FERRUGEM DA FOLHA DA AVEIA: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E PERSPECTIVAS DE CONTROLE ATRAVÉS DA RESISTÊNCIA GENÉTICA NA REGIÃO SUL DO BRASIL
Abstract
A aveia branca (Avena sativa L.) ocupa uma posição de destaque em relação a outros cereais, em virtude de suas excelentes características nutricionais, e por ser uma alternativa para a diversificação da produção e para a cobertura do solo durante o inverno. Com o aumento da área cultivada com aveia, surgiram também os riscos de epidemias, as quais inevitavelmente aparecem quando as condições são favoráveis, sendo a ferrugem da folha, causada por Puccinia coronata f. sp. avenae, a moléstia que tem se mostrado mais destrutiva. A resistência genética é preconizada dentro de sistemas de manejo integrados de pragas e moléstias, sendo que a resistência qualitativa tem sido o tipo mais explorado nesta interação patógeno-hospedeiro. No entanto, esta resistência não tem se mostrado eficiente por grandes períodos de tempo, pois exerce uma pressão de seleção muito forte sobre a população do patógeno, impondo constantes mudanças em suas freqüências gênicas e dificultando o trabalho dos melhoristas para lançar cultivares resistentes. Alternativamente, a resistência quantitativa é sugerida como uma estratégia na busca de maior estabilidade da cultura da aveia frente às epidemias de ferrugem da folha. As evidências apontam que esta característica pode ter maior durabilidade, quando utilizada em grandes áreas durante um longo período de tempo. A resistência quantitativa tem sido relatada em várias interações patógeno-hospedeiro, dentre as quais encontram-se algumas ferrugens em cereais. Resultados recentes de pesquisa comprovaram a ocorrência deste tipo de resistência em algumas linhagens de aveia desenvolvidas no sul do Brasil e adaptadas a este ambiente.
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