LINGUAGENS DA ARQUITETURA

SEMÂNTICA, SINTÁTICA E PRÁXIS

Resumo

O artigo trata da linguagem em arquitetura enquanto práxis. A partir da interpretação de práxis na condição de instrumento metodológico, diferente da prática ou da aplicação da teoria, ela própria criadora de teorias, coloca-se o debate da produção de linguagens na arquitetura moderna e pós-moderna. A primeira limitou a linguagem à pragmática, a segunda à forma. O objetivo é contemplar outros agenciamentos na arquitetura atual em perspectiva de desvios dos enunciados do neoliberalismo. O entendimento de desvio é construído observando-se a práxis das subculturas a partir dos anos 1970. Sobre ele, procura-se posicionar a produção de linguagens da arquitetura e urbanismo na contemporaneidade com perspectivas desviantes. A ancoragem metodológica para proceder estes atravessamentos, subcultura / arquitetura e desvio / discurso hegemônico, é o conceito marxiano de práxis.

Biografia do Autor

Jorge Bassani, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo, FAUUSP

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Braz Cubas (1982), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1999) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2005).

Referências

BARROS, L. G. Subculturas, um conceito em construção. Intercom, Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Santos: 2007. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/r1118- 1.pdf. Acesso: 16 de junho de 1922

BASSANI, J. Das intervenções artísticas à ação política urbana. 2019. 281f. Livre-docência Universidade de São Paulo, 2019

BAUDRILLARD, J. . Paris: Ed Les-partians-du-moindre-effort, 2003

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. (2003) eBooksBrasil.com. Disponível em: ww.geocities.com/projetoperiferia Acesso:3 de julho de 1922

DEWEY, J. O desenvolvimento do pragmatismo americano. Documentos Científicos - Sci. stud. 5 (2), Jun 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-31662007000200006 Acesso: 5 de julho de 1922

FERRO, S. O canteiro e o desenho. Projeto Ed: SP, 1982

FRAMPTON, K. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: M. Fontes, 1997

HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Ed Loyola, 2004.

JAMESON, F. Pós-modernismo. A lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo, Ed Ática, 1996

JENKS, C. The Languages of Post-Modern Architecture. London: Academy Ed, 1977

JOHNSON, P. e WIGLEY, M. Deconstructivist architecture. New York: The Museum of Modern Art / New York Graphic Society Books, 1988

KOOLHASS, R. Nova York delirante. São Paulo: Cosac Naif, 2008

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. 5 ed. São Paulo: Centauro, 2008

MUNUERA, I. L. Notas sobre el BUM. In: AV 145, Madrid: 2014. Pp. 15 20

LYOTARD, J. F. A condição pós-moderna. Lisboa: Gradiva, 1989

MAFFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense, 1998

MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: M. Fontes, 2001

MONTANER, J. M. Después del movimento moderno arquitectura e la segunda mitad del siglo XX. 2 ed. Barcelona: GG, 1995

PEIRCE, C. S. Semiótica, 3aed. São Paulo: Perspectiva, 1999

ROSSI, A. La arquitectura de la ciudad. 6. ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1982

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. São Paulo: Ed Cultrix, 1967

TODO POR LA PRAXIS. Agit prop. Autopublicação do coletivo. Disponível em: https://todoporlapraxis.es/downloads/Agit%20Prop_TXP_190404.pdf. Madrid, 2019. Acesso: 15 de agosto de 1922

Urbanismo táctico. Autopublicação do coletivo. Disponível em: https://todoporlapraxis.es/downloads/Ubanismo%20T%C3%A1ctico_TXP_190412.pdf. Madrid, 2019b. Acesso: 15 de agosto de1922

VENTURI, R. Complexidade e contradição em arquitetura. São Paulo: M. Fontes, 1995"

Publicado
2024-08-12
Seção
Artigos