Multilateralismo em convenções globais e ambientais considerando o Aquífero Guarani

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Edson Dos Santos Junior

Resumo

O presente artigo levanta questões a serem investigadas em uma análise sobre a importância do multilateralismo para o estabelecimento das convenções globais e ambientais, tendo em vista a disponibilidade e acesso à água potável. Neste sentido, consideramos a mobilização dos povos indígenas no contexto da exploração do Aquífero Guarani e realizamos uma breve análise em torno da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do capítulo 18 da Agenda 21 Global, ambos estabelecidos a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992. Assim, considerando a água como um recurso fundamental cuja base para ação encontra-se sob a influência desses documentos, e dado que ainda não existe uma convenção global sobre o acesso universal dos povos à água, concluímos que os povos guarani possuem destaque nos processos decisórios em relação a esse aquífero, inclusive em termos políticos e econômicos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Dos Santos Junior, E. (2024). Multilateralismo em convenções globais e ambientais considerando o Aquífero Guarani. Revista Sul-Americana De Ciência Política, 9(2). Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/rsulacp/article/view/25891
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Edson Dos Santos Junior, Instituto de Economia/Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)

Doutorando em Economia Política Internacional no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ). Historiador, formado na Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/Unifesp), e internacionalista, formado no Instituto de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-americana (ILAESP/Unila). Mestre em História, egresso do Instituto Latino-americano de Arte, Cultura e História (ILAACH/Unila).

Referências

ACOSTA, A.; BRAND, U. Salidas del laberinto capitalista: decrecimiento y postextractivismo. Barcelona: Editorial Icaria, 2017.
ARRIGHI, Giovanni. A ilusão do desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1997.
BANIWA, Gersem Luciano. Movimentos e políticas indígenas no Brasil contemporâneo. Tellus, ano 7, abril, pp. 127-146, 2007.
BAKHTIN, Mikhail [V. N. VOLOCHÍNOV]. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na Ciência da Linguagem. 2º edição. São Paulo: Editora Hucitec, 1981.
BRINGEL, Breno. Movimientos sociales y realidad latinoamericana: una lectura histórico-teórica. In: TORRES, Esteban (Ed.). Hacia la renovación de la teoría social latinoamericana. Buenos Aires: CLACSO, 2020.
BRUCKMANN, Monica. La financierización de la naturaleza y sus consecuencias geopolíticas. ALAI, 517, p. 13-16, septiembre de 2016.
CORRÊA DO LAGO, A. A. Estocolmo, Rio, Joanesburgo: o Brasil e as três conferências ambientais das Nações Unidas. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão/Instituto Rio Branco, 2007.
FERNANDES, Sandra; SIMÃO, Lucínia. Os conceitos e a evolução do multilateralismo: o nexo reflexão-ação. In:_______ (Coords.). O multilateralismo: conceitos e práticas no século XXI. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019.
FERREIRA, Nuno Andrade. Movimentos sociais e multilateralismo face à globalização. In: BAVARESCO, Agenir; TAUCHEN, Jair; JUNG, João; MARQUES, Teresa (Orgs.). Filosofia e Relações Internacionais: desafios contemporâneos. Porto Alegre, RS: Editora Fundação Fênix, 2021.
GRAMSCI, Antonio. Quaderni del carcere. Edizione critica dell’Istituto Gramsci. A cura di Valentino Gerratana. Turim: Giulio Einaudi, 1977.
GUIMARÃES, R.; FONTOURA, Y. S. R. Rio +20 ou Rio -20?: Crônica de um fracasso anunciado. Ambiente e Sociedade, 15 (3), setembro-dezembro, pp. 19-39, 2012.
IZUEL, Esther Barbé. Multilateralismo: adaptación a un mundo con potencias emergentes. Revista Española de Derecho Internacional. Madrid, julio-diciembre, pp. 21-50, 2010.
LEITE, Maria Luísa Telarolli de Almeida. O acordo do Aquífero Guarani e ótica da integração regional. (Dissertação de Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP/UNICAMP/PUC-SP), São Paulo, 2018.
MASO, Tchenna Fernandes. Resistência Guarani e Kaiowa e a integração latino-americana: reflexões desde a ATY GUASU. (Dissertação de Mestrado) Programa de Pós-graduação em Integração Contemporânea da América Latina, Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA), Foz do Iguaçu, 2016.
PIMENTEL, S. K. Notícias de uma assembleia tempestuosa: a ecologia política segundo os Kaiowa e Guarani. Energia e Ambiente. Estudos Avançados 35 (102), maio-junho, pp. 125-140, 2021.
POPYGUA, Timóteo da Silva Verá Tupã. Yvyrupa: a terra uma só. Organização e ilustração: Anita Ekman. 1º edição. São Paulo: Editora Hedra, 2017.
RIBEIRO, Wagner Costa. Aquífero Guarani: gestão compartilhada e soberania. Estudos Avançados 22 (64), pp. 227-238, 2008.
RUGGIE, John Gerard. Multilateralism: the anatomy of an institution. The MIT Press. International Organization, vol. 46, nº 3, p. 561-598, Summer, 1992.
SVAMPA, Maristella. Modelos de desarrollo, cuestión ambiental y giro eco-territorial. In: ALIMONDA, Héctor (Coord.). La naturaleza colonizada: ecología política y minería en América Latina. Buenos Aires: CLACSO/Ediciones Ciccus, 2011.
TAVARES, M. C; BELLUZZO, L. G. A mundialização do capital e a expansão do poder americano. In: FIORI, J. L. (Org.). O poder americano. 3º ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007, pp. 111-138.
URT, João Nackle. Povos indígenas como atores da governança global. III Encontro da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). São Paulo, pp. 1-18, 2011.
VILLAR, Pilar Carolina. A busca pela governança dos aquíferos transfronteiriços e o caso do Aquífero Guarani. (Tese de Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2012.