Atividade física no lazer e fatores associados em professores pré-escolares de Pelotas, RS, Brasil
Palavras-chave:
Atividade motora, Saúde do trabalhador, Docentes, Saúde escolar, Epidemiologia
Resumo
O estudo objetivou identificar o nível de atividade física no lazer e os fatores a ele associados em professores pré-escolares da rede pública de ensino da cidade de Pelotas, RS. Foi realizado um estudo transversal do tipo censo nas escolas do município e estado que ofereciam a pré-escola. Foi aplicado um questionário incluindo questões sociodemográficas, econômicas, comportamentais, nutricionais, de saúde e trabalho. O nível de atividade foi avaliado por meio da seção de lazer da versão longa do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e foram considerados ativos os indivíduos que realizaram 150 minutos ou mais de atividade física na semana. A análise multivariável foi realizada através de regressão de Poisson (razão de prevalência). A média de idade dos professores foi de 39,6 anos (DP= 8,7 anos), sendo todos do sexo feminino e 63,9% casados/viviam com companheiro. Trabalhavam 40 horas ou mais 76,6% dos professores e somente 7,2% ganhava mais de três salários mínimos. Mais de 55,0% foram classificadas com sobrepeso/obesidade, 12,6% fumavam atualmente e 36,9% consideravam sua saúde como excelente/muito boa. Em relação ao desfecho estudado, 27,0% foram considerados ativos no tempo de lazer. Na análise multivariável somente a renda mensal docente permaneceu associada ao desfecho, sendo que as professoras com renda entre 1 e 2 salários mínimos apresentaram 220% mais chance de praticar atividades físicas no lazer quando comparadas ao grupo de maior renda. A prevalência de atividade física suficiente entre esses trabalhadores, apesar de superior a da população geral, é baixa, principalmente quando comparada a de professores de outras séries.
Publicado
2014-07-21
Edição
Seção
Artigos Originais
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