Impressões coloniais nas práticas artísticas latinoamericanas: versões do retrato etnográfico na série 1989- 2000, de Luis González Palma
Resumo
O presente artigo identifica e analisa a presença de impressões coloniais na Série 1989-2000, do artista guatemalteco Luis González Palma (1957). Argumenta-se que a série constrói um arco temporal que se estende desde o século XVI até o Quinto Centenário (1992). Ao citar diferentes versões do retrato etnográfico, a Série explora a relação entre arte e antropologia, a representação de sujeitos(as) indígenas na Guatemala, a violência e a colonialidade em um processo contínuo e de longa duração. Na primeira parte do texto é proposta uma reflexão crítica e teórica que coteja o giro etnográfico na arte (Kosuth, Foster) em um contexto latino-americanista (Camnitzer, Richard), pós-colonial e decolonial (Coronil, Mignolo, Quijano). Na segunda parte, se examina o uso do retrato etnográfico (Brilliant e Mason, Parker Brienen, Lugo Ortiz) nas formações raciais (Omi e Winant) americanas para aprofundar a presença desse gênero na obra de González Palma, seu sentidocrítico e a proposta do artista de recuperar "o olhar como poder".Os autores de trabalho(s) submetido(s) à Paralelo 31 autorizam sua publicação em meio físico e eletrônico, unicamente para fins acadêmicos, sem fins lucrativos ou custo, podendo ser reproduzidos desde que citada a fonte (Paralelo 31). Os mesmos, atestam sua orignalidade, autoria e ineditismo.
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