Paridade e violência política de gênero na Bolívia entre avanços institucionais e desafios persistentes

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Danielly Jardim Milano

Resumo

Este artigo tem o objetivo de apresentar reflexões sobre os tensionamentos entre a representação política das mulheres e a violência política de gênero, a partir da análise da paridade e da violência política contra as mulheres na Bolívia, como um caso-exemplo. Primeiramente, são descritos os contextos teóricos e práticos dos temas da representação política, paridade de gênero e violência política de gênero. Em seguida, são apresentados dados sobre a agenda normativa de gênero na região, as leis de cotas, leis de paridade e de violência política de gênero na América Latina, bem como algumas reflexões sobre as suas conexões. Após, são debatidos os efeitos não planejados da ampliação das mulheres na política-institucional sem que hajam mudanças efetivas na estrutura social do país, observando os dados disponibilizados pela ACOBOL sobre as denúncias de violência política de gênero, assim como a literatura. Por fim, algumas reflexões finais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Jardim Milano, D. (2025). Paridade e violência política de gênero na Bolívia: entre avanços institucionais e desafios persistentes. Revista Sul-Americana De Ciência Política, 11(1), 1-21. https://doi.org/10.15210/rsulacp.v11i1.27720
Seção
Artigos

Referências

ALBAINE, Laura. Estrategias legales contra la violencia política de género. Las oportunidades de acción. La ventana. Revista de estudios de género, v. 6, n. 48, p. 264-293, 2018.
ALBAINE, Laura. Violencia política contra las mujeres por motivos de género en América Latina: Estrategias legales y el rol de los organismos electorales, 2021.
ARCHENTI, Nélida; ALBAINE, Laura. O Feminismo na política. Paridade e violência política de gênero na América Latina. Cadernos Adenauer XIX, nº 1, 2018.
ARNAUD, Rafaela Rocha. Análise comparativa da violência política de gênero na legislação dos países sul-americanos. Revista Agenda Política, v. 11, n. 1, p. 201-235, 2023.
ASAMBLEA LEGISLATIVA PLURINACIONAL. Lei nº 026, de 30 de junho de 2010. Ley del Régimen Electoral. La Paz, 2010.
BARDALL, Gabrielle. Breaking the Mold: Understanding Gender and Electoral Violence. Washington, DC, ifes, 2011.
BIANCHI, M. Introducción: Recuperar la política. In: BIANCHI, M. Recuperar la política: agendas de innovación política en América Latina. Buenos Aires: Asuntos del Sur - Democracia en Red (17-45), 2017.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe;. Práticas de gênero e carreiras políticas: vertentes explicativas. Revista Estudos Feministas, v. 18, p. 653-679, 2010.
BIROLI, Flávia; VAGGIONE, Juan Marco; MACHADO, Maria das Dores Campos. Gênero, neoconservadorismo e democracia: disputas e retrocessos na América Latina. Boitempo Editorial, 2020.
BIROLI, Flávia; SOUZA, Ladyane. Violencia política de género: tipología y cuerpos-territorio en la experiencia de las diputadas federales progresistas brasileñas. Revista Elecciones, v. 22, n. 26, p. 19-52, 2023.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 19ª ed., [1990] 2020.
BOLÍVIA. Lei Nº 243, de 28 de mayo de 2012. Ley contra el acoso y la violencia política hacia las mujeres. La Paz: Palacio de gobierno, 2012.
BRASIL. Lei nº 14.192, de 04 de agosto de 2021. Lei que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2021.
BROCKMANN, Erika. El Acoso y Violencia Política en Bolivia: lecciones aprendidas. Ciudad de México: Instituto de Investigaciones Jurídicas, 2017.
CÁNEPA, Mercedes Maria Logercio. Partidos e Representação Política: a articulação dos níveis estadual e nacional no Rio Grande do Sul (1945-1965). Editora UFRGS, 2005.
