“Black Sisyphus”, de Claire Harris: discussões sobre humanidade na perspectiva decolonial
Resumo
Ao longo do presente artigo, propomos um olhar crítico sobre o poema de Claire Harris, intitulado “Black Sisyphus”, em que é recriada uma elação entre uma figura paterna negra e uma criança de seis anos, relendo as tradições culturais ocidentais por outro viés se comparadas às culturas clássicas construídas em torno dessa figura mitológica. Partimos de leituras analíticas de Lynette Hunter, Rosemary Sullivan, Smaro Kamboureli e George Elliot Clarke com o intento de olhar criticamente para os vários discursos sobre a produção poética da autora canadense-caribenha em foco. Também damos voz a autores como Spivak, Quijano, Mignolo e Lugones a fim de localizar o debate pelo viés decolonial. A experiência negra aparece aqui marcada pelos descolamentos vivenciados entre as Américas e a África, afinados com o debate decolonial, destacando a resistência construída de forma intergeracional.Downloads
Referências
CASAS, Maria Caridad. Multimodality in Canadian black feminist writing: orality and the body in the work of Harris, Philip, Allen, and Brand. New York, Rodopi, 2009.
CLARKE, George Elliot. Harris, Philip, Brand: three authors in search of literate criticism. Journal of Canadian Studies / Revue d'études canadiennes 35.1 (Printemps 2000 Spring), p. 161-89.
ELLIOTT, Lorris. Literary writing by blacks in Canada. Multiculturalism and citizenship (ed. Michael S Batts). Department of the Secretary of State of Canada, 1988, p.40.
HUNTER, Lynette. After Modernism: alternative voices in the writings of Dionne Brand, Claire Harris, and Marlene Philip. University of Toronto Quarterly, Volume 62, Number 2, Winter 1992/93, p. 256-281.
KAMBOURELI, Smaro (ed.). Making a difference: Canadian multicultural literatures in English. Don Mills: Oxford UP, 2007.
SULLIVAN, Rosermary (ed.). Poetry by Canadian women. Toronto: Oxford UP, 2001.
LUGONES, María. The coloniality of gender. In: MIGNOLO, Walter D., ESCOBAR, Arturo. Globalization and the decolonial option. London and New York: Routledge, 2010. p. 369-399.
LUGONES, Maria. Colonialidade e gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2020, p.53-83.
MIGNOLO, Walter D. Delinking: The rhetoric of modernity, the logic of coloniality and the grammar of de-coloniality. In: MIGNOLO, Walter D., ESCOBAR, Arturo. Globalization and the decolonial option. London and New York: Routledge, 2010. p. 303-368.
MIGNOLO, Walter D. La opción descolonial. Letral, n. 1, p. 4-22, 2008.
MORAGA, Cherríe; ANZALDÚA, Gloria (Eds.). This bridge called my back: writings NEW, W.H. (ed.) Encyclopedia of literature in Canada. Toronto: Oxford UP, 2002.
by radical women of color. New York: Kitchen Table Press, 1981.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. A critique of postcolonial reason: toward a history of the vanishing present. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1999.
The Guardian, In praise of Thomas Tränstormer, 2011. Acessível em:
https://www.theguardian.com/commentisfree/2011/oct/07/in-praise-of-Tomas-Transtromer, 25 de junho, 2021.
WILDERSON, FRANK B. Afropessimismo. (trad. Rogerio W. Galindo e Rosiane Correia de Freitas. São Paulo: Todavia, 2021.
WILDERSON, FRANK B. Negros não são vistos como humanos, mas objetos, diz autor de 'Afropessimismo' (Entrevista). Disponível em
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/06/negros-nao-sao-vistos-como-humanos-mas-objetos-diz-autor-de-afropessimismo.shtml, acesso em 21/06/2021.
WILLIAMS, Emily Allen. An Interview with Claire Harris. Wasafiri: Journal of Caribbean, African, Asian and Associated Literatures and Film, 2000, p.41-43.
Autores que submetem seus manuscritos para serem publicados nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores têm preservados os direitos autorais sobre seus textos, mas concedem à revista autorização para primeira publicação, nas versões on line e impressa, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution - CC-BY.
- Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, são de uso gratuito.
Revista Interfaces Brasil/Canadá é licenciado sob uma Licença Creative Commons CC-BY.
