tica pois integra,
em uma estrutura l�gica de dados e informa��es a avalia��o cl�nica, os
diagn�sticos e as interven��es de enfermagem. O registro eletr�nico do PE
estruturado e fundamentado em terminologias e sistemas de classifica��o, com
crit�rios de usabilidade, � um caminho de comunica��o entre os usu�rios que
garante a qualidade e promove a continuidade do cuidado.7 H� muitas
perspectivas com o uso do registro eletr�nico em sa�de, como, um maior
compartilhamento de informa��es, redu��o de erros, melhora da intera��o entre
os pacientes e os profissionais, promo��o da legibilidade, al�m de quest�es de
faturamento, melhoria de receita.8 Um estudo publicado em 2020
aponta que as tecnologias de enfermagem al�m de possibilitarem o acolhimento
ainda est�o interligadas aos procedimentos t�cnicos, � assist�ncia, � sistematiza��o
do cuidado e a organiza��o do trabalho da Enfermagem, contribuindo para a
pr�tica profissional e o ensino de Enfermagem.9
Contudo, nota-se que quando se trata da implementa��o
do Processo de Enfermagem, apesar dos in�meros esfor�os para elucidar a teoria
h� poucos registros sobre a pr�tica dele. Sendo assim, faz-se necess�ria uma
revis�o sobre a implementa��o do PE na pr�tica por meio de tecnologias
diversas. Portanto, o objetivo deste estudo � avaliar as evid�ncias encontradas
na literatura sobre o que tem sido produzido cientificamente a respeito do uso
de tecnologias para implementa��o do processo de enfermagem.
M�TODO
Trata-se de uma revis�o integrativa que permite a
identifica��o de achados prim�rios sobre o assunto pesquisado, assim como o
estado de conhecimento sobre ele, permitindo uma an�lise cr�tica e
identificando pontos de refor�o e lacunas que possam ser preenchidas com novos
estudos.10-11 � um m�todo amplamente utilizado em pesquisas na �rea
da sa�de por ter o objetivo de reunir achados de diferentes estudos, com
diferentes cursos metodol�gicos, em uma mesma revis�o.12
Foram adotadas as seis etapas preconizadas para
constitui��o da revis�o integrativa:10 1) identifica��o do tema e
defini��o da quest�o norteadora; 2) estabelecimento de crit�rios de inclus�o e
exclus�o; 3) defini��o das informa��es a serem extra�das dos artigos; 4)
avalia��o e categoriza��o dos estudos inclu�dos; 5) interpreta��o dos
resultados; 6) apresenta��o da s�ntese de revis�o.
A quest�o norteadora foi elaborada atrav�s da
estrat�gia PICo (P � Problema: processo de enfermagem, I - Interven��o: uso de
tecnologias, Co - Contexto: implementa��o do processo de enfermagem). Definiu-se,
ent�o, como: O que tem sido produzido cientificamente sobre uso de tecnologias
para implementa��o do processo de enfermagem? A partir dessa quest�o, foram
escolhidos os descritores "Nursing Process" e "Technology" de acordo com o Medical
Subject Headings (MeSH). O operador booleano escolhido entre os descritores
foi AND, pois sua aplica��o evitou a recupera��o de estudos cujo assunto
abordasse outras �reas de conhecimento n�o priorizadas para an�lise em quest�o.
Os crit�rios de inclus�o foram: artigos cient�ficos publicados na �ntegra;
publicados entre 2015 e dezembro de 2020; disponibilidade em portugu�s, ingl�s
ou espanhol; responder � quest�o norteadora; e que contivessem em seu t�tulo um
dos descritores da busca ou termos relacionados.
Como um dos crit�rios de inclus�o foi o ano de
publica��o, foram selecionados apenas artigos a partir do ano de 2015, visto
que o prop�sito da pesquisa foi conhecer as publica��es recentes.
Consideraram-se como crit�rios de exclus�o: publica��es classificadas como
editorial, cartas, disserta��es, teses, manuais e protocolos.
A busca dos estudos nas bases de dados ocorreu de sete
a 17 de dezembro de 2020. Essa busca ocorreu nas seguintes bases de dados: Web
of Science, SCOPUS e Medical Literature Analysis and Retrieval System
Online (MEDLINE/PubMed). Nas bases de dados foi utilizada a seguinte
estrat�gia associativa: �nursing process" AND "technology"
selecionando sempre o campo mais gen�rico de busca em todas elas com o intuito
de reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revis�o. As
estrat�gias de busca em cada base de dados est�o postas no Quadro 1.
