Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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<p>A revista Tessituras é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e pretendemos que a Tessituras promova uma marca própria da Antropologia e Arqueologia feita no extremo sul do Brasil e, ao mesmo tempo, abra um canal de diálogo importante e duradouro com a produção de outros espaços de produção acadêmica.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A2</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 2318-9576</span></p>UFPelpt-BRTessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia2318-9576<p>A revista Tessituras não cobra nenhuma para a submissão e publicação dos textos.</p><p>Ao realizar a submissão do texto o(s) autor(es) está (ão) concordando automaticamente com a publicação do mesmo, caso obtenha pareceres positivos dos avaliadores. Com a publicação o(s) autor(es) estará(ão) automaticamente cedendo os direitos autorais do texto para a Revista Tessituras. Os autores somente poderão publicar o mesmo texto em outras obras, veículos e/ou periódicos mediante autorização formal da Comissão Editorial Executiva da Revista Tessituras. Tal procedimento faz-se necessário porque a Revista Tessituras tem o compromisso de publlicar apenas textos originais.</p><p>A autoria do trabalho deve ser restrita àqueles que fizeram uma contribuição significativa para a concepção, projeto, execução ou interpretação do estudo relatado. Todos aqueles que fizeram contribuições significativas devem ser listados como coautores. Pessoas que participaram em certos aspectos do projeto de pesquisa devem ser listadas como colaboradores. O autor principal deve garantir que todos os coautores apropriados estejam incluídos no artigo. O autor principal também deve certificar-se que todos os coautores viram e aprovaram a versão final do manuscrito e que concordaram com sua submissão para publicação.</p><p>Os textos publicados na revista Tessituras possuem licença CREATIVE COMMONS de atribuição BY. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado crédito pela criação original. Esta é a licença menos restritiva de todas as oferecidas, em termos de quais usos outras pessoas podem fazer de sua obra.</p>Editorial - Antropologia e Arqueologia Sensorial: Percursos, reflexões e apresentação do dossiê
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<p>O dossiê temático "Antropologia e Arqueologia Sensorial” surgiu de debates e reflexões proporcionados pelos encontros do Núcleo de Estudos Saberes Costeiros e Contra-Hegemônicos da Universidade de Rio Grande (NECO/FURG). Nele estão reunidos textos de Antropologia e Arqueologia, bem como de outras áreas de conhecimento, voltados para a temática sensorial. Um interesse central do dossiê consiste em entender como a pesquisa etnográfica se relaciona e pode contribuir para o estudo da sensorialidade, mais especificamente, no que diz respeito aos modos de ser-no-mundo de determinadas sociedades humanas a partir de suas relações sensíveis com as coisas, seres e lugares.</p>Gianpaolo AdomilliLucas Antonio da SilvaLeticia D'Ambrosio
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2025-10-312025-10-31122IIX10.15210/tes.v12i2.30457Afetividades, corporeidade e a tecnologia no campo educacional: dialogando com memórias estéticas de uma pandemia
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<p>Com o intuito de refletir sobre as contribuições e limitações da tecnologia para a educação a partir da experiência corpórea e estética da pandemia construída na virtualidade, apresenta-se esse estudo desenhado a partir de três experiências narradas durante a pandemia de COVID-19. Pauta-se em um referencial fenomenológico, no qual corporeidade está imbricada à nossa forma de existir no mundo. As três narrativas apresentadas como forma de descrever as experiências pandêmicas das autoras e do autor foram analisadas à luz da análise textual discursiva. Dessa análise, emergiram quatro categorias: (a) as imposições dos tempos e espaços próprios (re)criados na pandemia, muitas vezes em oposição aos tempos e espaços habituais da rotina pré-pandemia; (b) A contínua imposição da lógica capitalista/produtivista e tecnicista nos contextos específicos da educação na pandemia (c) a cultura corporal (re)criada a partir das interações à distância, com mediação das tecnologias; (d) o “novo incorporado” a partir das vivências do/no “novo normal”.</p>Valeria IaredLakshmi Juliane Vallim HofstatterCae Rodrigues
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2025-10-312025-10-3112212610.15210/tes.v12i2.27583Pescadores artesanais da Vila do Mota: perfil e caracterização da pesca na Reserva Extrativista Marinha de Maracanã, Pará, Costa Amazônica Brasileira
