https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/issue/feed Perspectivas Sociais 2024-09-22T21:44:03+00:00 Elaine da Silveira Leite perspectivassociais@ufpel.edu.br Open Journal Systems <p>Perspectivas Sociais é uma revista editada semestralmente pelos discentes do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas. A revista recebe colaborações de pesquisadores/as brasileiros/as e estrangeiros/as, a fim de divulgar trabalhos científicos e promover um debate de cunho teórico e empírico sobre temas das Ciências Sociais e áreas afins, reiterando a importância de diversas perspectivas sobre temas atuais da sociedade compartilhados também por outras áreas do conhecimento.</p> <p><strong>Qualis:</strong>&nbsp; B4</p> <p><span data-sheets-value="{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:&quot;A4&quot;}" data-sheets-userformat="{&quot;2&quot;:2627,&quot;3&quot;:{&quot;1&quot;:0},&quot;4&quot;:{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:16776960},&quot;9&quot;:1,&quot;12&quot;:0,&quot;14&quot;:{&quot;1&quot;:3,&quot;3&quot;:1}}"><strong>ISSN: </strong>2317-7438</span></p> https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27354 EDITORIAL 2024-07-22T14:21:35+00:00 Equipe Editorial perspecsoc@gmail.com <p>Editorial.</p> 2024-07-20T02:02:06+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27353 BRASIL EM PERSPECTIVA 2024-09-22T21:44:03+00:00 Sandro Adams sandroadams@gmail.com Paola Marlen Chaves Gonçalves paola.goncalves@hotmail.com <p>Em seu primeiro número do seu décimo volume anual, a revista Perspectivas Sociais dedica-se ao tema "Brasil em Perspectiva". Esta edição apresenta catorze artigos e uma resenha que abordam diversas temáticas sociológicas sob diferentes abordagens metodológicas, explorando o dilema central sobre a influência mútua entre pesquisa e pesquisador. Os artigos, provenientes de diversas instituições do Brasil e do Uruguai, refletem sobre o papel do pesquisador na interpretação dos resultados e na formação de conclusões, bem como sobre como a pesquisa molda a compreensão do Brasil contemporâneo. Temas como a experiência indígena, a dinâmica urbana, o impacto do neoliberalismo, as interseções feministas e a complexidade da violência são discutidos, mostrando um Brasil multifacetado e em constante transformação.</p> 2024-07-20T01:47:33+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27327 ATUALIDADE HISTÓRICA DA CRÍTICA DE ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO CAPITAL 2024-07-23T18:17:22+00:00 Marco Henrique Soares Pereira marcohspereira@gmail.com <p>Marx nos legou um arcabouço teórico-crítico para a compreensão do modo de produção capitalista. Em muitos sentidos, seu pensamento possui atualidade. Contudo, as transformações pelas quais passou o sistema do capital nos últimos cento e cinquenta anos, nos marcos de suas crises e reestruturações produtivas, nos desafiam a melhor compreender sua dinâmica contemporânea. Neste artigo, busca-se compreender a atualidade da noção marxiana à acumulação primitiva do capital, considerando especificamente a forma prioritária pela qual se expressa o padrão de acumulação de capital no sul do estado de Mato Grosso do Sul, ou seja, via o agronegócio sobre as lutas socioterritoriais dos povos indígenas Guarani e Kaiowá. Para tanto, apresentam-se contribuições de Rosa Luxemburgo, David Harvey e Silvia Federici sobre o tema e um breve histórico da resistência Guarani e Kaiowá contra as expropriações, destacando os acontecimentos conhecidos como Massacres de Caarapó e de Guapoy em sua relação com a acumulação de capital. O estudo utilizou-se de revisão bibliográfica, pesquisa documental, fontes jornalísticas e relatos de movimentos sociais. Ao final, entende-se que a expropriação através da violência,<br>típica da acumulação primitiva, permanece inerente ao atual padrão de acumulação, dada a necessidade irrefreável de expansão do capital, em seu movimento de reprodução ampliada.