Quadro 1: Estrat�gias de busca nas bases de dados.
|
Base de dados
|
Estrat�gia de pesquisa
|
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SCOPUS
|
(TITLE-ABS-KEY ( "nursing process" )� AND� TITLE-ABS-KEY (
"technology" ) )� AND� DOCTYPE ( ar )� AND� PUBYEAR� >� 2014�
AND� PUBYEAR� <� 2021� AND� ( LIMIT-TO ( LANGUAGE,� "English" )�
OR� LIMIT-TO ( LANGUAGE,� "Portuguese" )� OR� LIMIT-TO ( LANGUAGE,�
"Spanish")
|
|
PUBMED
|
("nursing process") AND
("technology"), in the last 5 years, English, Portuguese, Spanish
|
|
Web of Science
|
T�PICO: ("nursing process") AND T�PICO: ("technology")
Refinado por: TIPOS DE DOCUMENTO: (ARTICLE)
Tempo estipulado: �ltimos 5 anos.
|
Fonte:
Elaborado pelos autores, 2020.
Figura
1: Percurso metodol�gico para escolha dos estudos analisados baseado no
fluxograma PRISMA.13
Fonte: elaborado pelos autores, 2020.
As buscas nas bases de dados resultaram em 147 artigos.
A partir da leitura dos t�tulos das publica��es excluiu-se aqueles que n�o
atendiam aos crit�rios de inclus�o, resultando em 63 artigos. Em seguida, estes
foram filtrados a partir da leitura dos resumos reduzindo a amostra para 38
artigos. Estes foram lidos na �ntegra chegando � sele��o final de 20 artigos. A
Figura 1 ilustra esse percurso.
Para registro das buscas e organiza��o dos dados
encontrados para posterior an�lise, eles foram dispostos em um banco de dados
constru�do em Excel, com as seguintes informa��es: base de dados, t�tulo, ano
de publica��o, idioma, peri�dico, pa�s de origem do estudo, m�todo empregado e
objetivo.
Por se tratar de um estudo de revis�o, n�o houve
necessidade de encaminhamento e aprova��o por Comit� de �tica em Pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSS�O
Os estudos inclu�dos nesta revis�o em sua maioria foram
publicados em l�ngua inglesa (n=19; 95%) e menos da metade em peri�dicos
brasileiros (n=9; 45%). Todas as publica��es foram a partir de 2015, com um
maior n�mero de publica��es concentradas no ano de 2019 (n=5). Em rela��o aos
peri�dicos onde os artigos foram publicados foram encontrados 16 diferentes
revistas, todas com conte�do online: cinco na Revista Brasileira de
Enfermagem e uma em cada peri�dico a seguir: Journal of Clinical Nursing,
Scandinavian Journal of Caring Sciences, Iranian Journal of Nursing
and Midwifery Research, Journal of Medical Systems, Revista Cubana de
Enfermeria, Online Journal of Issues in Nursing,� ACTA Paulista de
Enfermagem, Revista da Escola de Enfermagem da USP, Texto e Contexto
Enfermagem, Aquichan, Nursing Open, International Journal of Nursing
Knowledge, Plos One, Revista Latino Americana de Enfermagem e
Revista Ga�cha de Enfermagem.
Quanto ao pa�s de origem, a maioria dos estudos s�o
originados no Brasil (n=13, 65%), seguido do Ir� (n=2, 10%), Eslov�nia, Estados
Unidos da Am�rica, Taiwan, Jord�nia e Su�cia. Quanto ao delineamento da
pesquisa: oito estudos metodol�gicos com produ��o tecnol�gica, tr�s estudos
transversais, dois estudos experimentais, duas revis�es integrativas, um estudo
de coorte, um explorat�rio, um retrospectivo, um quase experimental de
abordagem quantitativa e um estudo misto.
