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Carolina Rehling Gonçalo
UFPel
Resumo
Este trabalho trata-se de uma pesquisa que busca aproximar a geografia do trabalho com a literatura vista como objeto social capaz de representar o real. Neste artigo foi realizada uma análise dos processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização do cais do porto antigo da cidade de Salvador/BA, através da representação feita por Jorge Amado no romance: Capitães da Areia (1937). O romance de Amado que narra o cotidiano de menores abandonados oferece diversas possibilidades de problematicas acerca do território e das territorialidades. Na obra literária de Amado percebe-se entre os demais territórios representados, o do antigo cais que outrora era formado por sujeitos trabalhadores dos saveiros e das docas e que no momento da narrativa é ocupado pelos meninos de rua. Este território sofre diversas modificações ao longo da narrativa, sendo essas modificações aqui exploradas a fim de refletir acerca das modificações no espaço e nos processos territoriais. Além da análise do romance, esta pesquisa mostra também a situação do espaço representado por Jorge Amado em 1937, e atualmente no ano de 2015.
Biografia do Autor
Carolina Rehling Gonçalo, UFPel
Universidade Federal de Pelotas