</p> 2024-07-19T12:25:23+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27331 TERRITÓRIO INDÍGENA KATU 2024-07-22T14:21:42+00:00 Yuri Vasconcelos da Silva yuriujc@yahoo.com.br <p>O presente trabalho se insere em um contexto de luta indígena para assegurar o direito territorial, em uma região que historicamente invisibilizou a existência das populações indígenas. O propósito do artigo foi refletir sobre a realidade indígena na aldeia Katu, localizada no estado do Rio Grande do Norte, e a luta pela terra, analisando o processo de formação do Estado-Nação no Brasil e a relação estabelecida com as populações indígenas e os seus territórios tradicionalmente ocupados. Foi utilizado o método etnográfico para construir a pesquisa, contando ainda com entrevista com o cacique Luiz Katu, além das vivências e experiências profissionais e de militância política deste autor com a população indígena da localidade. Observou-se que, apesar do avanço das legislações e das lutas encampadas pelo movimento indígena, o Estado brasileiro, em continuidade ao seu movimento de violência e apagamento étnico contra os povos originários, não tem avançado no processo de demarcação dos territórios indígenas. Conclui-se que o território indígena da aldeia Katu ainda é um direito a ser conquistado.</p> 2024-07-19T12:40:23+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27334 OS CONDENADOS DO ESPAÇO URBANO 2024-07-22T14:21:47+00:00 Giovanna Maria Casais Menezes giovanna.menezes@ufpr.br <p>A Comunidade Nova Esperança, situação a qual se analisou, é uma área ocupada inicialmente no contexto da pandemia causada pelo coronavírus, por aproximadamente 1.100 famílias, no qual os núcleos familiares de baixa renda, diante das dificuldades intensificadas pela crise sanitária, migraram para áreas precárias ou, quando possível, para o compartilhamento de moradia. Esse artigo buscou sintetizar um breve estudo sobre a dinâmica de ocupação do espaço urbano tendo como orientação a noção de segregação socioespacial, em especial no contexto de Curitiba, resgatando elementos teóricos críticos sobre direito à cidade, relacionando-os com análise sobre o perfil dos ocupantes da Comunidade Nova Esperança. Isso foi realizado com o objetivo de responder as inquietações iniciais de que determinados grupos compostos por negros, latinos, imigrantes e refugiados são, numa analogia a Frantz Fanon, os condenados da terra (e do espaço urbano). Por condenados, entende-se que são esses grupos que mais sofrem ao serem deixados à margem da dinâmica de produção do espaço urbano.</p> 2024-07-19T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/26868 VALA DE PERUS COMO TRAUMA CULTURAL 2024-07-23T00:23:54+00:00 Guilherme Olímpio Fagundes gui.olimpiofagundes@gmail.com Guilherme Tannus Guerra Silva guilherme.tannus.guerra@usp.br Glória Maria de Carvalho gmc2406@usp.br <p><span style="font-weight: 400;">Como a memória coletiva em torno da Vala de Perus é apropriada pelos movimentos sociais, como a militância petista paulistana e os familiares de desaparecidos? Com base na lente teórica da sociologia cultural e da memória, e por meio de incursões etnográficas no Cemitério Dom Bosco e na Câmara Municipal de São Paulo em 2023, verificamos que a Vala de Perus figura um trauma cultural, construindo uma ponte transgeracional pela luta por memória, verdade e justiça entre militantes mais idosos e mais jovens. Valendo-se das performances culturais como operador analítico, o evento adquire propriedades de ritual, produzindo uma experiência comum entre os participantes para se entenderem e se reconfigurarem como grupo. A eficácia do ritual é posta à prova pelas falas dissonantes de pessoas presentes no evento, associadas às suas origens sociais, demonstrando um perfil específico das mortes rememoradas. Tal fato se torna um indicador relevante das disputas constantes pela identidade do Partido e dos familiares.