História Oral: reflexões sobre aplicações e implicações

Resumo

Nas diferentes áreas do conhecimento, pesquisadores dispõem de variadas opções metodológicas para realizar suas investigações. A História Oral (HO) emerge como possibilidade metodológica em meados do século XX e, no caso brasileiro, vem sendo utilizada em estudos científicos desde a década de 1970. Diretamente associada à noção de memória, esse método se apoia em testemunhos e depoimentos orais, possibilitando a manifestação de fontes normalmente excluídas dos relatos oficiais. Nesse sentido, este artigo objetiva abordar a HO como opção metodológica, bem como refletir sobre suas aplicações e implicações, além de problematizar aspectos éticos e técnicos relacionados a essa metodologia. Recorrendo-se à pesquisa bibliográfica, a partir de autores como Alberti (1990, 2005), Joutard (1999; 2006), Meihy (1998; 2006), Portelli (2001; 2016) e Thompson (2002), expõe-se, ainda, orientações que podem ser adotadas pelos pesquisadores nas fases de planejamento, coleta e análise dos depoimentos, de modo que o entrevistador prime pelo seu papel dialógico e possa conferir, à produção de conhecimento, riqueza e profundidade.

Biografia do Autor

Samantha Castelo Branco, Universidade Federal do Piauí
Jornalista e advogada. Doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Professora do Departamento de Comunicação Social (DCS) e do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Chefe da Unidade de Comunicação Social do Hospital Universitário da UFPI (HU-UFPI).
Publicado
2020-08-09
Seção
Dossiê: As vias qualitativas da indagação social