EMPREENDIMENTOS CRIATIVOS NA CIDADE DE PORTO ALEGRE: considerações iniciais sobre as capacitações profissionais de seus gestores

  • Judite Sanson Bem Universidade LaSalle
  • Margarete Panerai Araujo Universidade LaSalle
  • Moisés Waismann Universidade LaSalle
Palavras-chave: Empreendimentos Criativos, Porto Alegre, Orçamento Participativo, Formação Profissional

Resumo

Indústria criativa é um termo cunhado em 1994, quando da publicação do Relatório Nação Criativa[1]. Na Europa, este termo desponta quando autores e políticos procuravam estudar e evidenciar que atividades produtivas poderiam responder, mais rapidamente, aos desajustes econômicos e sociais, decorrentes da crise dos anos 1980. Os diferentes segmentos que compõem a indústria criativa demandam, de forma crescente, escolarização, formação devido à mesma capacitar à absorção de capacidade para criar, inventar, propor, pensar possibilidades alternativas. A gestão das empresas demanda formação profissional, possibilitando o aumento da produtividade. Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é formada por 17 Regiões denominadas Orçamento Participativo e estes divididos em bairros os quais apresentavam mais de 20.000 estabelecimentos ou unidades criativas empresariais, em 2016. O objetivo geral deste artigo é verificar se os empresários dos diferentes segmentos criativos do município de Porto Alegre, divididos por região do Orçamento Participativo, apresentavam formação profissional para o exercício de suas atividades. O método utilizado foi qualitativo com uso de técnicas descritivas e bibliográficas, bem como o uso de dados estatísticos obtidos do material pesquisado para análise. Concluiu-se que os diferentes perfis dos gestores desta pesquisa estavam associados, entre outros: ao tipo de segmento em que seu negócio está inserido, que há atividades que deveriam apresentar um perfil mais arrojado em se tratando de escolarização, havendo muito potencial para se expandir. Percebeu-se, também, que os segmentos mais intensivos em tecnologia já apresentavam à época da pesquisa uma maior formação profissional de seus gestores. 

[1] Creative Nation: Commonwealth Cultural Policy. Office for the Arts, Camberra, Austrália, October 1994.

Biografia do Autor

Judite Sanson Bem, Universidade LaSalle
Possui Bacharelado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), Mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992), Doutorado em História Ibéro- Americana pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2001) e pós-doc. em Economia da Cultura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014). Professora do Mestrado Profissional e Doutorado Acadêmico em Memória Social e Bens Culturais da UNILASALLE e do Mestrado em Avaliação de Impactos Ambientais na Universidade LaSalle. Possui experiência em Economia, com ênfase no Crescimento, Economia da Cultura, Economia do Trabalho, Planejamento Regional, Economia Ambiental, Economia Regional e Urbana. Responsável pelo estudo e desenvolvimento da análise econômica da COREDE Sinos-RS. Trabalha principalmente nos seguintes temas: Economia da Cultura, Indústrias Criativas, Desenvolvimento Regional e Urbano. Economia do Trabalho. Em 2018 ingressou no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRGS para realizar seu pós-doc no Projeto: Direito à cidade, financeirização e transformações no regime urbano na metrópole de Porto Alegre/RS.
Margarete Panerai Araujo, Universidade LaSalle
É pós-doutora em Administração Pública e de Empresas em Políticas e Estratégias pela FGV EBAPE/RJ (2013); e pós-doutora em Comunicação Social, Cidadania e Região na UMESP nas Cátedras UNESCO e Gestão de Cidades (2010). Possui Doutorado em Comunicação Social pela PUCRS (2004); Mestrado em Serviço Social (1999); e Especialização em Antropologia Social (1989). Sua graduação com Bacharelado e Licenciatura é em Ciências Sociais pela PUCRS (1987). É professora-pesquisadora da Universidade La Salle, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Memória Social e Bens Culturais. Avaliadora de projetos da FAPERGS e membro do corpo editorial da Revista Cadernos de Memória e Gestão Cultural e da Revista Acadêmica Gestão e Desenvolvimento (ISSN 1807-5436). É representante do Conselho Científico de Pesquisa e de Extensão (CCPE) . É representante do Unilasalle no Comitê Municipal de Economia Criativa de Porto Alegre de 2017 até o momento. Participou do projeto de Incubadora de Economia Solidária (PRONIC A- 2011/2012 e PRONIC B ? 2012/2013) financiado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), do Ministério do Trabalho e Emprego, através da FINEP - Financiadora de Estudos e Projeto. Tem experiência na área de Ciências Sociais, Cultura, Serviço Social, Pesquisa Social, Comunicação Social , Gestão e Política Públicas. Atuação nos seguintes temas: políticas públicas, gestão pública, responsabilidade social, organizações não governamentais (ONGs), comunicação social, participação popular, metodologias diversas, trabalho, educação e formação, economia criativa, bem como, áreas correlatas multidisciplinares.
Moisés Waismann, Universidade LaSalle
Pós-Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutor em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2013). Mestre em Agronegócios pelo Programa de Pós-Graduação em Agronegócios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Graduado em Ciências Econômicas pela UFRGS (1990). Professor-pesquisador da linha de pesquisa em Memória e Gestão Cultural do Mestrado em Memória Social e Bens Culturais da Universidade La Salle Membro do grupo de pesquisa de Estratégias Regionais. Coordenador do Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Politicas Públicas. Investiga assuntos relacionados ao trabalho e educação, ao mercado de trabalho, a economia da educação, ao ensino superior, as políticas públicas, a economia da cultura, a cultura, a economia criativa e a moda.
Publicado
2018-10-04