REVEGETAÇÃO E TEMPERATURA DO SOLO EM ÁREAS DEGRADADAS NO SUDOESTE DO RIO GRANDE DO SUL

  • Flavio Eltz
  • Ana Paula Rovedder

Abstract

Para estimar-se as variações da temperatura do solo em área de campo nativo e em um núcleo de degradação do solo, ambos sobre Neossolo Quartzarênico distrófico no sudoeste do Rio Grande do Sul, foram implantados conjuntos de geotermômetros a 3, 10 e 20 cm de profundidade. Observou-se as variações da temperatura do solo em quatro tratamentos: campo nativo com plantas de cobertura (C+PC), área degradada revegetada com plantas de cobertura (AD+PC), campo nativo(C), área degradada, caracterizada pela retirada da vegetação e exposição do solo arenoso (AD). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. As observações da temperatura do solo foram realizadas de quinze em quinze dias durante o ano de 2002, nos horários das 9, 12, 15 e 18 horas, considerando-se, para efeito de resultados, as médias para as estações do ano de primavera, verão, outono e inverno. A cultura de cobertura utilizada consistiu de um consórcio entre o Lupinus albescens H. et Arn., um tremoço nativo da região de estudo e a aveia preta (Avena strigosa Schieb.). As coberturas vegetais testadas foram eficientes na amenização das variações de temperatura, comparativamente à área degradada. No solo exposto da área degradada durante o verão, a temperatura foi significativamente maior do que nos outros tratamentos. Nas estações da primavera, outono e inverno, embora não tenham ocorrido diferenças estatísticas, a tendência de variação da temperatura do solo nos diferentes tratamentos foi semelhante a do verão.
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