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<p>A pesca artesanal é imprescindível para a subsistência de comunidades tradicionais e contribui significativamente para a produção nacional de pescados, a realização desta atividade apresenta multiplicidade de formas e alta complexidade. Este estudo buscou descreve o perfil dos pescadores artesanais e caracterizar a pesca na Vila do Mota, litoral nordeste paraense. Destaca-se que a compreensão da pesca e do conhecimento associado a ela, é crucial para o desenvolvimento de políticas socioambientais mais eficazes e contextualizadas. Foram utilizadas abordagens qualitativa e quantitativa, através da entrevista semiestruturada e da observação participante. Participaram da pesquisa um total de 30 pescadores do sexo masculino, com idades entre 30 e 65 anos, com mais de 10 anos de experiência na atividade. A principal arte de pesca desenvolvida é a de curral, entretanto, a pesca com malhadeiras, tarrafa, cerco e arrasto de praia também são empregadas de forma complementar, cada uma com suas especificidades e conhecimentos associados, a depender da espécie-alvo. Os pescadores relataram uma drástica diminuição da produção ao longo das últimas décadas, ameaçando seus modos de vida e a perspectiva de continuidade da atividade.</p>Marília RibeiroFrancisco Oliveira
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2025-10-312025-10-31122275110.15210/tes.v12i2.26937Histórias, Memórias e Saberes envolvidos na produção de carros de boi, no Município de Cururupu, Maranhão
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<p>Este artigo apresenta uma síntese da pesquisa sobre a produção artesanal de carros de boi, no município de Cururupu, Maranhão, cujos resultados foram apresentados em formato monográfico no Curso de Ciências Humanas, da UFMA – Centro de Pinheiro. Partiu-se da problemática que os carros de boi foram amplamente utilizados nos primeiros séculos da colonização do Brasil, especialmente nas regiões produtivas, como o Nordeste Açucareiro e nas áreas de mineração no Brasil Central, ao passo que no Maranhão, permanece o desconhecimento sobre a utilização dos carros de boi no contemporâneo, como também sobre a existência de mestres artífices que ainda dominam o conhecimento ancestral acerca da sua manufatura. O percurso metodológico se utilizou das Fichas do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Módulo Inventário, com observação participante de caráter exploratório, coleta de relatos orais em entrevistas e registro imagético, aliado a uma discussão histórica e social por meio da análise bibliográfica e documental. Os resultados apontaram que os carros de boi são suportes de histórias, memórias cultura e identidade do universo rural maranhense e registram a resiliência dos saberes e viveres em meio as mudanças de um mundo globalizado que atuam fortemente na ruptura de conhecimentos ancestrais.</p>Arkley Marques BandeiraMarcelo Oliveira Santos Oliveira Santos
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2025-10-312025-10-31122529810.15210/tes.v12i2.25951A atividade de pesca na comunidade quilombola do Jacarequara, nordeste do Pará, Amazônia Oriental
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<p>Este artigo analisa o conhecimento ecológico tradicional da comunidade quilombola do Jacarequara de modo a caracterizar aspectos bioculturais nas práticas de uso e manejo na atividade de pesca. Dentro de uma perspectiva etnozoológica e etnoecológica, utilizou-se o método etnográfico para captar dados qualitativos e quantitativos por meio da observação participante, diferentes tipos de entrevistas e listas livres. Os dados revelam que a pesca é fundamental na subsistência dessas famílias, exibindo uma complexidade de saberes e práticas na utilização de 23 apetrechos em 17 estratégias de pesca, elementos essenciais na compreensão de aspectos sociais e bioecológicos que influenciam na efetividade da captura e na manutenção do estoque pesqueiro. Assim como a identificação de fatores climáticos e hidrológicos associados às escolhas das estratégias de pesca em caráter sazonal, como a malhadeira e a tarrafa. O conhecimento etnoictiológico dos moradores mostra-se indispensável na ocupação de lacunas referentes ao manejo de recurso pesqueiro desta região, o que evidencia a importância de se considerar esta parcela da população na elaboração de planos de manejo pesqueiro para a bacia do rio Guamá.</p>Manoel Fagno AvizDídac Santos-Fita
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2025-10-312025-10-311229911910.15210/tes.v12i2.27861Trajetórias do Cárcere: costuras entre o dentro e o fora da prisão
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<p>Este artigo é parte de minha pesquisa empírica para construção da tese de doutorado em Antropologia que tem por escopo compreender aspectos do dispositivo carcerário, através da análise das articulações que ocorrem entre o dentro e o fora da prisão e que mobilizam pessoas, objetos, normas e discursos e revelam o transbordamento da experiência carcerária. A pesquisa está ancorada no Presídio Regional de Bagé/RS. A abordagem tem por eixo as etnografias sobre prisões da última década e os estudos sobre mobilidades, pois pretende-se desconstruir a imobilidade própria de um espaço físico delimitado por muros e grades destinado a segregação de pessoas e avançar trazendo os fluxos e deslocamentos de tudo que nela circula ou que ela põe em circulação. A etnografia permite a pesquisadora atentar para o processo social da experiência vivida por mulheres confinadas e livres, observar trajetos e trajetórias, conhecer as relações, descobrir subjetividades e observar o sistema social de comunicação que se configura entre a prisão e a rua para melhor compreensão do fenômeno a ser estudado.</p> <p><strong> </strong></p> <p>Palavras-chave: Mulheres. Prisão. Gênero. Poder. Fluxos.</p>Maria Luiza Lorenzoni Bernardi
