Apresentação

  • Alyssa Trotte
  • Daniel Henrique da Mota Ferreira
  • Mariane Silva Reghim
  • Raul Nunes

Resumo

No caso da pandemia de Covid-19, a América Latina presenciou as mais diversas formas de mobilização social. Num primeiro momento, muitos atores fizeram uma conversão abrupta de atividades presenciais para atividades digitais, a exemplo dos eventos transmitidos ao vivo e da criação de hashtags. Contudo, logo os conflitos sociais foram também para as ruas, com marchas, greves e enfrentamentos, que aglutinaram pautas trabalhistas, questões de raça e gênero, aspectos territoriais e também tópicos próprios dA pandemia, como a demanda por auxílios financeiros e insumos para a proteção contra a contaminação pelo vírus. Além disso, destacaram-se também ações solidárias, como a distribuição de alimentos, as cozinhas comunitárias e as doações de itens como máscaras e balões de oxigênio. Nesse sentido, parte do esforço deste dossiê acompanha reflexões e problematizações que tiveram início na construção do Observatório de Movimentos Sociais da América Latina, enquanto parte do Núcleo de Estudos de Teoria Social e América Latina (NETSAL). O Observatório foi construído com o objetivo de produzir um monitoramento dos movimentos sociais e demais formas de ativismo que vicejavam na América Latina durante o período pandêmico. Foi realizado acompanhamento dos países por meio da cobertura da imprensa, análises de páginas dos movimentos em redes sociais e interlocuções com ativistas a fim de entender a conjuntura dos países. Esse monitoramento foi publicado trimestralmente em um relatório com a situação de cada país que ganhou o nome de Comunica América Latina

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Publicado
2023-09-14