MODIFICAÇÃO DA ATMOSFERA E RESVERATROL NA QUALIDADE PÓSCOLHEITA DE MORANGOS CV. CAMAROSA

Abstract

Objetivou-se avaliar a qualidade de morangos da cv. Camarosa submetidos à utilização de atmosfera modificada e de resveratrol, durante diferentes períodos de armazenamento. As frutas foram colhidas no estádio de maturação maduro em um produtor da região de Pelotas/RS e receberam pré-resfriamento por 1 hora, à temperatura de -3 ºC, até a polpa atingir a temperatura de 4ºC. Posteriormente foram selecionadas e submetidas aos tratamentos: T1) frutas cobertas com filme de polietileno sem resveratrol (testemunha); T2) frutas com 4000 ppm de resveratrol e cobertas com filme de polietileno. O armazenamento foi realizado a temperatura de 0±0,5ºC e umidade relativa (UR) de 90-95% por três, seis ou nove dias seguidos de três dias de simulação de comercialização, com temperatura de 8±0,5ºC e UR de 75-80%. Na colheita e após o armazenamento seguido de simulação da comercialização avaliou-se as variáveis: perda de peso, cor, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), relação SST/ATT, vitamina C e porcentagem de podridões. Os dados foram submetidos a analise de variância e ao teste de Tukey (p<0.05) para serem comparados posteriormente. As variáveis perda de peso, ATT e coloração das frutas não diferiram estatisticamente entre os tratamentos e períodos de armazenamento. De modo geral as frutas tratadas com resveratrol tiveram maiores teores de SST. A relação SST/ATT não teve diferenças significativas durante o armazenamento nas frutas tratadas com resveratrol. O conteúdo de vitamina C diminuiu durante o armazenamento. Nas frutas tratadas com resveratrol, após três dias de armazenamento, a porcentagem de podridões foi de 3,33% e nas frutas não tratadas foi de 11,66%. A utilização de resveratrol reduziu a porcentagem de podridões em morangos cv. Camarosa submetidos à pré-resfriamento e acondicionados em filme de polietileno, armazenados durante três dias a 0ºC e mais três dias a 8ºC para comercialização.