TESTE DE COMPARAÇÃO DE MÉDIAS: DIFICULDADES E ACERTOS EM ARTIGOS CIENTÍFICOS

  • Juliano Bertoldo
  • Fabiani Rocha
  • Jeferson Luis Coimbra
  • Danieli Ziterell
  • Vanessa Grah

Abstract

Este trabalho teve como objetivo identificar erros e acertos com relação à aplicação dos testes de comparação de médias em trabalhos científicos, e sugerir alternativas para melhorar a interpretação dos resultados pelos pesquisadores. Foi realizada uma revisão de quatrocentos e oitenta e três trabalhos científicos publicados na Revista Brasileira de Agrociência, no período entre 1995 a 2005. Os trabalhos foram classificados quanto ao uso dos testes de comparação de médias (TCM): i) correto; ii) parcialmente correto e; iii) incorreto. Experimentos com apenas um fator (71% dos artigos foram classificados como correto), não há grande dificuldade por parte dos pesquisadores na aplicação correta dos TCM. Ainda assim, em experimentos com apenas um fator, a principal dificuldade corroborada esta relacionada com trabalhos que envolvem fator de classificação quantitativo (8% dos artigos foram classificados como incorreto). Por outro lado, em experimentos com mais de um fator (67% dos artigos foram classificados como incorreto), os resultados encontrados são diferentes em relação aos trabalhos unifatorial. Demonstrando assim, dificuldade por parte dos pesquisadores em experimentos com este tipo de fator. A aplicação dos TCM para fatores de natureza quantitativa foi o abuso mais comum. Nos experimentos fatoriais constatou-se a não decomposição dos graus de liberdade da interação, quando esta é significativa. Os principais aspectos que afetam diretamente a fidedignidade na interpretação dos resultados por parte dos pesquisadores são: i) a não consideração das pressuposições dos diferentes testes estatísticos e; ii) conhecimento incipiente em relação quais os tipos de fatores.
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