https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/issue/feed Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia 2025-11-01T01:31:08+00:00 Editores revista.tessituras@ufpel.edu.br Open Journal Systems <p>A revista Tessituras é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e pretendemos que a Tessituras promova uma marca própria da Antropologia e Arqueologia feita no extremo sul do Brasil e, ao mesmo tempo, abra um canal de diálogo importante e duradouro com a produção de outros espaços de produção acadêmica.</p> <p><strong>Qualis:</strong>&nbsp; A2</p> <p><span data-sheets-value="{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:&quot;A4&quot;}" data-sheets-userformat="{&quot;2&quot;:2627,&quot;3&quot;:{&quot;1&quot;:0},&quot;4&quot;:{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:16776960},&quot;9&quot;:1,&quot;12&quot;:0,&quot;14&quot;:{&quot;1&quot;:3,&quot;3&quot;:1}}"><strong>ISSN:</strong> 2318-9576</span></p> https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/30457 Editorial - Antropologia e Arqueologia Sensorial: Percursos, reflexões e apresentação do dossiê 2025-11-01T01:30:58+00:00 Gianpaolo Adomilli giansatolep@gmail.com Lucas Antonio da Silva lasilva@mn.ufrj.br Leticia D'Ambrosio treboles@gmail.com <p>O dossiê temático "Antropologia e Arqueologia Sensorial” surgiu de debates e reflexões proporcionados pelos encontros do Núcleo de Estudos Saberes Costeiros e Contra-Hegemônicos da Universidade de Rio Grande (NECO/FURG). Nele estão reunidos textos de Antropologia e Arqueologia, bem como de outras áreas de conhecimento, voltados para a temática sensorial.&nbsp; Um interesse central do dossiê consiste em entender como a pesquisa etnográfica se relaciona e pode contribuir para o estudo da sensorialidade, mais especificamente, no que diz respeito aos modos de ser-no-mundo de determinadas sociedades humanas a partir de suas relações sensíveis com as coisas, seres e lugares.</p> 2025-10-31T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/27583 Afetividades, corporeidade e a tecnologia no campo educacional: dialogando com memórias estéticas de uma pandemia 2025-11-01T01:30:59+00:00 Valeria Iared valiared@yahoo.com.br Lakshmi Juliane Vallim Hofstatter lakshmivallim@gmail.com Cae Rodrigues caerodrigues@academico.ufs.br <p>Com o intuito de refletir sobre as contribuições e limitações da tecnologia para a educação a partir da experiência corpórea e estética da pandemia construída na virtualidade, apresenta-se esse estudo desenhado a partir de três experiências narradas durante a pandemia de COVID-19. Pauta-se em um referencial fenomenológico, no qual corporeidade está imbricada à nossa forma de existir no mundo. As três narrativas apresentadas como forma de descrever as experiências pandêmicas das autoras e do autor foram analisadas à luz da análise textual discursiva. Dessa análise, emergiram quatro categorias: (a) as imposições dos tempos e espaços próprios (re)criados na pandemia, muitas vezes em oposição aos tempos e espaços habituais da rotina pré-pandemia; (b) A contínua imposição da lógica capitalista/produtivista e tecnicista nos contextos específicos da educação na pandemia (c) a cultura corporal (re)criada a partir das interações à distância, com mediação das tecnologias; (d) o “novo incorporado” a partir das vivências do/no “novo normal”.</p> 2025-10-31T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/26937 Pescadores artesanais da Vila do Mota: perfil e caracterização da pesca na Reserva Extrativista Marinha de Maracanã, Pará, Costa Amazônica Brasileira 2025-11-01T01:31:00+00:00 Marília Ribeiro mariliacribb@gmail.com Francisco Oliveira foliveiranono@yahoo.com.br <p>A pesca artesanal é imprescindível para a subsistência de comunidades tradicionais e contribui significativamente para a produção nacional de pescados, a realização desta atividade apresenta multiplicidade de formas e alta complexidade. Este estudo buscou descreve o perfil dos pescadores artesanais e caracterizar a pesca na Vila do Mota, litoral nordeste paraense. Destaca-se que a compreensão da pesca e do conhecimento associado a ela, é crucial para o desenvolvimento de políticas socioambientais mais eficazes e contextualizadas. Foram utilizadas abordagens qualitativa e quantitativa, através da entrevista semiestruturada e da observação participante. Participaram da pesquisa um total de 30 pescadores do sexo masculino, com idades entre 30 e 65 anos, com mais de 10 anos de experiência na atividade. A principal arte de pesca desenvolvida é a de curral, entretanto, a pesca com malhadeiras, tarrafa, cerco e arrasto de praia também são empregadas de forma complementar, cada uma com suas especificidades e conhecimentos associados, a depender da espécie-alvo. Os pescadores relataram uma drástica diminuição da produção ao longo das últimas décadas, ameaçando seus modos de vida e a perspectiva de continuidade da atividade.