</span></p> 2024-07-19T13:17:57+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/26902 ASPECTOS SOCIOPOLÍTICOS DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 2024-07-22T14:21:55+00:00 Amanda Karol de Oliveira Costa amanda.karol@aluno.uece.br <p><span class="NormalTextRun SCXW96121795 BCX8">Este artigo pretende discutir os aspectos sociopolíticos do sofrimento psíquico e as estratégias políticas e ideológicas utilizadas pelo neoliberalismo para gerenciar o sofrimento psicossocial na contemporaneidade. Para tanto é desenvolvido estudo de natureza qualitativa e de caráter bibliográfico, cujas principais obras analisadas são dos autores: Dardot e Laval; Fisher; Martín-Baró; Gouveia, Amarantes e Freitas. A partir desse estudo, foi possível concluir que os condicionantes socioculturais do neoliberalismo implicam diretamente na construção das subjetividades e na produção social do sofrimento psíquico. Podendo dar novas configurações às expressões de sofrimento psicossocial, inclusive, ampliá-las e/ou intensificá-las. Tendo em vista que o individualismo, a competitividade, consumismo e constituição do indivíduo-empresa, são capazes de acentuar sentimentos e vivências de autoculpabilização, autocoerção; gerar angústia, frustração, desesperança, cansaço, estresse, etc. Também, compreende-se que a gerência neoliberal sobre o sofrimento psíquico envolve a psicologização, patologização, e medicalização. Estratégias úteis para o capital à medida que favorece o controle ideológico ao responsabilizar os sujeitos, ignorando as contradições sociais que perpassam a experiência individual. Também, de modo simultâneo, é vantajoso economicamente ao produzir lucros para as indústrias que comercializam o cuidado em saúde mental.</span></p> 2024-07-19T13:31:16+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/26866 O POTENCIAL FEMINISTA DA TETRALOGIA NAPOLITANA, DE ELENA FERRANTE 2024-07-22T14:21:58+00:00 Dayane Trindade Macedo xday.trinx@gmail.com <p>Este artigo busca discutir, de forma germinal, acerca do potencial feminista inscrito em “A Amiga Genial”, primeiro livro da “Tetralogia Napolitana”, de Elena Ferrante, a partir da análise das experiências das duas protagonistas representadas na obra. Apresentaremos rapidamente o cenário teórico no qual baseamos nossa discussão – as interpretações e discussões aqui elaboradas se guiam pelos estudos sobre interseccionalidade propostos por Patrícia Hill Collins e ideias que se aproximam –, buscaremos tratar sobre alguns conceitos, e posteriormente nos deteremos à obra de Ferrante, seu conteúdo em si buscando aproximar teoria e ficção. Este artigo parte do entendimento de que a literatura é capaz de oferecer um valioso material para a pesquisa sociológica, já que é possível encontrar nela vestígios para a formulação de hipóteses acerca da vida social em diversos sentidos, e é uma tentativa de contribuir com a Sociologia da Arte, mais especificamente à Sociologia da Literatura, a partir de um olhar sobre gênero e seu entrelaçamento com questões sociais.</p> 2024-07-19T13:48:42+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/26895 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER PRESENTES NA OBRA “GABRIELA, CRAVO E CANELA” 2024-07-22T14:22:01+00:00 Joana D'arc Silva de Oliveira joana.oliveira@aluno.uece.br Paula Fabrícia Brandão Aguiar Mesquita paula.brandao@uece.br <p>O artigo aborda a violência contra a mulher através da obra literária “Gabriela, cravo e canela”, de Jorge Amado. Considerando os aspectos sociais da literatura, buscamos refletir, de modo proposital e criterioso, sobre a vida das personagens Sinhazinha, assassinada pelo marido que a surpreende em uma situação de adultério, e Gabriela, que sofre inúmeras situações relacionadas ao que hoje se entende por violência