Revista Linguagem & Ensino https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle <p>Linguagem &amp; Ensino é uma publicação científica trimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas. Desde 1998, colabora com a publicação de textos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros que refletem sobre questões teóricas em literatura, linguística, tradução, literatura e imagem e ensino em Letras. O fluxo de edição se dá por chamadas de publicações temáticas.</p> <p><strong>Qualis:</strong>&nbsp; A3</p> <p><span data-sheets-value="{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:&quot;A4&quot;}" data-sheets-userformat="{&quot;2&quot;:2627,&quot;3&quot;:{&quot;1&quot;:0},&quot;4&quot;:{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:16776960},&quot;9&quot;:1,&quot;12&quot;:0,&quot;14&quot;:{&quot;1&quot;:3,&quot;3&quot;:1}}"><strong>ISSN:</strong> 1983-2400</span></p> Universidade Federal de Pelotas pt-BR Revista Linguagem & Ensino 1415-1928 <span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/">BY-NC-ND 2.5 BR</a>) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</span> Educação das relações étnico-raciais no Material Rioeduca de Língua Portuguesa do 8º ano para o 1º semestre de 2023 https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26290 <p>Este artigo pretende investigar o modo como o Material Rioeduca de Língua Portuguesa do 8º ano para o 1º semestre de 2023 se compromete com a Lei nº 10.639/2003 e com as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a partir de atividades propostas com base em dois textos referentes ao escritor guineense Eliseu Banori. A investigação se dá sob a perspectiva de política linguística definida por Rajagopalan (2013), considerando também a concepção de língua/linguagem de Valentin Volóchinov (2019) e a compreensão de como ela atua na educação, pela ótica de Paulo Freire em <em>Política e educação</em> (2022). A análise também parte da obra <em>A Escola não é uma empresa</em>, de Christian Laval (2004), a fim de sinalizar a presença da lógica neoliberal na gestão da educação carioca para elaboração do material didático analisado.</p> Isabela Feliciano Moreira Copyright (c) 2024 Isabela Feliciano Moreira 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26290 A ética amefricana como prática pedagógica da literatura afro-latino-americana https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26282 <p>O presente artigo discute a ausência das contribuições afrodescendentes para o processo<br>de formação da literatura hispano-americana pela historiografia, crítica literárias e<br>curricularização escolar. Atribui-se ao fato a predominância dos referentes civilizacionais<br>eurocêntricos na América Latina em virtude das relações coloniais no continente. Reflexo<br>no propósito que releva a motivação das Epistemologias do Sul, ao aproximar os<br>fundamentos tradicionais e sapienciais que aproximam África e América, bem como<br>reflexões do Coletivo Decolonial (Mignolo, 2020), no propósito de (re)pensar os<br>desdobramentos históricos, políticos e sociais da relação entre a Modernidade e<br>Colonialidade para a América Latina, dentro do que propôs o conceito Cidade Letrada<br>(Rama, 1985), o estudo destaca a importância e a centralidade do patrimônio ancestral e a<br>produção crítica da epistemologia afrodescendente independente, no intuito de melhor<br>visibilizar a contribuição cultural e intelectual africana e afrodescendente no processo de<br>formação do pensamento fundamental e crítico latino-americano.</p> Rogério Mendes Coelho Copyright (c) 2024 Rogério Mendes Coelho 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26282 Escrita, escritura, inscritura https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26283 <p>Partindo da afirmação de Audre Lorde (2019) de que as ferramentas do colonizador não nos auxiliarão a realizar uma mudança autêntica, apresento ferramentas e conceitos ogúnicos que estão ainda em formação na forja-útero da amefricanidade. Assim, trago o questionamento das formas de leitura e análise de obras de autoria negra, em especial de mulheres negras, partindo da escrita, que é coletiva, passando ao conceito de escritura, portadora de axé e documento histórico, culminando na inscritura, oralituralizada e coletiva que atravessa os corpos negrofemininos refletindo consciência histórica e refratando estereótipos gastos da democracia racial. Amefricanidade é aqui compreendida como potencialidade que nos permite pensar, formular e aplicar novos critérios epistemológicos e novas categorias de análise. Os conceitos, sobretudo, de escrevivência (Evaristo, 2005, 2007, 2010) e oralitura (Martins, 1997) nos auxiliam nesse processo, bem como outras pesquisas de intelectuais negros e negras</p> Denis Moura de Quadros Copyright (c) 2024 Denis Moura de Quadros 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26283 Narrar e reescrever a história do negro no Rio de Janeiro do século XX https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26284 <p>O presente artigo tem como objetos de análise os romances <em>Cidade de Deus</em> (1997) e <em>Desde que o samba é samba</em> (2012), ambos do carioca Paulo Lins. A hipótese é que há uma perspectiva histórica posta entre as duas obras, que pode ser depreendida com base na análise dos narradores que se querem afastados e imparciais e, consequentemente, dos seus pontos de vista narrativos. O objetivo, assim, consiste em caracterizar e examinar os pontos de vista narrativos construídos em cada um dos romances a fim de apreender as tensões e os enfoques histórico e literário das obras. Com base no acúmulo da crítica brasileira, conclui-se que os pontos de vista narrativos, em meio a embates e tensões, de ordem formal e social, decorrem de seus momentos históricos de produção.