Estado e Movimentos Sociais na concepção do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades – Residencial Junção, Rio Grande, Rio Grande do Sul
Resumo
O presente estudo analisa o Residencial Junção, concebido na cidade de Rio Grande – RS e a forma de sua concepção, através do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades. O objeto de análise, encontra-se em pleno processo de construção e devido a sua importância na dimensão sócio-espacial, por ser um projeto piloto e ter intervenção na realidade desta cidade, modificará a vida de 1.276 famílias beneficiadas por este empreendimento. No Residencial Junção, temos como agentes sociais, na construção das moradias, os Movimentos Sociais de Moradia, através de cinco cooperativas (COOPERNOVA, COOPARROIO, COOTRAHAB, COOPERLAR e UNIPERFIL), para a concepção das unidades habitacionais. Este estudo pretende demonstrar em Rio Grande-RS, a efetivação de uma política pública, com a participação conjunta do Estado, no caso a Prefeitura Municipal de Rio Grande em conjunto com os movimentos sociais (cooperativas), na busca de pautar a produção do espaço. Demonstrando as ações do poder público municipal e sua atuação na coordenação da política pública, buscando-se demonstrar a relação entre estes agentes sociais, que ocorre de forma ambígua e complexa, marcada pelo conflito, mas também pela cooperação entre agentes dos movimentos sociais de moradia e o Estado, para a concepção de uma política pública de Estado, realizada em conjunto com os movimentos sociais. Será realizada a observação participante, onde o pesquisador estará colocado como um observador da situação social, com a finalidade de realizar a investigação científica, além de idas a campo, para o acompanhamento das obras e das ações técnico-sociais, das cooperativas, realizadas com os beneficiários.