Os artigos foram avaliados e classificados quanto ao
seu rigor cient�fico conforme as caracter�sticas de cada estudo, possibilitando
uma classifica��o por n�vel de evid�ncia e graus de recomenda��o, conforme
validade e confiabilidade. Nessa etapa, foi utilizado um instrumento baseado na
Rating System for the Hierarchy of Evidence for Intervention/Treatment
Question para a classifica��o do N�vel de Evid�ncia (NE) dos estudos.12
O Quadro 2 apresenta a s�ntese dos artigos inclu�dos na presente revis�o
integrativa.
Quadro 2: Caracteriza��o do perfil dos artigos quanto ao
m�todo e n�vel de evid�ncia ordenados quanto ao ano de publica��o
|
T�tulo do artigo
|
Ano
|
Peri�dico
|
M�todo
|
N�vel de evid�ncia
|
|
Implementation of Electronic
Records Related to Nursing Diagnoses14
|
2020
|
International
Journal of Nursing Knowledge
|
Estudo experimental
|
IV
|
|
A proposal of an android
application prototype for nursing diagnoses using artificial neural networks15
|
2020
|
Revista Cubana de
Enfermeria
|
Estudo metodol�gico
com produ��o tecnol�gica
|
VI
|
|
The implementation of the
nursing process in lower-income countries: an integrative review16
|
2019
|
Nursing Open
|
Revis�o Integrativa
|
V
|
|
Construction of hypermedia
to support the systematization of the nursing care education17
|
2019
|
Revista Ga�cha de
Enfermagem
|
Estudo metodol�gico
com produ��o tecnol�gica
|
VI
|
|
Mobile application for the
teaching of the International Classification for Nursing Practice18
|
2019
|
Revista Brasileira
de Enfermagem
|
Estudo metodol�gico
aplicado, de produ��o tecnol�gica.
|
VI
|
|
Theoretical integration of
user satisfaction and technology acceptance of the nursing process
information system19
|
2019
|
Plos One
|
Estudo transversal
|
V
|
|
Mobile app for nursing
process in a neonatal intensive care unit20
|
2019
|
Texto e Contexto
Enfermagem
|
Estudo metodol�gico
|
VI
|
|
Software for systematization
of nursing care in medical units21
|
2018
|
Revista Brasileira
de Enfermagem
|
Estudo metodol�gico
com produ��o tecnol�gica
|
VI
|
|
Computerized nursing
process: development of a mobile technology for use with neonates22
|
2018
|
Revista Brasileira
de Enfermagem
|
Estudo metodol�gico
|
VI
|
|
Plataforma PEnsinar (R): a
learning tool for teaching the nursing process23
|
2018
|
Revista Brasileira
de Enfermagem
|
Estudo metodol�gico
com produ��o tecnol�gica
|
VI
|
|
Quality of nursing
documentation: Paper-based health records versus electronic-based health
records24
|
2017
|
Journal of
Clinical Nursing
|
Estudo retrospectivo,
descritivo e comparativo
|
V
|
|
The role of ICT in nursing
practice: an integrative literature review of the Swedish context25
|
2017
|
Scandinavian Journal of Caring Sciences
|
Revis�o Integrativa
|
V
|
|
Information Processing in
Nursing Information Systems: An Evaluation Study from a Developing Country26
|
2017
|
Iranian Journal
of Nursing and Midwifery Research
|
Estudo transversal
|
V
|
|
Teaching-learning evaluation
on the ICNP (R) using virtual learning environment27
|
2017
|
Revista Brasileira
de Enfermagem
|
Pesquisa mista
|
V
|
|
Computerized nursing process
in the Intensive Care Unit: ergonomics and usability28
|
2016
|
Revista da Escola
de Enfermagem da USP
|
Estudo
quantitativo, quase experimental
|
IV
|
|
Development of a course in
the Virtual Learning Environment on the ICNP�29
|
2016
|
Acta paulista de
enfermagem
|
Estudo transversal
|
V
|
|
The Status of Nursing
Documentation in Slovenia: a Survey30
|
2016
|
Journal of medical systems
|
Estudo de coorte
|
IV
|
|
Evaluation of the functional
performance and technical quality of an electronic documentation system of
the nursing process31
|
2015
|
Revista Latino
Americana de Enfermagem
|
Estudo
explorat�rio descritivo
|
V
|
|
Health information
technology, patient safety, and professional nursing care documentation in
acute care settings32
|
2015
|
Online Journal
of Issues in Nursing
|
Estudo
experimental
|
IV
|
|
Prototype software for
nursing records in a neonatal intensive care unit33
|
2015
|
Aquichan
|
Estudo
metodol�gico com produ��o tecnol�gica
|
VI
|
Fonte:
dados da pesquisa, 2020.
