Treinamento aeróbico e de força no tratamento do diabetes gestacional: uma revisão sistemática

  • Elisa Portella Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Roberta Bgeginski Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luiz Kruel Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Gestação, Resistência à insulina, Exercício

Resumo

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma complicação comum cuja prevalência tem crescido constantemente. Evidências sugerem que intervenções em gestantes com DMG podem reduzir a ocorrência de desfechos adversos. Apesar de o exercício físico ser bem aceito como uma terapia complementar no manejo do diabetes tipo 2 fora da gestação, no DMG ainda não se sabe qual a melhor prescrição para obter os melhores resultados. Portanto, este estudo teve como objetivo revisar as evidências científicas sobre o efeito de diferentes tipos de treinamento físico no tratamento do DMG. Foram consultadas as bases de dados, Scopus, Pubmed e Scielo. Foram excluídos os estudos de revisão sistemática, editoriais, cartas ao editor, relatos de caso, estudos laboratoriais e artigos que não avaliassem dos efeitos de intervenção através de exercício aeróbico ou de força, em mulheres diagnosticadas com DMG. Foram identificados 661 estudos e incluídos 6 na análise final. Foram encontrados estudos que utilizaram o treinamento físico como parte do tratamento do DMG, a maioria demonstrou efeito benéfico, como melhora do controle glicêmico e diminuição das necessidades de insulina. O tipo de exercício escolhido pela maioria dos pesquisadores foi o aeróbico, entretanto os estudos que utilizaram o exercício de força também demonstraram melhor controle glicêmico. Considerando os achados desses estudos, o treinamento físico tanto aeróbico como de força, apresentou efeitos benéficos para mulheres com DMG, uma vez que ajudou a controlar a glicemia e reduzir as necessidades de insulina.

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Biografia do Autor

Elisa Portella, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, Laboratório de Pesquisa do Exercício, Grupo de Pesquisa em Atividades Aquáticas e Terrestres, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Roberta Bgeginski, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, Laboratório de Pesquisa do Exercício, Grupo de Pesquisa em Atividades Aquáticas e Terrestres, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-graduação em Medicina: Ciências Médicas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Luiz Kruel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, Laboratório de Pesquisa do Exercício, Grupo de Pesquisa em Atividades Aquáticas e Terrestres, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Publicado
2014-08-19
Seção
Artigos de Revisão