CULTIVO DA FIGUEIRA CONDUZIDA EM QUATRO DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO
Abstract
No Brasil, o cultivo da figueira é antigo, contudo não apresenta boa produtividade e a área de produção diminuiu em mais da metade, passando de 5 mil para pouco mais de 2 mil hectares entre as décadas de 70 e 90. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de diferentes densidades de plantio em figueira (Ficus carica L.), sobre a produtividade e desenvolvimento de ramos. O experimento foi conduzido no Centro Agropecuário da Palma FAEM/UFPel. As plantas foram submetidas a quatro densidades de plantio, com espaçamentos de 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 m (com 3333, 1667, 1111 e 833 plantas ha-1, respectivamente) entre as plantas na linha de plantio e 6 m nas entre linhas para todos os sistemas. Avaliou-se o comprimento de ramos, número de frutos por metro de ramo, número de frutos acumulado no ano por metro de ramo, número de ramos por planta e produtividade estimada para consumo in natura e acumulada no ano. As plantas conduzidas com espaçamentos de 0,5 e 1,5 m, apresentaram maior desenvolvimento de ramos, com 1,31 e 1,25 m, respectivamente, sendo que o menor desenvolvimento observou-se nas plantas conduzidas com espaçamento de 1,0 m, com média de 1,03 m. Para o número de frutos acumulado por metro de ramo, observou-se melhor resultado no sistema conduzido com 2 m, apresentando uma média de 12,21 frutos/metro de ramo diferindo dos sistemas com 0,5 e 1,0 m. A maior produtividade foi obtida nas plantas conduzidas com espaçamento de 0,5 m e a menor nas conduzidas com 2,0 m (6,03 e 2,38 t ha-1, respectivamente). Concluí-se que em menor densidade de plantio, há maior número de frutos por metro de ramo; o maior número de plantas por área proporciona maior produtividade; o número de ramos por planta influencia no desenvolvimento dos mesmos; e que o número de frutos por metro de ramo é inversamente proporcional a densidade de plantio.
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