Cotidiano e Ritual no Passado Pré-Colonial do Sul no Amapá: As Estruturas Arqueológicas dos Sítios Curiaú Mirim I e Laranjal do Jari I (VII ao XVII AD)

Palavras-chave: Materialidades, Aldeias, Estruturas Arqueológicas, Amapá, Ontologias Relacionais

Resumo

ResumoA arqueologia do Amapá é conhecida principalmente pelos sítios cerimoniais e cemitérios. Recentemente, os sítios habitação passaram a ser alvo de estudos sistemáticos que visam a compreender o passado pré-colonial da região. Este artigo pretende refletir sobre práticas cotidianas e rituais realizados em duas antigas aldeias do sul no Amapá, por meio de dados qualitativos principalmente de artefatos e restos humanos que foram identificados nas estruturas arqueológicas. A materialização dos descartes nas estruturas arqueológicas durante o passado pré-colonial evoca uma visão contracartesiana das relações que ocorreram nesses lugares. Assim, emergem práticas relacionadas à rememoração dos mortos, sociabilidades e relações com seres visíveis e invisíveis entre os séculos VII ao XVII AD. AbstractThe archeology of Amapá is mainly known for its ceremonial and cemetery sites. Recently, habitation sites have become the target of systematic studies aimed at understanding the pre-colonial past of the region. This article intends to reflect on daily practices and rituals carried out in two ancient villages in the south of Amapá, through qualitative data mainly from artifacts and human remains that were identified in archaeological structures. The materialization of discards in archaeological structures during the pre-colonial past evokes a counter-Cartesian view of the relationships that occurred in these places. Thus, practices related to the remembrance of the dead, sociability, and relationships with visible and invisible beings emerge between the 7th and 17th centuries AD.

Biografia do Autor

Avelino GAMBIM JUNIOR, Universidade Federal do Maranhão
Doutorando  em  História  e  Conexões  Atlânticas:  culturas  e  poderes  (linha  de  concentração  em  linguagens,  religiosidades  e  culturas)  pelo  Programa  de  Pós-Graduação  em História  (PPGHIS)  da  Universidade  Federal  do  Maranhão  (UFMA).  Mestre  em  Arqueologia  (2016)  pelo  Programa  de  Pós-Graduação  em  Arqueologia  do  Museu  Nacional  da Universidade  Federal  do  Rio  de  Janeiro  (PPGArq/UFRJ).  Graduado  em  História  Bacharelado  pela  Pontifícia  Universidade  Católica  do  Rio  Grande  do  Sul  (2010).  Licenciatura em  História  na  Faculdade  IBRA  (2020).
Jelly Juliane Souza de LIMA, Universidade Federal do Maranhão
Jelly Juliane Souza de Lima é graduada História (licenciatura) pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP, 2013), mestra em Arqueologia pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 2017). Atualmente é doutoranda em História e Conexões Atlânticas: culturas e poderes (linha de concentração em linguagens, religiosidades e culturas) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 
Publicado
2022-06-30
Seção
Dossiê: O Papel do Atlântico no Povoamento Indígena da América do Sul