contra a mulher. Procuramos analisar como o enredo ou o destino dessas personagens poderia ou não ter sido outro caso a história se passasse atualmente. Para justificar a presença da categoria Literatura em uma pesquisa no campo das Ciências Sociais adotamos como percurso metodológico a interdisciplinaridade pautada em uma análise qualitativa, de tipo bibliográfico e documental, atrelada ao método comparativo, que auxiliou na definição das diferenças existentes entre determinadas legislações em vigor no início dos séculos XX e XXI. A análise desenvolvida possibilitou identificar que Sinhazinha e Gabriela, caso vivessem no Brasil contemporâneo e fossem esposas de Jesuíno e Nacib, seriam vítimas de feminicídio, violência física, psicológica e patrimonial. Já os agressores sofreriam as penalidades previstas na Lei Maria da Penha e Lei do Feminicídio, cuja eficácia depende da agilidade de aplicação por parte do Poder Público.</p> 2024-07-19T14:02:20+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27342 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 2024-07-22T14:22:04+00:00 Ana Cristina Guimarães de Jesus anaguimaraesasbs@gmail.com Márcia Santana Tavares marciatavares1@gmail.com <p>A violência praticada contra as mulheres não é um problema recente, contudo, com a pandemia da Covid-19 houve um aumento descomunal dos casos de violência em decorrência das medidas de isolamento social adotadas em nível de mundo. Para muitas mulheres, tais medidas determinaram que elas ficassem em casa com seus agressores, além disso, quando se considera as dimensões raciais, constata-se que as mulheres negras são as maiores vítimas dessa violência, sendo relevante debruçar a atenção para essa realidade. No que tange a saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera a violência contra as mulheres como um problema de saúde pública a ser enfrentado, entretanto, prevalece no âmbito da política de saúde a subnotificação dos casos. Dessa forma, torna-se urgente trazer visibilidade para os casos de violência doméstica que ocorrem na “porta de entrada dos serviços de saúde”, ou seja, na atenção básica. Diante do exposto, o seguinte artigo apresenta uma discussão da violência doméstica através de uma análise interseccional, pois, ainda hoje, as mulheres negras são as maiores vítimas dessa violência e apresenta a importância da atuação da atenção básica à saúde no enfrentamento dessa problemática.</p> 2024-07-19T14:34:48+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27346 VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS TRANS NO BRASIL 2024-07-22T14:22:06+00:00 Milena Cramar Lôndero milena.cramar@gmail.com Ana Gabrieli Reis anagabrielireis@hotmail.com Emily Emanuele Franco Mewes emily.emewes@gmail.com <p>A realidade de violência contra pessoas trans no Brasil é crescente e alarmante, sobretudo ao se tratar das taxas de homicídio que acometem essa população em específico. O tema-problema deste artigo parte do pressuposto de que as demandas acerca da garantia de direitos de pessoas trans não vêm sendo atendidas, e sequer respondidas, pelo poder público; necessitando de políticas que promovam a inclusão e a efetiva proteção desses corpos. Para tanto, de forma inicial, analisa-se o contexto da violência contra pessoas trans no Brasil - país que, há quatorze anos, lidera o ranking de países com maior número de homicídio de pessoas trans -, evidenciando as taxas de mortalidade e ponderando quanto à real veracidade dos dados, às vistas da subnotificação de dados e pesquisas. Valendo-se do recorte dos homicídios contra pessoas trans e reivindicando o conceito de transfeminicídio, busca-se analisar as lacunas do sistema jurídico brasileiro na proteção desse grupo. Assim, longe de restringir e limitar o já cunhado termo feminicídio, o transfeminicídio surge como forma complementação ao abarcar mulheres trans e travestis, possibilitando uma efetiva política includente de efetivação de direitos.