</p> 2025-10-31T19:57:48+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/25951 Histórias, Memórias e Saberes envolvidos na produção de carros de boi, no Município de Cururupu, Maranhão 2025-11-01T01:31:00+00:00 Arkley Marques Bandeira arkley.bandeira@ufma.br Marcelo Oliveira Santos Oliveira Santos oliveira.marcelo@discente.ufma.br <p>Este artigo apresenta uma síntese da pesquisa sobre a produção artesanal de carros de boi, no município de Cururupu, Maranhão, cujos resultados foram apresentados em formato monográfico no Curso de Ciências Humanas, da UFMA – Centro de Pinheiro. Partiu-se da problemática que os carros de boi foram amplamente utilizados nos primeiros séculos da colonização do Brasil, especialmente nas regiões produtivas, como o Nordeste Açucareiro e nas áreas de mineração no Brasil Central, ao passo que no Maranhão, permanece o desconhecimento sobre a utilização dos carros de boi no contemporâneo, como também sobre a existência de mestres artífices que ainda dominam o conhecimento ancestral acerca da sua manufatura. O percurso metodológico se utilizou das Fichas do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Módulo Inventário, com observação participante de caráter exploratório, coleta de relatos orais em entrevistas e registro imagético, aliado a uma discussão histórica e social por meio da análise bibliográfica e documental. Os resultados apontaram que os carros de boi são suportes de histórias, memórias cultura e identidade do universo rural maranhense e registram a resiliência dos saberes e viveres em meio as mudanças de um mundo globalizado que atuam fortemente na ruptura de conhecimentos ancestrais.</p> 2025-10-31T20:25:29+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/27861 A atividade de pesca na comunidade quilombola do Jacarequara, nordeste do Pará, Amazônia Oriental 2025-11-01T01:31:01+00:00 Manoel Fagno Aviz fagno08@gmail.com Dídac Santos-Fita dsantofi@gmail.com <p>Este artigo analisa o conhecimento ecológico tradicional da comunidade quilombola do Jacarequara de modo a caracterizar aspectos bioculturais nas práticas de uso e manejo na atividade de pesca. Dentro de uma perspectiva etnozoológica e etnoecológica, utilizou-se o método etnográfico para captar dados qualitativos e quantitativos por meio da observação participante, diferentes tipos de entrevistas e listas livres. Os dados revelam que a pesca é fundamental na subsistência dessas famílias, exibindo uma complexidade de saberes e práticas na utilização de 23 apetrechos em 17 estratégias de pesca, elementos essenciais na compreensão de aspectos sociais e bioecológicos que influenciam na efetividade da captura e na manutenção do estoque pesqueiro. Assim como a identificação de fatores climáticos e hidrológicos associados às escolhas das estratégias de pesca em caráter sazonal, como a malhadeira e a tarrafa. O conhecimento etnoictiológico dos moradores mostra-se indispensável na ocupação de lacunas referentes ao manejo de recurso pesqueiro desta região, o que evidencia a importância de se considerar esta parcela da população na elaboração de planos de manejo pesqueiro para a bacia do rio Guamá.</p> 2025-10-31T20:38:13+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/27580 Trajetórias do Cárcere: costuras entre o dentro e o fora da prisão 2025-11-01T01:31:03+00:00 Maria Luiza Lorenzoni Bernardi mbernardi4@yahoo.com.br <p>Este artigo é parte de minha pesquisa empírica para construção da tese de doutorado em Antropologia que tem por escopo compreender aspectos do dispositivo carcerário, através da análise das articulações que ocorrem entre o dentro e o fora da prisão e que mobilizam pessoas, objetos, normas e discursos e revelam o transbordamento da experiência carcerária.&nbsp; A pesquisa está ancorada no Presídio Regional de Bagé/RS. A abordagem tem por eixo as etnografias sobre prisões da última década e os estudos sobre mobilidades, pois pretende-se desconstruir a imobilidade própria de um espaço físico delimitado por muros e grades destinado a segregação de pessoas e avançar trazendo os fluxos e deslocamentos de tudo que nela circula ou que ela põe em circulação. A etnografia permite a pesquisadora atentar para o processo social da experiência vivida por mulheres confinadas e livres, observar trajetos e trajetórias, conhecer as relações, descobrir subjetividades e observar o sistema social de comunicação que se configura entre a prisão e a rua para melhor compreensão do fenômeno a ser estudado.