https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/issue/feedRevista Linguagem & Ensino2025-11-26T20:28:15+00:00Revista Linguagem & Ensinorevista.ling.ensino@ufpel.edu.brOpen Journal Systems<p>Linguagem & Ensino é uma publicação científica trimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas. Desde 1998, colabora com a publicação de textos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros que refletem sobre questões teóricas em literatura, linguística, tradução, literatura e imagem e ensino em Letras. O fluxo de edição se dá por chamadas em fluxo contínuio de publicações atemáticas e eventualmente dossiês temáticos.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A3</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 1983-2400</span></p>https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/28281A teoria do Letramento e suas vicissitudes2025-11-26T20:27:46+00:00Anderson de Carvalho Pereiraapereira.uesb@gmail.comLeda Verdiani Tfouniletfouni@yahoo.com.brFilomena Elaine Paiva Assolinielainefdoc@ffclrp.usp.br<p>É sabido que o termo “letramento” alcançou ampla circulação no Brasil, sobretudo nas duas últimas décadas. A amplitude da questão vem se consolidando por meio de uma rede conceitual que atravessa este campo de estudos e que é afetada por concepções de leitura, escrita, oralidade e alfabetização, filiadas aos modelos pré-existentes. Neste artigo, situamos a atualidade da questão a partir da retomada do debate sobre os modelos autônomo e ideológico formalizados por Street. Em seguida, problematizamos publicações de Soares e sua filiação ao modelo autônomo, de tal forma que chegamos à questão da pedagogização do letramento, sua repercussão em programas governamentais e em adjetivações comumente utilizadas no cotidiano. Por fim, também criticamos os reducionismos presentes nestas adjetivações e concluímos que as diversas nomenclaturas têm enfraquecido a luta por igualdade social e qualidade da escolarização pública.</p>2025-10-23T00:32:19+00:00Copyright (c) 2025 Anderson de Carvalho Pereira, Leda Verdiani Tfouni, Filomena Elaine Paiva Assolinihttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/28652A palavra interna à palavra2025-11-26T20:27:54+00:00Santiago Bretanhasantiagofreitas@unipampa.edu.br<p>Reconhecendo que a potência criadora da memorialística está na historicidade própria que institui e nos efeitos de memória que constrói discursivamente, propõe-se este trabalho. A partir da obra <em>Retrato Calado</em>, suas fronteiras se situam ao redor do objetivo geral de analisar as imagens de escrita na obra de Salinas Fortes; imaginários que irrompem em um <em>discurso sobre</em> <em>a escrita</em>, ou seja, nas tentativas de contorná-la simbolicamente. Com base no gesto de abertura que Benveniste (1989ª, 2005ª) propõe em direção a uma Antropologia Histórica da Linguagem, compreendemos <em>Retrato Calado</em>, do ponto de vista singular que instaura, como uma <em>poética</em>. Sob essa perspectiva, promovida pelo literário que busca lançar questões ao linguístico, dedica-se atenção às relações metafóricas e metonímicas de designação estabelecidas no contínuo do discurso, no movimento da <em>palavra interior à palavra</em>.</p>2025-10-23T00:41:45+00:00Copyright (c) 2025 Santiago Bretanhahttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/28548Discurso e história da educação de surdos2025-11-26T20:27:59+00:00Kenia Regis Lemoskenialemos@ufrb.edu.brAdielson Ramos de Cristoadielson_cristo@ufrb.edu.br<p>Neste artigo, assumindo uma posição teórica discursiva, propomos um gesto de leitura em torno do <em>Congresso Internacional para o Estudo das Questões de Educação e Assistência de Surdos-Mudos</em>, ocorrido no ano de 1900, em Paris, objetivando compreender <em>efeitos de sentidos sobre</em> <em>educação</em> <em>e</em> <em>surdez,</em> e assim, em um outro momento da pesquisa, podemos refletir sobre as relações entre o Congresso de Paris (1900) e as políticas de ensino estabelecidas no Instituto Imperial de Surdos-Mudos, atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no fim do século XIX. Do ponto de vista teórico, filiamo-nos à Análise de Discurso que se formula a partir das discussões e trabalhos do filósofo francês <em>Michel Pêcheux</em> e que, no Brasil, tem seus desdobramentos a partir dos trabalhos de Eni Orlandi. Como resultado, observamos que os sentidos de <em>educação</em> e de <em>surdez</em> são constituídos em relação a posições divergentes, que marcam o antagonismo entre surdos e ouvintes, o que produz como efeito diferentes sentidos para <em>educação</em> e <em>surdez</em>.</p>2025-10-23T00:51:42+00:00Copyright (c) 2025 Kenia Regis Lemos, Adielson Ramos de Cristohttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/30152A estratégia de escrita da língua portuguesa por surdos acadêmicos2025-11-26T20:28:06+00:00Rogers Rocharogers.rocha89@gmail.comIsabella Mozzilloisabellamozzillo@gmail.com<p>A pesquisa apresenta resultados de um estágio pós-doutoral realizado na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que investigou experiências docentes e produções escritas de alunos surdos na disciplina <em>Produção da Leitura e da Escrita da Língua Portuguesa como L1 e L2</em>, do curso de Letras Libras/Literatura Surda. O objetivo foi analisar as produções acadêmicas dos estudantes considerando sua identidade linguística. A metodologia adotada foi a pesquisação, com base teórico-metodológica em Faerch e Kasper (1983), para identificar estratégias de compensação, como transferências interlinguísticas e intralinguísticas. Os resultados indicaram que essas estratégias são mais recorrentes entre surdos sinalizantes, evidenciando que a influência da Libras aumenta na escrita do português conforme o distanciamento do uso da língua portuguesa em interações cotidianas. Quanto menor o contato com o português como língua de interação, maior é a interferência da Libras na escrita em L2.</p>2025-10-23T00:59:57+00:00Copyright (c) 2025 Rogers Rocha, Isabella Mozzillohttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/29810Dialeto pajubá2025-11-26T20:28:15+00:00Letícia Garcia Silvaprof.leticiagarc@gmail.comGabriele Valim Vargasgabrielevargas7@gmail.comKarina Giacomellikarina.giacomelli@gmail.com<p>O presente trabalho pretende compreender, por meio da Análise Dialógica do Discurso (ADD) e a partir de enunciados-comentários em uma situação concreta de interação verbal, como é atribuído valor ao dialeto pajubá por alguns interlocutores. Nesse viés, busca-se examinar esses enunciados em resposta a um <em>post </em>em formato de vídeo sobre o dialeto pajubá presente na plataforma de rede social <em>Facebook</em>, mais precisamente no perfil <em>Quebrando o Tabu</em>. Para isso, utilizam-se conceitos teóricos do Círculo de Bakhtin, com ênfase nas noções de alteridade e valoração. Nessa perspectiva, o percurso analítico permitiu refletir como uma situação concreta de interação verbal é capaz de revelar a posição ideológica e sócio-histórica ocupada pelo enunciador, podendo se configurar até mesmo como discurso intolerante a partir de suas escolhas lexicais.</p>2025-10-23T01:08:16+00:00Copyright (c) 2025 Letícia Garcia Silva, Gabriele Valim Vargas