Experiência estética como relação de apropriação no/com o mundo: diálogos entre John Dewey e Hartmut Rosa
Palavras-chave:
Ressonância, Experiência, Apropriação, Crítica estética
Resumo
A crítica estética da perda de sentido na modernidade pode ser considerada uma das mais importantes no esvaziamento da promessa por liberdade. No entanto, a literatura aponta que essa crítica, ao longo do tempo, encontrou dificuldades para sustentar sua exigência de autenticidade absoluta. Esse artigo propõe uma saída teórica para esse problema, articulando a teoria da ressonância do sociólogo alemão Hartmut Rosa com concepção da arte como experiência prática em John Dewey. O objetivo é entender como a relação entre sujeito e arte pode ser qualificada como um tipo de vínculo de apropriação no e com o mundo. Mobilizamos o repertório de conceitos fenomenológicos, como experiência e ressonância, não apenas como objetos de constituição da pesquisa, mas como ferramentas para análise do problema posto. Argumentamos ao final que a busca pela arte como uma esfera de ressonância é uma forma que o ser humano tem de se apropriar do mundo diante do seu significado elaborado nas práticas. Ao escapar das concepções absolutas da autenticidade, a ideia da apropriação permite aprofundar os questionamentos sobre arte e sujeito, sobre como (e se) a experiência estética ainda pode ser um motor de reflexão para encarar a fragilidade social sob as crises.Downloads
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Publicado
2025-02-24
Seção
Dossiê - Teoria crítica e pragmatismo
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