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2025-10-312025-10-3112212014410.15210/tes.v12i2.27580A identidade surda e educação inclusiva: explorando a integração da memória coletiva e da diferença cultural
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<p>Este artigo examina a relação entre identidade surda e educação inclusiva, destacando a integração da memória coletiva e da diferença cultural como elementos fundamentais nesse contexto. O objetivo principal é analisar como esses aspectos contribuem para a compreensão da identidade surda e sua influência na prática educacional inclusiva. Para atingir esse objetivo, adotamos uma abordagem qualitativa, utilizando revisão bibliográfica como metodologia principal. Entre os teóricos fundamentais para esta análise, destacam-se Hall (2014), Halbwachs (2006), Nora(1993/1997) Strobel (2009), Skliar (1998), Albertoni (2015), UNESCO (1994) e legislações como a LDBEN (1996), entre outros. Os resultados destacam a importância de reconhecer a identidade surda como uma construção cultural e social complexa, influenciada pela memória coletiva e pela diversidade cultural, e como essa compreensão pode informar práticas educacionais mais inclusivas e sensíveis às necessidades dos alunos surdos. Esta análise ressalta a relevância de promover práticas educacionais que atendam às necessidades dos alunos surdos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária, equitativa e respeitosa à diversidade.</p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Identidade Surda; Educação Inclusiva; Memória Coletiva; Diferença Cultural; Práticas Educacionais.</p> <p><strong> </strong></p>Daiane Araujo Avelino Bezerra
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2025-10-312025-10-3112214516310.15210/tes.v12i2.27836"Te desse bem na pesca, acho que bebesse água de bateira”: conexões multissensoriais com o mundo das pescadoras na pesca lagunar no RS
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<p>Este artigo propõe apresentar reflexões sobre experiências e aprendizagens em pesquisa alicerçada em dedicar atenção às coisas se conectando com o mundo através da vivência incorporada/encarnada (INGOLD, 2010). A pesquisa etnográfica que proporcionou esta experiência, foi realizada com pescadoras embarcadas da pesca artesanal no sistema lagunar-costeiro no sul do Rio Grande do Sul. Pescadoras e pescadores artesanais aprenderam a pesca, observando, fazendo e criando a partir da vivência em seus ambientes terrestres e aquáticos e com os outros - humanos e não-humanos. Trazendo isso para o trabalho de campo foi necessária uma compreensão sobre como as pescadoras fazem a pesca. Desde os primeiros contatos, restou evidente que para compreender a pesca praticada por mulheres seria fundamental compreender o mundo delas na pesca, que incluía, obviamente, estar lá – de corpo e alma - na navegação e nas pescarias, a partir do engajamento sensorial corporal da pesquisadora nas mesmas situações vividas e praticadas pelas pescadoras.</p>Liza Bilhalva Martins
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2025-10-312025-10-3112216418410.15210/tes.v12i2.27682A Poética da Paisagem: a interseção entre Arqueologia e Poesia na antiga fábrica Confiança, Vila Isabel- RJ
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<p>Este artigo explora a paisagem da antiga Fábrica Confiança em Vila Isabel, Rio de Janeiro, por meio de uma abordagem que une arqueologia industrial e poesia. A pesquisa, desenvolvida durante a pandemia, reflete a relação pessoal do pesquisador com o espaço, revelando uma visão fenomenológica do ambiente. A Fábrica Confiança, que operou até 1965 e foi transformada em mercado, é analisada sob a perspectiva da arqueologia da paisagem e do patrimônio industrial, destacando o impacto humano e social da industrialização. O artigo utiliza conceitos de fenomenologia para compreender a relação dos indivíduos com o espaço, inspirando-se em teóricos como Gaston Bachelard e Christopher Tilley. A obra aborda ainda a importância da memória coletiva e individual na preservação do patrimônio industrial e a transformação contínua do espaço urbano. Por meio da poética do espaço, o autor convida à reflexão sobre a coexistência de histórias passadas e presentes na construção da identidade de um lugar.</p>Gusthavo Gonçalves Roxo
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2025-10-312025-10-3112218520910.15210/tes.v12i2.27408