Quando Pequeno o Patio Parecia Maior

  • Eduardo Montelli Doutorando em Linguagens Visuais pelo Programa de Pósgraduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, com mestrado em Poéticas Visuais e bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS.
Palavras-chave: Políticas da arte, licenciatura, artes visuais, formação docente, educação.

Resumo

O ensaio visual de Eduardo Montelli apresenta uma série de imagens fotográficas imbricadas em um texto que, à primeira vista, dão a impressão de que o artista está contando um relato sobre sua casa de infância, como se a estivesse mostrando para um visitante. No entanto, é o artista quem revisita esta ‘casa’ por meio de seus registros digitais, ao realizar um passeio virtual pelos arquivos postados e guardados em sítios e blogs desde 2007. Em sua passagem pelo tempo do arquivo, Montelli remonta memórias que evocam a fala simples do olhar da criança que já não é mais. Num momento, o ensaio se parece a um álbum de fotos de família, noutro, é um diário de bordo do artista que registra suas ideias emergentes, contaminações por artistas referentes, a descoberta de materialidades caseiras – cestas, gaiolas – experimentações cruas do quintal e documentos de trabalho. O que movimenta o artista ao transitar da fotografia para a produção de vídeo? Montelli aponta para uma acumulação de ideias e imagens instantâneas que se transbordam como algo que cresce muito tempo no quintal, para encontrar, neste contexto, uma base sólida para seu processo criativo que interroga a imagem e o arquivamento digitais.Palavras-chave: Ensaio visual; processo criativo; quintal; fotografia digital;  arquivamento.  When Small, the Patio seemed bigger Eduardo Montelli's visual essay presents a series of photographic images and a text that, at first glance, might seem to be him recalling childhood memories,  as if he were showing rooms of the  house where he grew up to a visitor. But it is the artist who revisits this 'house' through his digital records, as he takes a virtual tour of his photographic files posted and stored on websites and blogs since 2007. In his passage through the time of the archive, Montelli speaks of memories that evoke the simple ways he used to see his own backyard, as the child that is no more.   At one point, the essay seems to be a family photo album, at another, it becomes an artist’s diary or journal, registering moments of emerging ideas, contamination by referential artists, the discovery of leftover materials, baskets, birdcages and backyard experiments of raw stages of his art, as well as work documents. What moves the artist to transit from photography to video production? Montsolid base for his creative process that interrogates the digital image and archiving.elli points to an accumulation of ideas, snapshots and images that overflow like something growing a long time in his own backyard, where he finds, his own context, and a a solid base for his creative process that interrogates the digital image and archiving.Keywords: Visual essay; creative process; backyard; digital photography; archiving.  

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Biografia do Autor

Eduardo Montelli, Doutorando em Linguagens Visuais pelo Programa de Pósgraduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, com mestrado em Poéticas Visuais e bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS.
Doutorando em Linguagens Visuais pelo Programa de pósgraduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro/ UFRJ, com mestrado em Poéticas Visuais e bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua atuação como pesquisador e artista transita entre a performance, o vídeo, a fotografia e o arquivamento. Investiga a influência de documentações, narrativas e outras formas de "inscrição de si" no modo como as pessoas vivem e como se tornam o que são. A partir de um processo de improvisação e experimentação cotidiana nos espaços que habita, produzindo imagens que entrecruzam ficção e realidade, materialidade e virtualidade, revelando uma identidade em constante construção e desconstrução. Tem participado de exposições nacionais e internacionais.Em 2019, realizou individual Como faremos para desaparecer, na Fundação ECARTA, em Porto Alegre, Brasil, na Cologne Art Book Fair, Colônia, Alemanha, 2017  Reply All, Grosvenor Gallery, Manchester, UK, 2016. Em 2017, recebeu o prêmio de ‘Melhor GIF do ano” e foi também premiado na categoria“DOC” do Festival do Minuto com o gif Fundos; e o prêmio Habitat pelo gif Abelha na piscina.Em 2014, foi premiado no 65 Salão de Abril.
Publicado
2019-12-10
Como Citar
Montelli, E. (2019). Quando Pequeno o Patio Parecia Maior. Paralelo 31, 2(13), 142. https://doi.org/10.15210/p31.v2i13.18715
Seção
Ensaios Visuais