Com o intuito de gerar um panorama gen�rico da abordagem dos artigos
inclu�dos na revis�o, foi realizado ainda um levantamento quanto ao t�tulo dos
estudos, com o uso da ferramenta online e gratuita WordCloud
generator da MonkeyLearn, a qual formulou a �nuvens de palavras� a
partir do texto fornecido. Essa �nuvem de palavras�, d� maior destaque �s
palavras que aparecem com mais frequ�ncia no texto. O resultado pode ser visto
na Figura 2.
Figura 2: Termos predominantes nos t�tulos dos
artigos selecionados, imagem gerada com uso da ferramenta WordCloud
generator da MonkeyLearn
Fonte: elaborado pelos autores, 2020.
A partir da an�lise dos artigos desta revis�o emergiram
tr�s eixos tem�ticos importantes. O primeiro deles diz respeito ao uso das
taxonomias de enfermagem para implementa��o do Processo de Enfermagem, que �
posto, na maioria dos estudos, como um facilitador. O segundo diz respeito ao
uso de tecnologias enquanto ferramentas educacionais para implementa��o do
processo de enfermagem, considerando-as como um meio de aprimorar o racioc�nio
cl�nico do enfermeiro para execu��o constante do processo de enfermagem. E o
terceiro diz respeito � constru��o e avalia��o de tecnologias especialmente
desenvolvidas e pensadas para implementa��o pr�tica da SAE.
Taxonomias empregadas para implementa��o do PE:
padroniza��o de linguagem e usabilidade
Nos artigos encontrados notou-se uma singularidade
quanto ao uso de um sistema espec�fico de linguagem padronizada (SLP) da
enfermagem, a Classifica��o Internacional para Pr�tica de Enfermagem (CIPE�).
Todo SLP trata da organização de conceitos relevantes para a
prática clínica. Apesar dos in�meros debates quanto � supremacia de
um ou outro sistema, o que interessa � que qualquer uma delas tem o mesmo
objetivo de organizar e padronizar os registros e a preocupa��o de abordar as
respostas das pessoas às circunstâncias de vida e saúde
(diagnósticos), as ações que a enfermagem realiza para
influenciar positivamente essas respostas (intervenções) e obter ou
manter as melhores condições
possíveis de saúde e bem-estar (resultados).34
A CIPE� foi aprovada pelo International
Council of Nurses (ICN) em 1989, tendo a sua primeira vers�o datada de
1996. A partir do ano de 2003 a ICN iniciou a cria��o e credenciamento dos
centros de pesquisa e desenvolvimento desta SLP, com mais de 15 hoje j�
instaurados em todo o mundo, o que contribui para o desenvolvimento da
classifica��o em um contexto global, bem como de seus subconjuntos
terminol�gicos. Atualmente a �ltima vers�o da mesma corresponde ao ano de 2017
e conta com 4326 termos.35
A op��o por esta taxonomia para o desenvolvimento de
aplicativos m�veis na enfermagem pode ser explicada pela sua simplicidade e
coes�o, sendo amplamente utilizada no �mbito de tecnologia educacional.18 Para
pesquisadores36-37 a n�o utiliza��o da CIPE� na pr�tica
assistencial se d� devido � limita��o do conhecimento sobre o sistema de
classifica��o, al�m da resist�ncia da equipe de enfermagem em trabalhar com
m�todos de racioc�nio cl�nico, devido � sobrecarga de trabalho. Segundo estudo
que descreve o desenvolvimento de um aplicativo m�vel para o ensino sobre a
CIPE�,18 uma estrat�gia para transpor, ou ao menos
minimizar, tal barreira � o desenvolvimento dessas aplica��es m�veis para o
ensino do sistema de classifica��o, uma vez que � adapt�vel � disponibilidade
dos estudantes de enfermagem e profissionais de sa�de.
Ainda, no mesmo estudo, os autores justificam a escolha
da CIPE� para o desenvolvimento de um aplicativo m�vel devido �
falta de difus�o da mesma no contexto acad�mico, contribuindo para a forma��o
de profissionais que n�o possuem habilidades e familiaridade com o uso de tal
terminologia.18 Nesta abordagem esta quest�o � trazida como lacuna
de conhecimento de enfermagem sobre o �nico sistema de classifica��o em
enfermagem reconhecido pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS),38
respaldando a necessidade de ferramentas que auxiliem em sua expans�o e uso.
Para tanto, � interessante tra�ar uma rela��o com o
artigo presente nesta revis�o que descreve o desenvolvimento de um curso no
Ambiente Virtual de Aprendizagem do Moodle sobre CIPE, o que denota que j�
existe um movimento a favor do preenchimento desta lacuna. O estudo,29
al�m de descrever o percurso de desenvolvimento e avaliar o produto constru�do,
justifica a escolha da tem�tica como uma taxonomia pouco difundida,
corroborando com as demais raz�es trazidas nesta discuss�o para uso da mesma.
Em um outro estudo27 que avaliou o uso da
Plataforma Moodle e seus recursos para o processo de ensino-aprendizagem de
graduandos e profissionais de enfermagem sobre a Classificação Internacional para
a Prática de Enfermagem, foram trazidos relatos dos participantes que
comparam o uso da CIPE� com a North American Nursing Diagnosis
Association (NANDA), Nursing Outcomes Classification (NOC) e Nursing
Interventions Classification (NIC). Eles veem a primeira taxonomia como
mais "aberta", o que a torna por vezes mais complexa mas ao mesmo
tempo estimula o exerc�cio do racioc�nio cl�nico.27 Contudo, � fato
que as demais concatenadas (NANDA, NIC e NOC) s�o muito mais difundidas e
utilizadas e alguns participantes citam que sua familiaridade pr�via com estas
s� facilitou o entendimento da CIPE� e os fez ampliar sua concep��o
do ponto de vista cl�nico, compreendendo as necessidades do paciente e elencando
a taxonomia que mais se adequa para as mesmas.27
Em uma pesquisa desenvolvida em um hospital do estado
de Santa Catarina sobre ergonomia e usabilidade do Processo de Enfermagem
Informatizado (PEI) adotou-se a estrat�gia de implementa��o do mesmo fazendo
uso da taxonomia CIPE� e estimulando os 16 participantes a trabalhar o
racioc�nio cl�nico baseados em cinco casos formulados pelas pesquisadoras,
divididos em momentos com a formula��o do PE escrito manualmente e ap�s
realizado no sistema.28 Os resultados da an�lise evidenciaram que os
crit�rio de usabilidade e ergonomia foram avaliados positivamente para o PEI,
afirmando que a aplica��o do mesmo agrega novos conhecimentos cient�ficos e
fortalece a tomada de decis�o cl�nica segura, pois h� agilidade da aplica��o e
do manuseio do sistema, al�m de fortalecimento da taxonomia adotada.28
Embora existam diverg�ncias de opini�es sobre as
taxonomias utilizadas � fato que � preciso estimular, independente das mesmas,
o racioc�nio cl�nico dos enfermeiros e estimul�-los a desenvolver o processo de
enfermagem da forma mais cient�fica poss�vel. Com este intuito tr�s
pesquisadores brasileiros23 constru�ram um ambiente virtual de
aprendizagem denominado Plataforma PEnsinar� cujo nome faz alus�o ao
ensino do processo de enfermagem (PE) em si e o foco � o ambiente acad�mico,
mais especificamente a gradua��o do curso de enfermagem. Segundo os autores, a
ideia � estimular a capacidade reflexiva do aluno quanto ao racioc�nio cl�nico
e cr�tico e, ao mesmo tempo, aproxim�-lo das taxonomias mais utilizadas -
NANDA, NIC, NOC e CIPE - por meio de exerc�cios utilizando as mesmas.23
No pr�ximo eixo a quest�o de ensino aprendizagem voltada para esta tem�tica �
mais detalhado e devidamente discutido.
Tecnologias como ferramentas de educa��o para
implementa��o
O processo de ensino-aprendizagem no contexto atual, e
ainda mais emergente diante da pandemia vivida desde o ano de 2020, �
caracterizado pela moderniza��o, pelo dinamismo e uso da tecnologia como forma
de promover abordagens inovadoras, atrativas e centradas no aprendiz.18
Trata-se, cada dia mais, de um processo flex�vel e que est� alinhado ao
contexto e necessidades do p�blico-alvo.