</p> Thiago Martins Rodrigues Copyright (c) 2024 Thiago Martins Rodrigues 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26284 Dialeto e cultura afro-americana https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26289 <p>Este trabalho apresenta uma tradução comentada do conto “The Strength of Gideon”, de Paul Laurence Dunbar (1872-1906), para a língua portuguesa do Brasil. Entre as questões discutidas nos comentários, estão a representação da cultura negra estadunidense e o dialeto afro-americano que marca os diálogos no conto, sendo esta última uma das características mais controversas da produção literária do autor. A partir da perspectiva crítica apresentada, realiza-se uma reflexão sobre a tradução proposta centrada no dialeto utilizado por Dunbar, uma vez que este é o principal desafio tradutório do conto mencionado. A pesquisa debate sobre a importância de marcar a variação linguística presente no texto original, visto que é um elemento tão importante quanto a trama em si.</p> Emerson Oliveira Cardoso Juliana Steil Copyright (c) 2024 Emerson Oliveira Cardoso, Juliana Steil 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26289 A literatura-terreiro e os saberes afro-diaspóricos https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26285 <p>Este trabalho propõe uma análise de <em>Torto Arado</em>, de Itamar Vieira Junior, a partir das lentes da literatura-terreiro (Freitas, 2011), propondo uma expansão e uma nova leitura do termo. Compreendemos a corporeidade, a religiosidade, a circularidade e a ancestralidade como sendo elementos fundamentais para uma compreensão dessa narrativa, que tem como arma anticolonial a potência do jarê e a essência dos Orixás e dos Encantados. Concluímos que o jarê é literatura-terreiro e <em>Torto Arado</em> é metaliteratura-terreiro, por ser um texto metaliterário. Dessa forma, a presença do candomblé e suas versões na composição do romance se constitui em agência política que ilumina as contribuições de um passado africano e de um presente amefricano.</p> Renan Cabral Paulino Rejane Pivetta de Oliveira Copyright (c) 2024 Renan Cabral Paulino, Rejane Pivetta de Oliveira 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26285 O fazer literário explicitado e subjetivado https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26288 <p>Este estudo teve como objetivo verificar, à luz das teorias que embasam o campo da Escrita Criativa (Brasil, 2019; Brito, 2011; Gonzaga; Tutikian, 2015; Paéz, 2010; Paz, 1996), as estratégias utilizadas na trilogia <em>Binti</em> para estruturar a narrativa dessa novela. Para isso, recorreu-se a análise de conteúdo como metodologia de pesquisa e a análise proposicional do discurso (Bardin, 2016) como estratégia para olhar o casamento esperado entre ficção científica e ancestralidade nigeriana. Os resultados confirmaram, através dos estudos sobre empoderamento cunhados por feministas negras (Gonzalez, 2018, 2020; Collins, 2019; Davis, 2017), a tese de que obras ficcionais, independentemente das classificações que recebem, trazem os efeitos do racismo, porém a partir dos aspectos da negritude como fonte de orgulho, numa perspectiva de poder que não molesta, mas, ao contrário, acolhe, compartilha, vive, convive e reafirma a nossa amefricanidade.</p> Izanete Marques Souza Marques Souza Copyright (c) 2024 Izanete Marques Souza Marques Souza 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26288 Química ou Física https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26286 <p>O objetivo desta pesquisa é analisar a exaltação do corpo feminino negro como fonte de autoafirmação, de segurança e de liberdade no conto <em>Química ou Física</em>, de Miriam Alves, da antologia <em>Juntar Pedaços </em>(2021)<em>. </em>A análise está comprometida com teorias e conceitos próprios da literatura afro-brasileira contemporânea na intersecção com paradigmas teóricos oriundos do pensamento feminista negro, tais como o Cuírlombismo, de Tatiana Nascimento dos Santos; a Poli(poé)tica, de Flávia Santos de Araújo; e os feminismos negros de Patricia Hill Collins e bell hooks. Ao conectar a literatura e o feminismo negro, engendra-se um meio de liberdade e de transcendência, que podem ser percebidas quando são analisadas a partir de conceitos endógenos de intelectuais negras: Conceição Evaristo (2005); Tatiana Nascimento dos Santos (2019); Flávia Santos de Araújo (2022), dentre outros nomes que inscrevem suas teorias no campo da literatura afro-brasileira e das expressões afro-femininas.</p> Luciana Lis de Souza e Santos Copyright (c) 2024 Luciana Lis de Souza e Santos 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26286 As intersecções na representação da mulher em O avesso da pele e O beijo na parede https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26287 <p>As obras analisadas apontam a realidade das mulheres que diariamente convivem com as convergências das formas de estereótipos, opressão e violência. Este trabalho abrangerá as cidadãs negras e brancas pobres, podendo assim perceber que, além da questão racial, há também a problemática da classe social em que essas estão inseridas, o que as colocará em uma situação de marginalização. Dessa forma, apresenta-se, a condição da mulher na sociedade brasileira contemporânea, as questões que permeiam a mulher negra nas narrativas, como os abusos e a relação entre gênero e classe, demonstrando a condição das mulheres periféricas negras e brancas. Para isso, a pesquisa realizada foi bibliográfica e descritiva a partir da leitura de Davis (2016), Gonzalez (2020), Saffioti (2015), entre outros. Ao fim, recomendamos encaminhamentos futuros.</p> Havilla Cristina Costa da Silva Havilla Cristina Costa da Silva Rubenil da Silva Oliveira Copyright (c) 2024 Havilla Cristina Costa da Silva, Havilla Cristina Costa da Silva, Rubenil da Silva Oliveira 2024-02-27 2024-02-27 26 3 10.15210/rle.v26i3.26287