https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/issue/feedRevista Linguagem & Ensino2024-03-07T13:15:12+00:00Revista Linguagem & Ensinorevista.ling.ensino@ufpel.edu.brOpen Journal Systems<p>Linguagem & Ensino é uma publicação científica trimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas. Desde 1998, colabora com a publicação de textos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros que refletem sobre questões teóricas em literatura, linguística, tradução, literatura e imagem e ensino em Letras. O fluxo de edição se dá por chamadas de publicações temáticas.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A3</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 1983-2400</span></p>https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26290Educação das relações étnico-raciais no Material Rioeduca de Língua Portuguesa do 8º ano para o 1º semestre de 20232024-03-07T13:15:12+00:00Isabela Feliciano Moreiraisabelafeliciano@letras.ufrj.br<p>Este artigo pretende investigar o modo como o Material Rioeduca de Língua Portuguesa do 8º ano para o 1º semestre de 2023 se compromete com a Lei nº 10.639/2003 e com as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a partir de atividades propostas com base em dois textos referentes ao escritor guineense Eliseu Banori. A investigação se dá sob a perspectiva de política linguística definida por Rajagopalan (2013), considerando também a concepção de língua/linguagem de Valentin Volóchinov (2019) e a compreensão de como ela atua na educação, pela ótica de Paulo Freire em <em>Política e educação</em> (2022). A análise também parte da obra <em>A Escola não é uma empresa</em>, de Christian Laval (2004), a fim de sinalizar a presença da lógica neoliberal na gestão da educação carioca para elaboração do material didático analisado.</p>2024-02-27T14:11:41+00:00Copyright (c) 2024 Isabela Feliciano Moreirahttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26282A ética amefricana como prática pedagógica da literatura afro-latino-americana2024-03-07T13:15:12+00:00Rogério Mendes Coelhorogerio.mendes.coelho@ufrn.br<p>O presente artigo discute a ausência das contribuições afrodescendentes para o processo<br>de formação da literatura hispano-americana pela historiografia, crítica literárias e<br>curricularização escolar. Atribui-se ao fato a predominância dos referentes civilizacionais<br>eurocêntricos na América Latina em virtude das relações coloniais no continente. Reflexo<br>no propósito que releva a motivação das Epistemologias do Sul, ao aproximar os<br>fundamentos tradicionais e sapienciais que aproximam África e América, bem como<br>reflexões do Coletivo Decolonial (Mignolo, 2020), no propósito de (re)pensar os<br>desdobramentos históricos, políticos e sociais da relação entre a Modernidade e<br>Colonialidade para a América Latina, dentro do que propôs o conceito Cidade Letrada<br>(Rama, 1985), o estudo destaca a importância e a centralidade do patrimônio ancestral e a<br>produção crítica da epistemologia afrodescendente independente, no intuito de melhor<br>visibilizar a contribuição cultural e intelectual africana e afrodescendente no processo de<br>formação do pensamento fundamental e crítico latino-americano.</p>2024-02-27T14:20:23+00:00Copyright (c) 2024 Rogério Mendes Coelhohttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26283Escrita, escritura, inscritura2024-03-07T13:15:11+00:00Denis Moura de Quadrosdenisdpbg10@gmail.com<p>Partindo da afirmação de Audre Lorde (2019) de que as ferramentas do colonizador não nos auxiliarão a realizar uma mudança autêntica, apresento ferramentas e conceitos ogúnicos que estão ainda em formação na forja-útero da amefricanidade. Assim, trago o questionamento das formas de leitura e análise de obras de autoria negra, em especial de mulheres negras, partindo da escrita, que é coletiva, passando ao conceito de escritura, portadora de axé e documento histórico, culminando na inscritura, oralituralizada e coletiva que atravessa os corpos negrofemininos refletindo consciência histórica e refratando estereótipos gastos da democracia racial. Amefricanidade é aqui compreendida como potencialidade que nos permite pensar, formular e aplicar novos critérios epistemológicos e novas categorias de análise. Os conceitos, sobretudo, de escrevivência (Evaristo, 2005, 2007, 2010) e oralitura (Martins, 1997) nos auxiliam nesse processo, bem como outras pesquisas de intelectuais negros e negras</p>2024-02-27T14:21:01+00:00Copyright (c) 2024 Denis Moura de Quadroshttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26284Narrar e reescrever a história do negro no Rio de Janeiro do século XX2024-03-07T13:15:11+00:00Thiago Martins Rodriguesthiagomartinsr2@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetos de análise os romances <em>Cidade de Deus</em> (1997) e <em>Desde que o samba é samba</em> (2012), ambos do carioca Paulo Lins. A hipótese é que há uma perspectiva histórica posta entre as duas obras, que pode ser depreendida com base na análise dos narradores que se querem afastados e imparciais e, consequentemente, dos seus pontos de vista narrativos. O objetivo, assim, consiste em caracterizar e examinar os pontos de vista narrativos construídos em cada um dos romances a fim de apreender as tensões e os enfoques histórico e literário das obras. Com base no acúmulo da crítica brasileira, conclui-se que os pontos de vista narrativos, em meio a embates e tensões, de ordem formal e social, decorrem de seus momentos históricos de produção.</p>2024-02-27T14:24:36+00:00Copyright (c) 2024 Thiago Martins Rodrigueshttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26289Dialeto e cultura afro-americana2024-03-07T13:15:11+00:00Emerson Oliveira Cardosooliveiraemerson708@gmail.comJuliana Steiljulianasteil@gmail.com<p>Este trabalho apresenta uma tradução comentada do conto “The Strength of Gideon”, de Paul Laurence Dunbar (1872-1906), para a língua portuguesa do Brasil. Entre as questões discutidas nos comentários, estão a representação da cultura negra estadunidense e o dialeto afro-americano que marca os diálogos no conto, sendo esta última uma das características mais controversas da produção literária do autor. A partir da perspectiva crítica apresentada, realiza-se uma reflexão sobre a tradução proposta centrada no dialeto utilizado por Dunbar, uma vez que este é o principal desafio tradutório do conto mencionado. A pesquisa debate sobre a importância de marcar a variação linguística presente no texto original, visto que é um elemento tão importante quanto a trama em si.</p>2024-02-27T14:25:14+00:00Copyright (c) 2024 Emerson Oliveira Cardoso, Juliana Steilhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26285A literatura-terreiro e os saberes afro-diaspóricos2024-03-07T13:15:11+00:00Renan Cabral Paulinorenancpaulino@hotmail.comRejane Pivetta de Oliveirapivetta.rejane@gmail.com<p>Este trabalho propõe uma análise de <em>Torto Arado</em>, de Itamar Vieira Junior, a partir das lentes da literatura-terreiro (Freitas, 2011), propondo uma expansão e uma nova leitura do termo. Compreendemos a corporeidade, a religiosidade, a circularidade e a ancestralidade como sendo elementos fundamentais para uma compreensão dessa narrativa, que tem como arma anticolonial a potência do jarê e a essência dos Orixás e dos Encantados. Concluímos que o jarê é literatura-terreiro e <em>Torto Arado</em> é metaliteratura-terreiro, por ser um texto metaliterário. Dessa forma, a presença do candomblé e suas versões na composição do romance se constitui em agência política que ilumina as contribuições de um passado africano e de um presente amefricano.</p>2024-02-27T14:25:57+00:00Copyright (c) 2024 Renan Cabral Paulino, Rejane Pivetta de Oliveirahttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26288O fazer literário explicitado e subjetivado2024-03-07T13:15:11+00:00Izanete Marques Souza Marques Souzaiza.mar.souz@gmail.com<p>Este estudo teve como objetivo verificar, à luz das teorias que embasam o campo da Escrita Criativa (Brasil, 2019; Brito, 2011; Gonzaga; Tutikian, 2015; Paéz, 2010; Paz, 1996), as estratégias utilizadas na trilogia <em>Binti</em> para estruturar a narrativa dessa novela. Para isso, recorreu-se a análise de conteúdo como metodologia de pesquisa e a análise proposicional do discurso (Bardin, 2016) como estratégia para olhar o casamento esperado entre ficção científica e ancestralidade nigeriana. Os resultados confirmaram, através dos estudos sobre empoderamento cunhados por feministas negras (Gonzalez, 2018, 2020; Collins, 2019; Davis, 2017), a tese de que obras ficcionais, independentemente das classificações que recebem, trazem os efeitos do racismo, porém a partir dos aspectos da negritude como fonte de orgulho, numa perspectiva de poder que não molesta, mas, ao contrário, acolhe, compartilha, vive, convive e reafirma a nossa amefricanidade.</p>2024-02-27T14:26:16+00:00Copyright (c) 2024 Izanete Marques Souza Marques Souzahttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26286Química ou Física2024-03-07T13:15:11+00:00Luciana Lis de Souza e Santoslis-luciana@hotmail.com<p>O objetivo desta pesquisa é analisar a exaltação do corpo feminino negro como fonte de autoafirmação, de segurança e de liberdade no conto <em>Química ou Física</em>, de Miriam Alves, da antologia <em>Juntar Pedaços </em>(2021)<em>. </em>A análise está comprometida com teorias e conceitos próprios da literatura afro-brasileira contemporânea na intersecção com paradigmas teóricos oriundos do pensamento feminista negro, tais como o Cuírlombismo, de Tatiana Nascimento dos Santos; a Poli(poé)tica, de Flávia Santos de Araújo; e os feminismos negros de Patricia Hill Collins e bell hooks. Ao conectar a literatura e o feminismo negro, engendra-se um meio de liberdade e de transcendência, que podem ser percebidas quando são analisadas a partir de conceitos endógenos de intelectuais negras: Conceição Evaristo (2005); Tatiana Nascimento dos Santos (2019); Flávia Santos de Araújo (2022), dentre outros nomes que inscrevem suas teorias no campo da literatura afro-brasileira e das expressões afro-femininas.</p>2024-02-27T14:26:46+00:00Copyright (c) 2024 Luciana Lis de Souza e Santoshttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26287As intersecções na representação da mulher em O avesso da pele e O beijo na parede2024-03-07T13:15:12+00:00Havilla Cristina Costa da Silvahavyllacosta7@gmail.comHavilla Cristina Costa da Silvahavyllacosta7@gmail.comRubenil da Silva Oliveirarubenil.oliveira@ufma.br<p>As obras analisadas apontam a realidade das mulheres que diariamente convivem com as convergências das formas de estereótipos, opressão e violência. Este trabalho abrangerá as cidadãs negras e brancas pobres, podendo assim perceber que, além da questão racial, há também a problemática da classe social em que essas estão inseridas, o que as colocará em uma situação de marginalização. Dessa forma, apresenta-se, a condição da mulher na sociedade brasileira contemporânea, as questões que permeiam a mulher negra nas narrativas, como os abusos e a relação entre gênero e classe, demonstrando a condição das mulheres periféricas negras e brancas. Para isso, a pesquisa realizada foi bibliográfica e descritiva a partir da leitura de Davis (2016), Gonzalez (2020), Saffioti (2015), entre outros. Ao fim, recomendamos encaminhamentos futuros.</p>2024-02-27T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Havilla Cristina Costa da Silva, Havilla Cristina Costa da Silva, Rubenil da Silva Oliveira