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p>Palavras-chave: Mulheres. Prisão. Gênero. Poder. Fluxos.</p> 2025-10-31T20:40:15+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/27836 A identidade surda e educação inclusiva: explorando a integração da memória coletiva e da diferença cultural 2025-11-01T01:31:04+00:00 Daiane Araujo Avelino Bezerra daianeaabezerra@gmail.com <p>Este artigo examina a relação entre identidade surda e educação inclusiva, destacando a integração da memória coletiva e da diferença cultural como elementos fundamentais nesse contexto. O objetivo principal é analisar como esses aspectos contribuem para a compreensão da identidade surda e sua influência na prática educacional inclusiva. Para atingir esse objetivo, adotamos uma abordagem qualitativa, utilizando revisão bibliográfica como metodologia principal. Entre os teóricos fundamentais para esta análise, destacam-se Hall (2014), Halbwachs (2006), Nora(1993/1997) Strobel (2009), Skliar (1998), Albertoni (2015), UNESCO (1994) e legislações como a LDBEN (1996), entre outros. Os resultados destacam a importância de reconhecer a identidade surda como uma construção cultural e social complexa, influenciada pela memória coletiva e pela diversidade cultural, e como essa compreensão pode informar práticas educacionais mais inclusivas e sensíveis às necessidades dos alunos surdos. Esta análise ressalta a relevância de promover práticas educacionais que atendam às necessidades dos alunos surdos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária, equitativa e respeitosa à diversidade.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Identidade Surda; Educação Inclusiva; Memória Coletiva; Diferença Cultural; Práticas Educacionais.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> 2025-10-31T20:41:38+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/27682 "Te desse bem na pesca, acho que bebesse água de bateira”: conexões multissensoriais com o mundo das pescadoras na pesca lagunar no RS 2025-11-01T01:31:07+00:00 Liza Bilhalva Martins lizabms@gmail.com <p>Este artigo propõe apresentar reflexões sobre experiências e aprendizagens em pesquisa alicerçada em dedicar atenção às coisas se conectando com o mundo através da vivência incorporada/encarnada (INGOLD, 2010). A pesquisa etnográfica que proporcionou esta experiência, foi realizada com pescadoras embarcadas da pesca artesanal no sistema lagunar-costeiro no sul do Rio Grande do Sul. Pescadoras e pescadores artesanais aprenderam a pesca, observando, fazendo e criando a partir da vivência em seus ambientes terrestres e aquáticos e com os outros - humanos e não-humanos. Trazendo isso para o trabalho de campo foi necessária uma compreensão sobre como as pescadoras fazem a pesca. Desde os primeiros contatos, restou evidente que para compreender a pesca praticada por mulheres seria fundamental compreender o mundo delas na pesca, que incluía, obviamente, estar lá – de corpo e alma - na navegação e nas pescarias, a partir do engajamento sensorial corporal da pesquisadora nas mesmas situações vividas e praticadas pelas pescadoras.</p> 2025-10-31T20:43:45+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/article/view/27408 A Poética da Paisagem: a interseção entre Arqueologia e Poesia na antiga fábrica Confiança, Vila Isabel- RJ 2025-11-01T01:31:07+00:00 Gusthavo Gonçalves Roxo gusthavogoncalvesroxo@gmail.com <p>Este artigo explora a paisagem da antiga Fábrica Confiança em Vila Isabel, Rio de Janeiro, por meio de uma abordagem que une arqueologia industrial e poesia. A pesquisa, desenvolvida durante a pandemia, reflete a relação pessoal do pesquisador com o espaço, revelando uma visão fenomenológica do ambiente. A Fábrica Confiança, que operou até 1965 e foi transformada em mercado, é analisada sob a perspectiva da arqueologia da paisagem e do patrimônio industrial, destacando o impacto humano e social da industrialização. O artigo utiliza conceitos de fenomenologia para compreender a relação dos indivíduos com o espaço, inspirando-se em teóricos como Gaston Bachelard e Christopher Tilley. A obra aborda ainda a importância da memória coletiva e individual na preservação do patrimônio industrial e a transformação contínua do espaço urbano. Por meio da poética do espaço, o autor convida à reflexão sobre a coexistência de histórias passadas e presentes na construção da identidade de um lugar.</p> 2025-10-31T20:44:41+00:00 Copyright (c) 2025 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia