Revista Linguagem & Ensino
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<p>Linguagem & Ensino é uma publicação científica trimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas. Desde 1998, colabora com a publicação de textos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros que refletem sobre questões teóricas em literatura, linguística, tradução, literatura e imagem e ensino em Letras. O fluxo de edição se dá por chamadas de publicações temáticas.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A3</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 1983-2400</span></p>Universidade Federal de Pelotaspt-BRRevista Linguagem & Ensino1415-1928<span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/">BY-NC-ND 2.5 BR</a>) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</span>O papel da instrução explícita de pronúncia na produção das consoantes /s/ e /z/ por aprendizes hispanofalantes de Português Brasileiro
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<p>Este estudo experimental visa a analisar os efeitos de uma prática de instrução de pronúncia a partir das produções de hispanofalantes aprendizes de Português como Língua Adicional. Em uma oficina de pronúncia, os participantes do Grupo Experimental (n = 7) foram instruídos sobre as fricativas /s/, /z/, /ʃ/ e /ʒ/ em posição inicial de sílaba, sendo que as duas primeiras constituíram o objeto de análise deste trabalho. O Grupo Controle (n = 10), por sua vez, não recebeu instrução de pronúncia durante o período de coleta. O desenvolvimento do grau de vozeamento ao longo das fricativas /s/ e /z/ foi verificado a partir de dados coletados nas etapas de pré-teste, pós-teste imediato e pós-teste postergado (realizado um mês após o pós-teste imediato). Os resultados mostraram que o Grupo Experimental apresentou aumento no vozeamento (em /s/ e em /z/) após a instrução de pronúncia, enquanto o Grupo Controle se manteve estável.</p>Raquel Horvath de AndradeUbiratã Kickhöfel Alves
Copyright (c) 2024 Raquel Horvath de Andrade, Ubiratã Kickhöfel Alves
2024-09-022024-09-022710117Algumas considerações sobre as dualidades conceituais saussurianas
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26711
<p>Desde a publicação do Curso de Linguística Geral de Ferdinand de Saussure, as dualidades que permeiam sua teoria se fazem presentes. Como um movimento de formalização científica, os efeitos do aspecto dual e das conhecidas “dicotomias saussurianas” reverberam nos estudos de base saussuriana até os dias de hoje. Contudo, parece-nos que tais dualidades, em suas essências, não possuem caráter antinômico, mas apontam para uma ideia de complementaridade, de relação. Propomo-nos, portanto, a revisitar as dualidades saussurianas (<em>langue</em> e <em>parole</em>, diacronia e sincronia, significado e significante e relações sintagmáticas e associativas) entendendo suas naturezas e as relações que estabelecem entre si. Além disso, destinamos um olhar atento à <em>duplessência</em> da linguagem, tecendo algumas considerações sobre forma e sentido. Esse estudo nos ajuda a entender o aspecto dual da teoria saussuriana para além da interpretação dicotômica, considerando-o, principalmente, como uma lógica organizadora do pensamento de Ferdinand de Saussure.</p>Luiza MilanoCarolina da Silveira Riter
Copyright (c) 2024 Luiza Milano, Carolina da Silveira Riter
2024-09-022024-09-022711829Do letramento digital ao letramento digital móvel
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26738
<p>Considerando a importância das tecnologias digitais móveis na vida cotidiana, este artigo problematiza os conceitos de letramento digital e letramento digital móvel buscando discutir definições e apontar práticas sociais envolvidas. Para tal, parte-se da discussão sobre o uso das tecnologias móveis em diversos contextos, incluindo o educacional, sobretudo durante a pandemia de COVID-19. São abordados conceitos como convergência, portabilidade, mobilidade e ubiquidade dessas tecnologias, discutidos por diversos pesquisadores (e.g. Jenkins, 2009; Lemos, 2008; Sharples <em>et al</em>., 2009; Gabriel; Kiso, 2020; Santaella, 2013). Em seguida, são apresentadas definições de letramento digital propostas por diferentes estudiosos e suas implicações (e.g. Soares, 2002; Silva <em>et al</em>., 2005; Buzato, 2006; Rojo, 2012; Santaella, 2014). Finalmente, discute-se o conceito de letramento digital móvel (e.g. Asino; Jha; Adewumi, 2020) ou letramento móvel, para alguns autores (e.g. Dudeney; Hockly; Pegrum, 2016), e sua relevância para uma participação ativa e crítica na sociedade e, em particular, na educação.</p>Lilia Aparecida Costa GonçalvesMárcio Luiz Corrêa VilaçaKátia Cristina do Amaral Tavares
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2024-09-022024-09-022713044Autorização discursiva e descentramentos identitários na narrativa de Amara Moira
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rle/article/view/26710
<p>O presente estudo propõe uma leitura da obra <em>e se eu fosse puta?</em> (2016), da intelectual transfeminista Amara Moira, produzida a partir de uma escrita autobiográfica. Diante do processo estrutural de silenciamento ao qual pessoas travestis são submetidas na sociedade brasileira, buscamos compreender que descentramentos identitários são produzidos quando uma travesti puta agencia a palavra literária e, assim, fala desde sua posição enunciativa. Para tanto, são acionadas epistemologias transfeministas e putafeministas engajadas na decolonização dos feminismos, em face da escuta de vozes de mulheres histórica e sistematicamente invisibilizadas na produção do conhecimento, tal como propõem as perspectivas teórico-analíticas da colonialidade de gênero, da cisnormatividade e da subalternidade. Mediante uma leitura cartográfica da obra, foi possível elaborar uma interpretação que aponta para a contestação de regimes de autorização discursiva produzida pela ocupação da posição de autoria por um corpo-voz subalternizado que reivindica, então, sua possibilidade de autorrepresentação.</p>Danillo da Conceição Pereira SilvaÉverton de Jesus Santos
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2024-09-022024-09-022714565As fases históricas da análise linguística
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<p>Este artigo almeja contribuir para a expansão conceitual e prática da história da análise linguística (AL) como eixo de ensino das aulas de Língua Portuguesa no Brasil. Para tanto, elaboram-se, exemplificam-se e caracterizam-se atividades de AL a partir de um recorte temporal de três fases já constituídas pela literatura: 1ª) 1980-1990; 2ª) 2000-2010; e 3ª) 2010 até os dias atuais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho teórico e prospectivo-exemplificativo. A primeira fase se sustenta na concepção interacionista de linguagem, cujas atividades se caracterizam pela reflexão a respeito dos recursos expressivos como possibilidades de construção de sentido. A segunda fase é tipificada pela reflexão sobre a constituição do gênero discursivo a partir das escolhas linguístico-discursivas. A terceira fase se marca por atividades que buscam a reflexão sobre como os recursos expressivos se constituem como escolhas valorativas, a refratar e refletir as ideologias que se fazem pela linguagem. Com isso, subsidia-se o professor e o pesquisador do ensino de língua na compreensão, produção e aplicação de atividades de análise linguística.</p>Bruno CiavolellaRenilson José Menegassi
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2024-09-022024-09-022716689Educação linguística em contexto rural angolano
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<p>Abordamos a realidade sociolinguística educacional do contexto angolano, com enfoque na área rural, em diálogo com trabalhos sobre o multilinguismo em contextos do Sul Global. Exploramos a relação entre os contextos escolar e familiar, evidenciando as contradições, os desafios, os silenciamentos e as resistências envolvendo o uso das línguas maternas angolanas. A relação entre os contextos rural-urbano em Angola é social, econômica e politicamente assimétrica. Com base em análise documental, pesquisa de campo em uma escola localizada em contexto rural e entrevistas com professores, analisamos e problematizamos essa situação, atentando para a importância de políticas públicas educacionais de orientação multilíngue e intercultural, com enfoque na relação escola-família.</p>Cristine SeveroEzequiel Bernardo
