Nível de atividade física no lazer em usuários do sistema único de saúde

  • Jamile Sanches Codogno Universidade Estadual Paulista
  • Bruna Turi
  • Rômulo Fernandes
  • Henrique Monteiro
Palavras-chave: Atividade motora, Atenção primária à saúde, Estudo epidemiológico, Brasil

Resumo

Embora se investigue a atividade física no lazer na população em geral, muito pouco se sabe sobre está variável entre pacientes do Sistema Único de Saúde. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o nível de atividade física no lazer de pacientes atendidos na rede publica de saúde de Bauru-SP, bem como, identificar alguns de seus determinantes e sua associação com alguns agravos à saúde. A amostra foi composta por 963 pacientes (707 mulheres e 256 homens) selecionados aleatoriamente em cinco unidades básicas de saúde. As atividades físicas no lazer foram avaliadas pelo questionário de Baecke e indivíduos que reportaram ≥180 ou ≥240 minutos por semana de atividades físicas foram considerados ativos e muito ativos. Obesidade geral e obesidade central foram identificadas por valores de índice de massa corporal e circunferência de cintura, respectivamente. As doenças de maior ocorrência foram agrupadas segundo o CID-10. Houve baixa prática suficiente de atividade física no lazer (14,8%), mas elevada taxa de obesidade abdominal (70,1%) e doenças do aparelho osteomuscular e do tecido conjuntivo (72,1%). Indivíduos fisicamente ativos no lazer apresentaram menor ocorrência de doenças do aparelho osteomuscular e do tecido conjuntivo (OR= 0.60 [ORIC95%: 0.37 – 0.98]). A mesma associação foi observada para o sexo feminino no que diz respeito à obesidade abdominal (OR= 0.35 [ORIC95%: 0.19 – 0.65]). É baixa a prática suficiente de física no lazer entre pacientes do Sistema Único de Saúde, a qual está associada à menor ocorrência de doenças do aparelho osteomuscular e do tecido conjuntivo.
Publicado
2013-05-13
Seção
Artigos Originais