</p> 2024-07-19T22:45:36+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/26863 REFLEXÕES SOBRE FEMINISMOS PRESCRITIVOS, ANALÍTICOS E O PUTAFEMINISMO 2024-07-22T14:22:09+00:00 Mariana Oliveira Tozzi eu@marianaoliveira.com.br Matheus dos Santos da Silveira silveiramath49@gmail.com <p>Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a desestabilização dos limites do feminismo a partir da proposta de Monique Prada sobre o putafeminismo. Em seu livro, a autora conta que inspirada por muitas outras trabalhadoras sexuais decidiu elaborar sua luta em uma publicação. Mas ao contrário de muitos dos sucessos editoriais assinados por prostitutas, o texto não está centrado nas experiências com os clientes, majoritariamente homens. O seu pensamento é construído a partir de seu próprio ponto de vista e das discussões que colocam em contraste o feminismo experimentado por ela em oposição ao que ela chama de “feministas conservadoras”, que “vitimizam” e “pretendem resgatar” pessoas como ela, deixando de reconhecer a autonomia e a capacidade de escolha desta classe. Em conjunto às contribuições de autoras como Catherine McKinnon, Saba Mahmood e Judith Butler, almeja-se entender que a visibilidade no espaço público – e não somente no acesso a um submundo – é um exercício de poder que reivindica o reconhecimento, a valorização e, sobretudo, a existência. Ao abordar a complexidade do feminismo a partir da perspectiva do putafeminismo proposto por Monique Prada, este texto se soma à outras contribuições que acabam por desafiar as fronteiras do movimento feminista tradicional.</p> 2024-07-19T23:09:30+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27347 MULHERES NEGRAS, LUTAS TRANSVERSAIS E AMBIGUIDADE DO RECONHECIMENTO 2024-07-22T14:22:12+00:00 Yans Sumaryani Dipatia yanscicm@gmail.com <p>A teoria de reconhecimento tem ocupado o centro dos debates recentes nas ciências sociais como uma ferramenta analítica e normativa para lançar luz sobre o fenômeno dos movimentos sociais contemporâneos. Na concepção de Axel Honneth, a teoria ajuda a pontuar a gramática moral que dá legitimação às reivindicações dos movimentos sociais. Porém, esse aspecto só se torna mais evidente ao partirmos de um dado anterior à luta por reconhecimento, isto é, a experiência desrespeito. Este artigo propõe a partir do conceito de desrespeito analisar a estrutura motivacional da luta das mulheres negras na Baixada Fluminense por reconhecimento, assim como pontuar a ambiguidade inerente na dinâmica de reconhecimento tal como evidenciada nas observações empíricas. Desse modo, este trabalho visa a apontar o alcance explicativo da abordagem honnethiana no contexto do Movimento de Mulheres Negras, assim como seus limites conceituais e práticos.</p> 2024-07-19T23:29:29+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/26841 O AVANÇO NEOCONSERVADOR DO MOVIMENTO “ESCOLA SEM PARTIDO” 2024-07-22T14:22:14+00:00 Michel Francisco Lins mixelzera@hotmail.com <p>Os discursos referentes à sexualidade no século XXI nacional apontam para retomadas de movimentos conservadores brasileiros, encontrando no alinhamento com a “família tradicional” o “casamento” perfeito entre moral religiosa, Estado burguês neoliberal. Diante desta união, ocorrem ataques direcionados a educação pública brasileira, disparando constantemente mentiras relacionadas aos debates de gênero, da sexualidade e do sexo. Essa hipocrisia burguesa ocorre juntamente aos levantes de 2013 no Brasil que, organizados pela sociedade civil, demonstram grande repúdio à diversidade sexual. Busca-se apontar o dispositivo da sexualidade como um controle, uma relação de dominação social a partir das leituras de Michel Foucault. Juntamente aos controles dos corpos sexuais direcionamos as hipocrisias capitalistas em torno da sexualidade e dos movimentos