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Luis Henrique Ferreira Dias
UFPel
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Giovana Mendes de Oliveira
UFPel
Resumo
Trata-se de um ensaio acerca do exercício de poder da imagem comercial sobre o espaço público da av. Dom Joaquim. Sendo assim, o espaço de uso comum é cooptado pelo padrão do comércio como forma de controle sobre o comportamento individual; entretanto, essa estratégia demanda uma tácita sujeição coletiva que incorpora à apropriação social o conteúdo segregacionista nos marcos de uma psicosfera elitizada, pois o regime de visibilidade parece afastar os mais pobres, desvelando a lógica de um poder regulado pelo efeito de classe. Diante disso, pode-se objetar que a soberania do mercado faz desfilar o séquito da segregação social na esteira do status projetado sobre o espaço público; ou seja, através da franca exposição de símbolos que indicam um modo de consumo restrito. Destarte, o objeto de análise expressa uma dupla acepção territorial como rebatimento da atual especulação capitalista da cidade: de um lado, a av. Dom Joaquim é território de uso pleno para os que detêm a posse do dinheiro; de outro, é condição espacial que oprime os mais pobres.
Biografia do Autor
Luis Henrique Ferreira Dias, UFPel
Programa de Mestrado da Universidade Federal de Pelotas
Giovana Mendes de Oliveira, UFPel
Professora Adjunta da Universidade Federal de Pelotas