Variação modo-temporal em livros didáticos de Língua Espanhola e de Língua Portuguesa: uma análise comparativa

  • Marluce Coan Universidade Federal do Ceará
  • Valdecy de Oliveira Pontes

Resumo

Este artigo deter-se-á no estudo comparativo do tratamento dado à variação modo-temporal por livros didáticos de Língua Portuguesa e de Língua Espanhola. No presente trabalho, assumimos os pressupostos teóricos dos estudos sobre variação e ensino, propostos por Labov (1972, 1978 e 2003), bem como o que afirmam os documentos oficiais que norteiam o ensino de línguas no Brasil. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos um roteiro de análise sobre norma/uso, mudança, condicionamentos linguísticos e extralinguísticos, uso de textos autênticos e variação entre tempos verbais. Evidenciamos tratamento parcial aos temas sob análise: o texto ainda serve como pretexto; quando há exposição teórica sobre variação, tal abordagem ocorre somente no capítulo em pauta, não havendo aplicação dos postulados no decorrer do livro; também não são evidenciados os efeitos de sentido das diversas formas verbais em contexto comunicativo. No entanto, no livro didático Hacia el español, há um esforço no sentido de o aluno ter consciência da variação linguística nos níveis fonético-fonológico, lexical e morfossintático.

Biografia do Autor

Marluce Coan, Universidade Federal do Ceará
Mestre (1997) e Doutora (2003) em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; professora associada I do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará – UFC; coordenadora do Grupo de Pesquisas Sociolinguísticas – SOCIOLIN-CE/UFC.Orienta e desenvolve pesquisas em Sociolinguística, Funcionalismo e Sociofuncionalismo,com ênfase em descrição, análise e ensino de categorias verbais.
Publicado
2019-03-13
Como Citar
Coan, M., & de Oliveira Pontes, V. (2019). Variação modo-temporal em livros didáticos de Língua Espanhola e de Língua Portuguesa: uma análise comparativa. Revista Linguagem & Ensino, 16(2), 363-392. https://doi.org/10.15210/rle.v16i2.15452