O uso de tecnologia m�vel na �rea de sa�de pode
oferecer v�rios benef�cios, sendo uma importante estrat�gia de integra��o entre
pr�tica e teoria, o que sedimenta qualquer recurso educacional como uma
metodologia ativa de aprendizagem. Al�m disso, aplicativos podem ser utilizados
tanto por discentes da gradua��o quando constroem e consolidam os conceitos de
SAE quanto por profissionais de enfermagem que buscam forma��o e atualiza��o
cont�nua.39
Com a promulga��o da Resolu��o n�358/20093,
j� discutida no presente estudo, reconheceu-se a necessidade emergencial de
consolidar o processo de sistematiza��o da assist�ncia de enfermagem, elevando
sua cientificidade e incluindo todos os componentes do cuidado no processo, tal
como paciente, enfermeiro e t�cnico de enfermagem.17 Sendo assim,
faz-se necess�rio tamb�m trabalhar a tem�tica de forma cada vez mais did�tica e
acess�vel aos profissionais envolvidos, principalmente enfermeiros, uma vez que
estes s�o multiplicadores de suas equipes e desempenham cargos de lideran�a.
Neste cen�rio torna-se importante rever metodologias de
ensino e meios de aplic�-las, uma vez que a perspectiva de aprendizado � de
algu�m que est� envolvido diretamente com a pr�tica e disp�em de tempo, muitas
vezes, limitado. Em um dos artigos encontrados em que � relatado o processo de
constru��o de hiperm�dia para apoiar o ensino da SAE, s�o discutidas algumas
abordagens pedag�gicas que combinam atividades autodirigidas, flex�veis, que
podem ser feitas de forma online ou offline e resultam em um
incentivo para a aprendizagem ativa.17 Estas s�o vistas como
alternativas para o cen�rio vivenciado e denominadas como tecnologias
educacionais, capazes de qualificar o ensino e potencializ�-lo.40
Para o desenvolvimento de qualquer material, seja ele
componente de uma tecnologia educacional ou n�o, � necess�rio pautar-se em algo
que sirva como norteador, que estabele�a premissas de constru��o. Em um dos
trabalhos estudados os autores baseiam-se na interessante Teoria da
Aprendizagem Significativa (TAS), que compreende que o fator mais importante
que influencia a aprendizagem � o que o aluno j� sabe, aquilo que ele tem de
conhecimento pr�vio.41 Nesse sentido, o aprendiz precisa estabelecer
rela��es entre as informa��es novas e as j� incorporadas.
Essa teoria traz � sua luz ainda algumas condi��es para
que a aprendizagem significativa se efetive, que s�o: 1) atitude favor�vel do
aprendiz, a partir da compreens�o que o ser humano s� aprende quanto se disp�e
a aprender, a empregar seu esfor�o pessoal nesse processo; 2) presen�a de
ideias relevantes na estrutura cognitiva do aprendiz, ou seja, a identifica��o dos
conhecimentos pr�vios dos estudantes deve ser o ponto de partida para o ato de
ensinar; e 3) material de aprendizagem potencialmente significativo.41
Frente a isso pode-se dizer que as tecnologias
educacionais, uma vez que agrupam uso de diferentes recursos, s�o capazes de
provocar intera��o, diversifica��o e transpor a barreira de tempo e espa�o
f�sico, acabam sendo o que a TAS compreende como material potencialmente
significativo, terceira condi��o necess�ria para aprendizagem.
Desenvolvimento e an�lise do uso de tecnologias no
contexto da Sistematiza��o da Assist�ncia de Enfermagem
Diante dos in�meros estudos encontrados que abordam
tanto o desenvolvimento quanto a implementa��o ou avalia��o de alguma
tecnologia em sa�de sobre SAE, fez-se necess�rio facilitar a visualiza��o delas
quanto � categoria e finalidade (curso, aplicativo, sistema informatizado).
Abaixo segue quadro que elenca aqueles que trazem alguma tecnologia em seu
desenvolver (Quadro 3) e classifica se a abordagem foi de an�lise do que j�
existe ou inova��o em termos de idealiza��o e constru��o de ferramenta
tecnol�gica.
