AVALIAÇÃO DA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE PÊSSEGOS (Prunus persica (L.) Batsch) cv. DIAMANTE PRODUZIDOS NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO INTEGRADA E CONVENCIONAL

  • Cléber S MARTINS Universidade Federal de Pelotas
  • Rufino Cantillano Embrapa
  • Rosa Treptow
  • Rita Fonseca

Abstract

Pêssegos cv. Diamante, em estádio de maturação comercial, foram colhidos em um pomar comercial da região de Pelotas-RS, durante a safra de 1999. Os frutos foram colhidos em um pomar com dois sistemas de manejo: Produção Integrada (PI) e Produção Convencional (PC). Na área conduzida no sistema PI, o manejo foi de acordo com as práticas preconizadas pela Organização Internacional de Controle Biológico. No sistema PC foi mantido o manejo em uso pelo produtor. Em cada sistema, as frutas foram classificadas, selecionadas e armazenadas à temperatura de 0ºC e 90% de umidade relativa durante 10, 20 e 30 dias. Em cada um destes períodos, realizou-se, também, uma simulação de comercialização, mantendose as frutas durante quatro dias a ± 20ºC. Após, foram avaliados os seguintes parâmetros: firmeza da polpa, teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), incidência de podridões e características sensoriais (coloração, aparência, adstringência, sabor, aceitação comercial e qualidade geral). No momento da colheita, pêssegos do sistema de produção integrada, apresentaram maior firmeza da polpa, ATT e melhor aparência nas frutas, porém, os teores de SST e coloração da epiderme foram menores. Durante o armazenamento refrigerado, os pêssegos produzidos no sistema de produção integrada em comparação do sistema convencional, apresentaram maior ATT e incidência de podridões, não tendo sido observadas diferenças com relação à firmeza da polpa, ao teor de SST e as características sensoriais. As frutas produzidas por ambos sistemas apresentaram elevados níveis de podridões ao longo do período de armazenamento, porém, na produção integrada a incidência foi maior.
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