AGREGAÇÃO FAMILIAR NOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA: UM RESUMO DO ESTADO DA ARTE

  • Raquel Nichele de Chaves Universidade do Porto
  • Michele Caroline de Souza
  • Daniel Santos
  • Rui Garganta
  • André Seabra
  • José António Ribeiro Maia
Palavras-chave: Epidemiologia Genética, Agregação Familiar, Heritabilidade, Atividade Física.

Resumo

objetivo: Rever o estado atual do conhecimento sobre os efeitos genéticos na variabilidadedos níveis de atividade física, a partir de uma análise centrada em estudos agregação familiar,com base na Genética Quantitativa.Métodos: Realizou-se uma busca nas bases de dados Pubmed e Scopus, incluindo os estudoscom base em delineamentos com famílias nucleares e/ou pedigrees extensos e estimativas deheritabilidade. Tais pesquisas deveriam apresentar questionários, acelerômetros e pedômetroscomo técnicas de avaliação dos níveis de atividade física, e a publicação deveria estar em formatode artigo ou relatório de pesquisa.Resultados: Presença de grande variabilidade inter e intra fenótipos sugerindo que os fatoresgenéticos são responsáveis por 6 a 62% da variação total dos níveis de atividade física, em muitoscasos, com forte presença do envolvimento ambiental comum, partilhado pela família. Adiscrepância dos resultados pode ser condicionada por diferentes aspectos estruturais de cadapesquisa, bem como pela variabilidade dos instrumentos utilizados, dos fenótipos avaliados edas populações envolvidas.conclusões: Os fenótipos da atividade física são complexos, de natureza poligênica e multifatorial.Os fatores genéticos são responsáveis por efeitos reduzidos a moderados da variabilidadedesses fenótipos. Os dados relatados são signifi cativos e constituem a base genética, aindapouco explorada, para o desenvolvimento de pesquisas em Genética Molecular. Dessa forma,estabelecem um suporte relevante na defi nição de investigações e intervenções futuras noterritório da Epidemiologia Genética aplicada à atividade física.
Publicado
2012-09-04
Seção
Artigos de Revisão