Por que não os sonhos? Rastros de uma oficina onírica

Palavras-chave: Sonhos. Oficina. Jornal.

Resumo

Este artigo apresenta os rastros de uma oficina de sonhos realizada em 2023 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Tal oficina fez parte do Salão de Extensão, sendo ministrada a 20 estudantes e comunidade acadêmica, que produziram um jornal com os sonhos compartilhados no grupo. Durante a oficina percebemos o quanto os sujeitos se mobilizam quando se colocam a produzir a partir do relato de seus sonhos, bem como da leitura e escuta dos sonhos dos outros, denotando a criação de um espaço comum em que a autoria individual é o que pareceu menos importar. Tal experiência fez parte do projeto de extensão O Onírico: o primeiro jornal oniropolítico do Brasil e do projeto de pesquisa Ainda Sonhar: rastros oníricos de nosso tempo, os quais têm se caracterizado pela edição impressa e digital do referido jornal, abrindo um espaço para que os sonhos possam também contar e problematizar os acontecimentos de nosso tempo, rompendo com a lógica de que somente o que pode ser registrado na vigília é que tem valor de verdade.

 

 

 

Biografia do Autor

Luciano Bedin da Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Psicólogo, doutor em educação, docente da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.

Laura Barcellos Pujol de Souza, Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS)


Psicóloga, doutora em Psicologia Social e Institucional (PPGPSI/UFRGS) e editora
do jornal O Onírico.


Fernanda Lopes Fetter, niversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)


Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professora do Centro Integrado de Desenvolvimento.

 

 

 

Victoria Menegat Meneguzzi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e bolsista de Iniciação
Cientifica no projeto O Onírico.

 

 

 

Juliana Mello Santana, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

 

Designer, graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista de extensão do projeto O Onírico.

https://orcid.org/0009-0007-5622-9583

Referências

ABENSHUSHAN, Vivian. Notas sobre os doentes de velocidade. Caderno de Leituras n.105. Belo Horizonte: Edições Chão de Feira, 2020. Disponível em: https://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2020/05/cad105-vivian-abenshushannotas_sobre_os_doentes_de_velocidade.pdf. Acesso em: 28 mar. 2024.
AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Editora Argos, 2009.
BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
BAREMBLITT, Gregorio. Compêndio de análise institucional e outras correntes: teoria e prática. Rio de janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.
CRARY, Jonathan. 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 3. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.
DIÓGENES, P. C. R. Sobre Máquinas de Escrita e Remistura: o Método cut-up de William Burroughs. In: Estudos de Linguagem e Cultura. V 13. nº 25. 2012. p. 343-370. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/7745. Acesso em: 25 mar. 2024.
FRAGA, Eudinyr. Qorpo Santo: surrealismo ou absurdo?. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998.
LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: Ubu Editora, 2022.
MILMANN, Elaine. ARAUJO, Fernando. FRÖLICH, Claudia. Oficinar… Como se conjuga este verbo?. In: MOSCHEN, Simone. FRÖLICH, Claudia. COSTA, Luciano (orgs). Com quantos verbos se faz uma pesquisa? Florianópolis: Abrapso Editora, 2023, p.167-191. Disponível em: https://site.abrapso.org.br/wp-content/uploads/2023/10/Com_quantosverbos-se-faz-uma-pesquisa.pdf. Acesso em: 20 mar. 2024.
MOEHLECKE, Vilene. Oficinar. In: FONSECA, Tania. NASCIMENTO, Livia. MARASCHIN, Cleci (orgs). Pesquisar na diferença: um abecedario. Porto Alegre: Sulina, 2012, p.167-170.
PATZDORF, Danilo. Como descansar o indescansável? Pequeno manual de autocuidado para corpos esgotados. Montevideu: Microutopias, 2022.
POZZANA, Laura. A formação do cartógrafo e o mundo: corporificação e afetabilidade. Fractal: Revista de Psicologia, v. 25, n. 2, p. 323–338, 11 maio 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/fractal/a/KqsStJnY3bfNNTXJsXwLzwD/#:~:text=O%20cart%C3%B3grafo%20se%20faz%20por,da%20varia%C3%A7%C3%A3o%20e%20das%20diferen%C3%A7as. Acesso em: 15 mar. 2024.
RIBEIRO, S. O Oráculo da Noite: A História e a Origem do Sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
WEIDA, Courtney. Counterculture, Craftsmanship, and Cyberspace Connectivity: Considerations of Contemporary Feminist Zines in/as/of Art Education. In: COLLINGWOOD, Sharon. QUINTANA, Alvina. SMITH, Caroline (orgs). Feminist Cyberspaces: Pedagogy in Transition. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing, 2012, p.33-50. Disponível em: https://web.mit.edu/commforum/legacy/mit7/papers/MIT7Weida.pdf. Acesso em: 28 mar. 2024.
Publicado
2024-04-01
Como Citar
Bedin da Costa, L., Barcellos Pujol de Souza, L., Lopes Fetter, F., Menegat Meneguzzi, V., & Mello Santana, J. (2024). Por que não os sonhos? Rastros de uma oficina onírica. Paralelo 31, 1(22), 74. https://doi.org/10.15210/p31.v1i22.28920
Seção
ARTIGOS Arte e Psicologia Social: Métodos inventivos, pesquisas híbridas e...

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##

##plugins.generic.recommendByAuthor.noMetric##