PROPAGAÇÃO POR ESTACAS SEMILENHOSAS DE Vitis rotundifolia CVS. MAGNOLIA E TOPSAIL

  • Luiz Biasi
  • Bruno Boszczowski

Abstract

As videiras cultivadas apresentam uma grande suscetibilidade a pragas e doenças, enquanto a espécie Vitis rotundifolia é uma fonte de genes de resistência. O objetivo deste trabalho foi estudar a propagação das cultivares Magnolia e Topsail por estacas semilenhosas. Foi testado o efeito de concentrações de ANA e AIB em estacas semilenhosas com 1 folha inteira. O AIB foi aplicado na forma de pó diluído em talco inerte em concentrações de 0, 1.000, 2.500, 5.000 e 10.000mg kg-1, enquanto que o ANA foi aplicado em imersão lenta por um período de 24 horas, nas concentrações de 0, 250, 500 e 1000mg L-1. Também testou-se a utilização conjunta de ANA mais AIB por imersão lenta, com os seguintes tratamentos: testemunha, ANA (250mg L-1) + AIB (250mg L-1) e ANA (500mg.L-1) + AIB (500mg L-1). Todos os experimentos foram instalados com delineamento em blocos ao acaso com 4 repetições e 15 estacas por parcela. A avaliação foi realizada 80 dias após a instalação dos experimentos. A condução do trabalho ocorreu em câmara de nebulização intermitente e o substrato utilizado foi a vermiculita. A utilização de AIB não apresentou efeito significativo para todas as variáveis analisadas. O enraizamento obtido foi em média 50,5% para a cv. Magnolia e 63% para a cv. Topsail. Nos experimentos de imersão lenta apenas ocorreu enraizamento na testemunha, provavelmente por um efeito fitotóxico das auxinas aplicadas por um período prolongado. Conclui-se que a produção de mudas dessas cultivares pode ser obtida pela estaquia semilenhosa sem o uso de auxinas.
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