OLHAR EM MOVIMENTO

A CAMINHOGRAFIA E A CONSTRUÇÃO VISUAL DA VIDA COTIDIANA

  • William Héctor Gómez Soto Universidade Federal de Pelotas
  • Àrleson Costa
Palavras-chave: Caminhografia, Fotografia Sociológica, Vida Cotidiana, Dinâmicas Urbanas, Resíduos Sociológicos

Resumo

Este artigo discute o uso da fotografia como fonte e objeto da análise sociológica da vida cotidiana, propondo a caminhografia como método investigativo. Essa abordagem articula deslocamento e registro visual para revelar dinâmicas urbanas invisíveis aos métodos tradicionais. Desenvolvida no grupo Cidade, vida cotidiana e imagem, da Universidade Federal de Pelotas, a caminhografia se apoia em referências como Lefebvre e José de Souza Martins para interpretar a cidade a partir de resíduos sociológicos. Com a expansão do mundo digital, as imagens tornam-se centrais na comunicação social, moldando percepções e comportamentos. A fotografia, aliada ao ato de caminhar, possibilita captar fluxos, interações e transformações espaciais, evidenciando aspectos sutis do cotidiano.

Biografia do Autor

William Héctor Gómez Soto, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Economia pela Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (1986), fez Mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (1991) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Foi docente da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) de 1992 a 2006. Em 2013, realizou estudos de pós-doutoramento em sociologia na Universidade Federal de Rio Grande do Sul. Seus temas de interesse de pesquisa são: revolução e ditadura na Nicarágua, desenvolvimento e meio ambiente, movimentos sociais, sociologia do conhecimento, vida cotidiana, cidades e imagens. Na perspectiva da sociologia do conhecimento é estudioso das obras de José de Souza Martins e de Henri Lefebvre. Desde 2006 é docente dos cursos de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

Publicado
2025-10-04
Seção
Dossiê: "Olhares sociológicos além das palavras: o uso das imagens na pesquisa e