A REDE DE RELAÇÕES SOCIOECONÔMICAS DA VALE S.A.: UMA ANÁLISE DA ESTRATÉGIA CORPORATIVA E SEUS CONDICIONAMENTOS FINANCEIROS
Resumo
O artigo discute a dependência por parte da corporação transnacional (CTN) extrativa Vale S.A. – antiga Companhia Vale do Rio Doce, que opera desde sua privatização, em 1997, como uma empresa de capital aberto – de recursos econômicos externos a ela, buscando mapear e descrever a diversidade de formas e condições da obtenção e acesso constante aos recursos financeiros em uma rede de relações economicamente relevantes para a conformação da organização e de sua estratégia financeira. Dessa forma, a referida rede de relações assume dimensão ontológica, ao reconfigurar o agente em questão e suas formas de ação concreta. Metodologicamente, mobilizamos a análise qualitativa de relatórios financeiros da empresa com o auxílio do software NVivo 10. Em última análise, os dados indicam um processo de “externalização” da estratégia de financiamento da CTN, e aponta-se para uma ampliação do papel dos investidores externos na corporação, em detrimento de agentes estatais e privados nacionais.Referências
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