DEGENERESCÊNCIA DA BATATA-DOCE NO RIO GRANDE DO SUL
Abstract
O estado do Rio Grande do Sul é o principal produtor de batatadoce do Brasil. A produtividade, relativamente baixa, tem sido atribuída, em parte, à infecção por vírus. Neste trabalho, são apresentados os resultados da análise de infecção por vírus, em quatro cultivares de batata-doce (Da Costa, Catarina, Morada Inta e Americana) expostas a campo durante um ciclo de cultivo (cerca de cinco meses). No primeiro experimento (2000-2001), os plantios foram instalados em três locais distintos conforme a distância da fonte de inóculo, constituída por lavoura comercial infectada naturalmente por vírus. No segundo experimento (2001-2002), os plantios foram instalados junto à fonte de inóculo, em quatro regiões produtoras distintas. As parcelas foram constituídas por cinco linhas de quinze plantas, utilizando-se três repetições, em delineamento inteiramente casualizado. Na avaliação do estado sanitário das plantas utilizou-se a indexação biológica através da enxertia em Ipomoea setosa Ker- Gawler, e o teste sorológico NCM-ELISA para a discriminação dos vírus. No primeiro experimento, verificou-se 8,3% de infecção por vírus na cultivar Americana, plantada junto à fonte de inóculo, não se detectando infecção nos demais tratamentos; enquanto que as lavouras comerciais apresentaram, em média, infecção de 36%, com predominância do Vírus do Moesqueado Plumoso da Batada Doce (Sweet potato feathery mottle virus - SPFMV). No segundo experimento, a maioria das cultivares apresentaram infecção, porém com taxas relativamente baixas. Estes resultados sugerem uma baixa taxa anual de degenerescência para a batata-doce no Rio Grande do Sul.
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