Quadro 3: Rela��o dos estudos e as tecnologias
abordadas
|
T�tulo do artigo
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Ano e Pa�s
|
Tecnologia citada
|
Abordagem
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Inova��o / An�lise
|
|
Implementation of Electronic
Records Related to Nursing Diagnoses14
|
2020
Brasil
|
Sistema
informatizado
|
Uso do sistema
informatizado vigente do hospital para implementa��o de 229 diagn�sticos de
enfermagem, 1664 fatores relacionados aos mesmos e 436 caracter�sticas
definidoras.
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Inova��o
|
|
A proposal of an android
application prototype for nursing diagnoses using artificial neural networks15
|
2020
Brasil
|
Aplicativo
|
Sistema dispon�vel
em aplicativo de apoio ao diagn�stico de enfermagem, usando redes neurais
artificias que, baseadas no hist�rico de sinais vitais dos pacientes, sugere
diagn�sticos de enfermagem.
|
Inova��o
|
|
The implementation of the
nursing process in lower-income countries: An integrative review16
|
2019
Ir�
|
Aplicativos
e Sistemas informatizados
|
Revis�o integrativa
que traz em cinco, de seus 19 estudos inclu�dos, trabalhos de implementa��o
do processo de enfermagem atrav�s do uso de aplicativos e sistema
informatizado institucional.
|
An�lise
|
|
Theoretical integration of
user satisfaction and technology acceptance of the nursing process
information system19
|
2020
Taiwan
|
Sistema
informatizado
|
An�lise dos fatores
que influenciam o uso do sistema de processo de enfermagem j� institu�do
quanto � satisfa��o e aceita��o da tecnologia.
|
An�lise
|
|
Mobile app for nursing
process in a neonatal intensive care unit20
|
2019
Brasil
|
Aplicativo
|
Desenvolvimento e
valida��o de um aplicativo para implementa��o do processo de enfermagem em
unidade de terapia intensiva neonatal.
|
Inova��o
|
|
Software for systematization
of nursing care in medical units21
|
2018
Brasil
|
Software
|
Desenvolvimento de
um software prot�tipo para aplicar o Processo de Enfermagem em unidades de
cl�nica m�dica de um hospital geral, com sua respectiva avalia��o.
|
Inova��o
|
|
Computerized nursing
process: development of a mobile technology for use with neonates22
|
2016
Brasil
|
Aplicativo
|
Constru��o de aplicativo para
auxiliar o enfermeiro na coleta de dados, no racioc�nio diagn�stico e na identifica��o
de poss�veis interven��es em neonatos.
|
Inova��o
|
|
Quality of nursing
documentation: Paper-based health records versus electronic-based health
records24
|
2017
Jord�nia
|
Sistema
informatizado
|
Avalia��o e
compara��o de 434 registros de sa�de quanto em papel e eletr�nicos quanto �
qualidade. A compara��o examinou tr�s crit�rios: conte�do, processo de
documenta��o e estrutura.
|
An�lise
|
|
The role of ICT in nursing
practice: an integrative literature review of the Swedish context25
|
2017
Su�cia
|
Sistemas
informatizados
Videoconfer�ncias
Aplicativos
Aplicativos de
mensagens
|
Revis�o e s�ntese
da literatura dispon�vel sobre o papel das tecnologias de informa��o e
comunica��o na pr�tica de enfermagem em ambientes de sa�de suecos.
|
An�lise
|
|
Information Processing in
Nursing Information Systems: An Evaluation Study from a Developing Country26
|
2017
Ir�
|
Sistema
informatizado
|
Avalia��o do uso
dos Sistemas de Informa��o de Enfermagem (NISs) utilizados em muitos
hospitais universit�rios no Ir�.
|
An�lise
|
|
The Status of Nursing
Documentation in Slovenia: a Survey30
|
2016
Eslov�nia
|
Sistema
informatizado
|
An�lise dos
registros de enfermagem e suas barreiras em diferentes ambientes de sa�de na
Eslov�nia.