Copyright (c) 2024 Cristine Severo, Ezequiel Bernardo
2024-09-022024-09-0227190106CONTRA O REDUCIONISMO LINGUÍSTICO
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<p>Este artigo visa a analisar a série de vídeos <em>Accents Of The World</em> da página <em>Unpuzzled English </em>no <em>Instagram</em>, criada por uma professora de inglês brasileira. Para dar conta desse objetivo, este estudo se ancorou não só na interface entre Sociolinguística e Aprendizagem de Língua Estrangeira (LE), conforme proposto por Fragozo (2018), como também em outros diálogos entre pesquisas no campo da Linguística Aplicada (LA), a exemplo dos estudos de Crystal (2012), Holliday (2013) e Albuquerque e Becker (2021). Nesse sentido, um breve estudo de caso (Gil, 2002) foi realizado através de questões norteadoras que subsidiaram a análise de 11 vídeos do perfil. Por fim, concluiu-se que o trabalho de divulgação linguística e científica pode contribuir ativamente para uma educação linguística menos preconceituosa, ao passo que outros professores se empoderam com o conhecimento instrumental necessário para o combate ao reducionismo linguístico.</p>Marianna Collares Soares RegoCamila Gonçalves dos Santos do Canto
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2024-09-022024-09-02271107117Garimpagem
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<p>O presente artigo tem por objetivo examinar e discutir métodos de revisão bibliográfica e, a partir desse exame e discussão, sugerir estratégias para métodos de revisão bibliográfica e aplicá-las para uma busca de trabalhos na área de leitura em português brasileiro com foco em estratégias de compreensão leitora. O método do artigo foi uma pesquisa documental a partir da base de dados Scielo utilizando uma estratégia de mapeamento de estudos baseada em Gómez Vargas, Galeano Higuita e Jaramillo Muñoz (2015), para o qual cunhamos o termo <em>garimpagem</em> como estratégia para o mapeamento de estudos sobre o tema de estratégias de compreensão leitora em português brasileiro como L1. O mapeamento resultou na identificação de 17 trabalhos sobre o tema no período de 2013 a 2023, os quais mostram as temáticas mais frequentes encontradas neste artigo e a aplicabilidade do modelo.</p>Chris Royes SchardosimClaudia Marchese WinfieldLêda Maria Braga Tomitch
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2024-09-022024-09-02271118135Trabalho doméstico
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<p>Este artigo busca analisar <em>Cartas a Uma Negra </em>(1978), de autoria da martinicana Françoise Ega, que consiste na identificação entre histórias de vida e interlocução epistolar idealizada com a escritora brasileira Carolina Maria de Jesus (<em>Quarto de Despejo: diário de uma favelada</em>). Parte-se da definição estrutural de interseccionalidade como referência para investigação e reflexões sobre o trabalho doméstico como instrumento de relações de poder, inferiorização e dominação de trabalhadoras domésticas antilhanas negras, na França da década de 1960. Os resultados obtidos consistem na constatação da similaridade do peso dos processos discriminatórios e excludentes que afligem a mulher negra em diferentes partes do mundo. A construção desta pesquisa foi efetuada por meio de pesquisa e revisão bibliográfica cuja finalidade, por meio da crítica literária feminista, foi a de aplicar a obra de autoras dedicadas aos estudos interseccionais, como Akotirene (2019), Collins e Bilge (2020), Crenshaw (1989) e Davis (2016), entre outras.</p>Waldimiro CésarElis Regina Fernandes Alves
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2024-09-022024-09-02271136153O desenvolvimento de uma variedade intermediária do alemão entre descendentes de origem norte-boêmia no Rio Grande do Sul, Brasil