conservadores que adentram a escola pública por meio da “Escola sem Partido”, aponta-se a disseminação de distorções da realidade social em um ataque direto aos professores. O texto está dividido em uma apresentação dos discursos do sexo, posteriormente é apresentado o dispositivo da sexualidade, para pôr fim apresentar o movimento “Escola sem Partido”. Concluindo o texto aponta-se que o Estado Capitalista utiliza do “movimento escola sem partido” para conter os corpos dos escolares. Este ensaio permite a nós educadores ter uma breve ideia de que este dispositivo apresentado por Michel Foucault é móvel e mutável, sendo assim, um dispositivo que é reformulado em vários momentos históricos para atuar junto.</p> 2024-07-20T00:02:05+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27350 PERCURSO PARA UM MÉTODO DE PESQUISA ABOLICIONISTA PENAL EM SERVIÇO SOCIAL 2024-07-22T14:22:18+00:00 Lucas Alencar de Araujo lucasalncr@gmail.com <p>O presente artigo é resultado dos estudos teóricos-metodológicos da dissertação de mestrado do autor que busca traçar um possível percurso crítico para realização de pesquisas no campo de Serviço Social, em especial àquelas voltadas para as políticas de justiça criminal, alinhadas à perspectiva abolicionista penal. Para isso foi realizada revisão bibliográfica de autores clássicos e contemporâneos, fazendo uma avaliação crítica sobre a influência do positivismo no campo das políticas sociais e das contribuições críticas do método materialista histórico-dialético. A primeira parte trata da discussão a respeito da profissão e da produção de conhecimento; A segunda apresentará o positivismo enquanto uma expressão burguesa da ciência; A terceira é discutido o positivismo enquanto legitimador da ordem social e suas desigualdades; o quarto apresenta o método de Marx enquanto um discurso deslegitimador da sociedade burguesa; Já na quinta serão apresentados os debate abolicionistas e as contribuições do pensamento marxista. Por fim, o artigo conclui a impossibilidade de se debruçar sobre a política criminal de forma neutra, estando esse campo atravessado por tendências antagônicas.</p> 2024-07-20T00:15:14+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27351 O CONTENCIOSO SIMBÓLICO DA OPERAÇÃO LAVA JATO 2024-07-22T14:22:21+00:00 Haron Barberio Francelin haron540@hotmail.com <p>O presente artigo analisa a tradução midiática da Operação Lava Jato no período 04/03/2016 a 07/05/2018. Tal empenho mobiliza uma sistematização das distintas noções do conceito corrupção dentro das Ciências Sociais e assume no desenvolvimento da pesquisa uma determinada premissa epistemológica, essa associada ao paradigma simbólico do fenômeno, que circunscreve múltiplos agentes no cenário denominado escândalo político, cujo resultado constitui um campo de disputa para formular a versão dominante do que é Oficial e do Universal dentro do Estado. Explora através desse preceito teórico um modelo de posicionamento relacional que expressa tanto os agentes selecionados como as estruturas correspondentes dos mesmos em um plano bidimensional cartesiano. Feito isso, explora através de uma estrutura de agentes específica, a saber, a mídia especializada, a sua tomada de posição na escolha linguística na imputação do termo corrupção, cuja investigação descreve se o mesmo é arbitrado em uma lógica de classes, isto é, em face das estruturas, ou atomista, em torno dos agentes, o que se poderia inferir, de alguma maneira, dos traços constitutivos da percepção da corrupção pelo grande público.</p> 2024-07-20T00:32:26+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27352 VIR DE REIMS 2024-07-22T14:22:24+00:00 Letícia Núñez Almeida leticia.negrita@gmail.com <p>Resenha do livro ERIBON, Didier. <strong>Retorno a Reims</strong>. Belo Horizonte: Editora Âyiné, 2021.</p> 2024-07-20T00:39:16+00:00 Copyright (c) 2024 Perspectivas Sociais