|
An�lise
|
|
Evaluation of the functional
performance and technical quality of an electronic documentation system of
the nursing process31
|
2015
Brasil
|
Sistema
informatizado
|
Avalia��o do
desempenho funcional e da qualidade t�cnica do sistema informatizado
PROCEnf-USP�, implementado em 2009 no Hospital Universit�rio da Universidade
de S�o
Paulo para
desenvolvimento do processo de enfermagem.
|
An�lise
|
|
Health information
technology, patient safety, and professional nursing care documentation in
acute care settings32
|
2015
EUA
|
Sistema informatizado
|
Descri��o dos
pontos de vista dos enfermeiros quanto ao sistema informatizado, ressaltando
cr�ticas e potencialidades de melhora.
|
An�lise
|
|
Prototype software for
nursing records in a neonatal intensive care unit33
|
2015
Brasil
|
Software
|
Desenvolvimento de
software para aplica��o do PE com inclus�o de 143 diagn�sticos de enfermagem
e 130 interven��es, com possibilidade de impress�o ao final.
|
Inova��o
|
Fonte:
dados da pesquisa, 2020.
Ao visualizar a tabela dos estudos inclu�dos neste eixo
tem�tico � poss�vel identificar uma predomin�ncia de trabalhos que descrevem
an�lise de sistemas, aplicativos e iniciativas j� tomadas com rela��o � SAE,
seja para implement�-la em uma de suas etapas ou consolid�-la. Ou seja, fica
claro que o registro do processo de constru��o de ferramentas por enfermeiros �
mais escasso que a an�lise feita por eles.
Sendo assim h� uma preocupa��o, cada vez maior20-22 em
incluir enfermeiros no desenvolvimento de ferramentas, envolvendo-os com as
demandas institucionais de Tecnologia da Informa��o (TI) e trabalhando em
conjunto com essa equipe, levando as necessidades e construindo alternativas
para o dia-a-dia da enfermagem.32 Ainda, a necessidade de um sistema
responsivo e de f�cil usabilidade � o que corrobora a import�ncia do
profissional enfermeiro se envolver nos processos de inova��o das institui��es
que atua.30
CONSIDERA��ES FINAIS
Foram inclu�dos 20 artigos que atendiam aos crit�rios
de inclus�o, e classificados com n�vel de evid�ncia IV, V e VI. Considerando
que uma das limita��es do estudo foi o uso de apenas tr�s bases de dados para
consulta, conclui-se que foi poss�vel conhecer parte somente da produ��o
cient�fica. Essa por��o conhecida neste estudo trata sobre o uso de tecnologias
para implementa��o do processo de enfermagem, tanto como ferramentas
educacionais quanto cria��es e inova��es para a pr�tica de enfermagem. A
maioria dos artigos enfatiza a import�ncia da usabilidade e da aproxima��o da
teoria a pr�xis de enfermagem.
Foi poss�vel perceber um contraponto quanto ao
desenvolvimento e avalia��o de tecnologias para implementa��o do PE, pois, ao
mesmo tempo que quest�es como dif�cil usabilidade e distanciamento da pr�tica
s�o trazidos � tona, h� escassez de estudos que abordem o desenvolvimento de
softwares, aplicativos e sistemas por enfermeiros. Portanto, nota-se uma
emergente necessidade de aproxima��o entre as �reas de tecnologia da informa��o
e sa�de para cumprir um objetivo comum que � implementar e manter a execu��o
di�ria do processo de enfermagem.
As limita��es deste estudo s�o decorrentes da escolha
das bases de dados e das palavras-chave, pois elas t�m o potencial de ocultar
artigos com a mesma tem�tica e n�o indexados em tais bases. Sendo assim,
sugere-se outras pesquisas semelhantes que possam seguir a metodologia de
revis�o integrativa e agregar s�ntese do cruzamento de dados.
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Recebido em: 20/08/2021
Aceito em: 17/05/2023
Publicado em: 26/06/2023
Universidade Federal de Ci�ncias da Sa�de de Porto Alegre (UFCSPA). Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (BR). E-mail: luisapimentelsilv@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3030-0851
Santa Casa de Miseric�rdia de Porto Alegre (SCMPOA). Porto Alegre, Rio Grande
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Universidade Federal de Ci�ncias da Sa�de de Porto Alegre (UFCSPA). Porto
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ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8802-9574
Como citar: Silva LP, Fritzen A,
Linch GFC. Uso de tecnologias para o processo de enfermagem: revis�o
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