A TENSÃO INTRÍNSECA À PROTEÇÃO E À MANUTENÇÃO DO TERRITÓRIO COMUNITÁRIO EM FORMAS NÃO CONVENCIONAIS DE ORGANIZAÇÃO: OS FAXINAIS
Resumo
A partir desse estudo o propósito central é compreender a tensão entre racionalidade substantiva e racionalidade instrumental nas Comunidades Tradicionais de Faxinais do Paraná. Esforço que se apresenta relevante tendo em vista que os pressupostos de desenvolvimento, de crescimento e de progresso conflitam com a percepção e o significado de convívio coletivo e de uso comunitário do território atribuído aos faxinalenses. Para sua consecução o estudo iniciou-se com levantamento e organização de material documental, cuja composição final foi de 101 documentos e 10 materiais áudio visuais. Em complemento ao levantamento e organização de registros históricos, foram realizadas 12 entrevistas com faxinalenses e 3 com agentes públicos. Os dados, considerando as seis temáticas finais do estudo, foram analisados pela técnica de análise social do discurso. Considerando-se a realidade investigada, foi possível constatar a manifestação da tensão intrínseca à proteção e à manutenção do território comunitário, atrelada ao discurso da mobilização e resistência. Conclui-se que a lógica comunitária arraigada nas Comunidades Tradicionais de Faxinais se constitui de forma muito próxima ao que Guerreiro Ramos (1989) conceitua como vida humana associada nas bases da racionalidade substantiva, e se contrapõe aos pressupostos econômicos de desenvolvimento, crescimento e progresso que orientam o modo de organização social presente na Sociedade de Mercado.Palavras-Chave: Formas Não Convencionais de Organização; Comunidades Tradicionais de Faxinais; Desarticulação do Território; Movimento Coletivo de Reação.
Publicado
2015-12-13
Seção
Dossiê Questão Ambiental e Movimentos Socioambientais
Copyright (c) 2015 Autor e Revista
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do(a) autor(a), com direitos de primeira publicação para a revista. Os artigos são de uso gratuito em aplicações exclusivamente acadêmicas e educacionais e, portanto, não-comerciais.