NUTRIÇÃO AMINOACÍDICA DE BOVINOS

  • Dorismar Alves

Abstract

A exigência real do ruminante é por aminoácidos (AAs) e não proteína simplesmente. Para que os nutricionistas possam trabalhar com balanceamento de AAs, além da determinação das exigências de AAs, torna-se imprescindível também o conhecimento da degradabilidade ruminal e da digestibilidade da proteína bruta no intestino delgado, além do conhecimento da eficiência de síntese microbiana. Existem duas opções para o atendimento das exigências de AAs dos bovinos: a primeira é baseada no balanceamento com os AAs dos alimentos disponíveis para a absorção intestinal e a segunda opção é a utilização de AAs protegidos. De modo geral, observa-se que as respostas de produção de leite a infusões de AAs pós-rúmen são variáveis, provavelmente devido à variação na composição da dieta basal. Os resultados mais consistentes com relação ao uso de AAs protegidos estão relacionados com o aumento nos teores de proteína e caseína do leite. Em condições onde o teor protéico do leite é considerado no preço pago ao produtor, o uso de AAs protegidos pode se tornar interessante. Para bovinos de corte recebendo dietas deficientes em proteína de escape, o uso de lisina protegida tem demonstrado resposta favorável em termos de desempenho produtivo, especificamente no início do período de suplementação. A viabilidade econômica desta prática, no entanto, ainda é questionável.

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