Que exílio é este, “o da Língua Estrangeira”?

  • Ana Pederzolli Cavalheiro Universidade Federal de Pelotas
DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v11i2.15694
Palavras-chave: estranhamento, familiaridade, língua estrangeira

Resumo

O sujeito, constituído enquanto tal pelo acesso à linguagem, quando “toma a palavra” na língua estrangeira vivencia algum estranhamento. No entanto, tal experiência também lhe é, de alguma forma, familiar. Vemos que aí os opostos coexistem e se confundem: satisfações e repulsas, risos e desconcertos, estranho e familiar. Outras palavras, outros sentidos, outros sons e movimentos articulatórios diferentes favorecem ao aprendiz regredir ao “infans” e desestabilizar o sujeito de língua materna. Baseandonos em fundamentos da Análise de Discurso (AD), da Psicanálise freudo-lacaniana e da Teoria da Enunciação (Authier-Revuz), com este trabalho verificamos, no início do processo de aprendizagem de uma língua estrangeira por alunos adultos, que o estranhamento ou a familiaridade para como a língua estrangeira estão condicionados por aspectos de ordem do inconsciente e da memória histórica.

Biografia do Autor

Ana Pederzolli Cavalheiro, Universidade Federal de Pelotas
É graduada em Língua Espanhola e Literaturas de Língua Espanhola pela Universidade Federal de Pelotas (2003) e Mestre em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (2005), como bolsista da CAPES. Atualmente é professora substituta de Língua Espanhola e Lingüística Aplicada na Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Lingüística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de espanhol (ELE), imaginário e discurso. Como aluna do Curso de Doutorado da UCPel, desde agosto de 2008, está desenvolve sua pesquisa sobre Leitura e Tradução em Língua Espanhola, segundo os aportes e as contribuições da Filosofia – Teoria Desconstrutivista Derrideana e da Psicanálise Freudo-lacaniana.
Publicado
2019-03-15
Como Citar
Cavalheiro, A. P. (2019). Que exílio é este, “o da Língua Estrangeira”?. Revista Linguagem & Ensino, 11(2), 487-503. https://doi.org/10.15210/rle.v11i2.15694
Edição
v. 11 n. 2 (2008): Revista Linguagem & Ensino
Seção
Artigos
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