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<p>O objetivo principal deste trabalho é analisar contrastivamente a variação lexical do alemão nas dimensões diatópica e diageneracional em descendentes de grupos de imigrantes do norte da Boêmia no sul do Brasil. A variedade linguística em foco é examinada nas seguintes localidades do Rio Grande do Sul: Paverama, Imigrante, Venâncio Aires e Agudo. Os dados da pesquisa foram coletados no âmbito de uma dissertação (Habel, 2017) e de uma tese (Prediger, 2019). Ao analisar quatro variáveis linguísticas, foi encontrado um amplo espectro variacional, que era ativamente utilizado tanto pela geração mais velha (GII) quanto pela geração mais jovem (GI). Por um lado, os dados indicam o uso de variantes de contato mais dialetais com o Hunsrückisch em Paverama, Imigrante e Venâncio Aires. Este último local de levantamento também continha relíquias linguísticas do norte da Boêmia, mais comuns na GII. Por outro lado, a análise mostra que coexistem formas lexicais de origem alemã mais Standard e o português local em Agudo. A pesquisa mostra que a variedade intermediária dos descendentes da Boêmia se desenvolveu de forma diferente de região para região e de geração para geração.</p>Jussara Maria HabelAngélica Prediger
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2024-09-022024-09-02271154170A Amazônia e a educação ambiental através da Língua Brasileira de Sinais na perspectiva da educação inclusiva
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<p>Este artigo tem como propósito apresentar um relato de experiência e os desdobramentos de uma oficina executada no Instituto Federal do Maranhão, que abordou temas da Amazônia e da Educação Ambiental sob a perspectiva da Educação Inclusiva utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O intuito da oficina foi disseminar conhecimentos sobre a região Amazônica e fomentar a reflexão acerca da relevância da Educação Ambiental, buscando englobar a comunidade surda nas discussões e expandir o diálogo sobre o tema. O artigo visa a compartilhar os resultados obtidos na oficina, incentivando uma reflexão acerca do assunto sob um prisma inclusivo e prático. Com este relato, almeja-se contribuir para o desenvolvimento de práticas educacionais mais inclusivas e equitativas.</p>Evaneide de Brito Feitosa AguiarAnderson BoásMilena Botelho Azevedo LenaAirton Cardoso Cançado
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2024-09-022024-09-02271171191Variação e mudança no uso dos relativizadores no inglês acadêmico
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<p>Este artigo apresenta os resultados quantitativos de uma análise variacionista do uso dos relativizadores no inglês acadêmico, utilizando como amostra textos transcritos de palestras universitárias e artigos de revistas científicas. É feita também uma análise comparativa com um estudo da mesma natureza, que utiliza amostras das décadas de 1970 e 1980, para a observação de um potencial processo de mudança na forma como as orações relativas são introduzidas no inglês, no que se denomina estudo da mudança em tempo real de curta duração. Por fim, são feitas sugestões para a aplicação dos resultados aqui apresentados no ensino de inglês como língua adicional, contribuindo para que esse ensino se paute por uma visão mais realista da língua.</p>Dante Lucchesi LuchesiFabrícia Eugênia Gomes Andrade
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2024-09-022024-09-02271192214Tradução comentada a dois sonetos de guerra, de Miguel Hernández
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<p>Este trabalho apresenta uma tradução com comentários a dois sonetos compostos por Miguel Hernández durante a guerra civil espanhola. Os comentários enfocam o processo tradutório, que parte do conhecimento aprofundado do autor e sua obra para o estabelecimento de prioridades na tradução de sua poesia. Seguindo Jones (2024), sugerimos um processo de tradução poética que parte de uma tradução interlinear prévia a partir da qual são feitos ajustes e transformações criativas respeitando as prioridades estabelecidas. Complementamos o autor propondo uma ordem aos ajustes possíveis. A apresentação dos dois sonetos em tradução e esses comentários têm o objetivo de promover a autoconsciência do fazer tradutório, contribuindo para a crítica em tradução e para a formação de tradutores e tradutoras de poesia. Subsidiariamente, contribui para a crítica literária e as pesquisas no Brasil sobre Miguel Hernández e sobre a poesia na guerra civil espanhola.</p>Andrea Cristiane Kahmann
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2024-09-022024-09-02271215239