Um museu, duas salas e os indígenas

  • Mariana Ribeiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O artigo expõe de que formas a História e a Cultura Mbyá-Guarani são retratadas no espaço do Museu Júlio de Castilhos. O objetivo do texto é compreender os papéis que a instalação da nova Sala Indígena e do plano de ensino “Os Mbyá-Guarani e o Milho” possuem enquanto espaço e ação pedagógica de Ensino de História e como eles respondem às recentes concepções de Educação das Relações Étnico-Raciais. Para isso é comparada a montagem e a expografia da antiga Sala Farroupilha com o novo espaço, a Sala Indígena. Também é feita a análise da Sala Indígena e do plano de ensino sob a luz da Lei 11.645/2008. Conclui-se que essa lei tem papel fundamental no fomento à formação de educadoras e ao Ensino de História Indígena.Palavras-chave: Educação Patrimonial; História Indígena; Indigenização de museus; Museu Júlio de Castilhos. AbstractThe article explores how the history and culture of Mbyá-Guarani people are portrayed in the Júlio de Castilhos Museum. Following the teaching plan Os Mbyá-Guarani e o Milho, the aim is to comprehend the roles that the installation of the new Indigenous Room plays as a place for pedagogical action and history teaching, and how these roles respond to recent notions on the teaching of ethnical and racial relations. Thus, the installation, as well as the exhibit design of the old Farroupilha Room, was compared with the new Indigenous Room. The analysis of the Indigenous Room and the teaching plan is further carried out under Brazilian law 11.645/2008. The conclusion points to the Brazilian law 11.645/2008 as playing a pivotal role in promoting the formation of teachers and in the teaching of Indigenous History.Keywords: Patrimonial Education; Indigenous History; Indigenization of museums; Júlio de Castilhos Museum.

Biografia do Autor

Mariana Ribeiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Discente do curso de História-Lincenciatura (UFRGS)
Publicado
2021-01-08
Seção
Dossiê Educação