DO MERCADO SOCIALMENTE NECESSÁRIO À CIDADE COMO MERCADORIA: O COMÉRCIO POPULAR DE ALIMENTOS EM CAMPINAS E A “REVITALIZAÇÃO” DA AVENIDA FRANCISCO GLICÉRIO

  • Livia Cangiano Antipon UFPel

Resumo

O centro da cidade de Campinas possui um circuito econômico diverso, dinamizado pelo fluxo intenso de pessoas que perpassa diariamente a região, principalmente a trabalho. Sobressai-se desse circuito econômico um importante comércio popular de alimentação que permite, a partir de seu estudo - baseado em levantamento bibliográfico e na reunião de informações primárias - uma compreensão da dinâmica da economia política da cidade e da urbanização campineira. Analisam-se as renovações das materialidades que vem ocorrendo no centro da cidade corporativa e fragmentada atentando-se à dinâmica da alimentação do trabalhador. Aborda-se o centro de Campinas como verdadeiro abrigo do comércio popular de alimentação. Problematiza-se o discurso competente associado ao projeto de “Revitalização da Avenida Francisco Glicério”, importante via de Campinas. Indaga-se a respeito do direito à alimentação quando este é negado devido aos processos de planejamento urbano de caráter higienista que transformam a cidade em uma mercadoria.

Biografia do Autor

Livia Cangiano Antipon, UFPel
Universidade Estadual de Campinas
Publicado
2016-07-12
Edição
Seção
Artigos