COBO, Rosa. Democracia Paritaria y Sujeto Político Feminista. Análes de la Cátedra Franciso Suárez, v. 36, pp. 29 – 44, 2002.
COSTA RICA. Lei nº 10.235, de 17 de maio de 2022. Ley para prevenir, atender, sancionar y erradicar la violencia contra las mujeres en la política. San José: Registro Oficial, 2022.
COMISIÓN INTERAMERICANA DE MUJERES. “Ley Modelo Interamericana para Prevenir, Sancionar y Erradicar la Violencia contra las Mujeres en la Vida Política”, 2017.
Convenção sobre a Eliminação de toda Forma de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW, 1979). Disponível em: .
EQUADOR. Ley Orgánica Integral para Prevenir y erradicar la violencia contra las mujeres. Quito: Registro Oficial, 2018.
EQUADOR. Proyecto de Ley para la prevención y sanción del delito por acoso político motivado por razones de género. Quito: Registro Oficial, 2016.
EL SALVADOR. Decreto nº 520, de 2011. Ley Especial Integral para una Vida Libre de Violencia para las Mujeres. San Salvador: Diário Oficial, 2011.
EL SALVADOR. Decreto nº 829, de 15 de março de 2021. Reforma a la ley especial integral para una vida libre de violencia para las mujeres. San Salvador: Diário Oficial, 2021.
FREIDENBERG, Flavia. La violencia política hacia las mujeres: el problema, los debates y las propuestas para América Latina. In: FREIDENBERG, Flavia; DEL VALLE PÉREZ, Gabriela. Cuando hacer política te cuesta la vida. p. 3-42, 2017.
FREIDENBERG, Flavia; MUÑOZ-POGOSSIAN, Betilde. Democratic innovation mechanisms and women’s political participation in Latin America and the Caribbean. Encyclopedia of educational innovation: section on political innovation, p. 1-9, 2019.
FREIDENBERG, F. Las estrategias de innovación democrática para feminizar la política en América Latina. Asuntos del sur, 2020.
FREIDENBERG, Flavia; GILAS, Karolina. ¡ Leyes Contra la Violencia Política! Actores Críticos, Armonización Legislativa Multinivel y Derechos Políticos-Electorales de las Mujeres en México. Dados, v. 66, 2023.
Inter-Parliamentary Union. Monthly ranking of women in national parliaments. IPU Parline: Global data on national parliaments, 2024. Disponível em: . Acesso em: janeiro, 2024.
JOHNSON, Niki. De la cuota a la paridad: lecciones de América Latina. Diálogo Político, v. 2, p. 36-42, 2022.
KROOK, Mona Lena. Empowerment versus backlash: gender quotas and critical mass theory. Politics, Groups, and Identities, v. 3, n. 1, p. 184-188, 2015.
KROOK, Mona Lena; RESTREPO SANÍN, Juliana. Género y violencia política en América Latina. Conceptos, debates y soluciones. Política y gobierno, v. 23, n. 1, p. 127-162, 2016a.
KROOK, Mona Lena; RESTREPO SANÍN, Juliana. Violencia contra las mujeres en política. En defensa del concepto. Política y gobierno, v. 23, n. 2, p. 459-490, 2016b.
KROOK, Mona Lena. Violence against women in politics. Journal of Democracy, v. 28, n. 1, p. 74-88, 2017.
KROOK, Mona Lena. Violence against women in politics. New York: Oxford University Press, 2020. E-book.
LAMARTINE, Camila; HENRIQUES, Camila Franco. Ladies in Red: Uma análise das medidas legais de combate à violência política de gênero no Brasil e em Portugal. Ex aequo, n. 44, p. 93-109, 2021.
LIMA, Betina Stefanello. O labirinto de cristal: as trajetórias das cientistas na Física. Revista Estudos Feministas, v. 21, p. 883-903, 2013.
MATOS, Marlise. A sub-representação política das mulheres na chave de sua sub-teorização na ciência política. Mulheres, Poder e Política: a experiência do Brasil e do Canadá, v. 1, p. 22-54, 2011.
MATOS, Marlise. Mulheres e a Violência Política Sexista: Desafios à consolidação da democracia. In: BIROLI, Flávia et al. (Ed.). Mulheres, poder e ciência política: debates e trajetórias. Editora da Unicamp, p. 109-142, 2020.
MÉXICO. Ley general de acceso de las mujeres a una vida libre de violencia, reforma legislativa de 15 de janeiro de 2013. Ciudad de México: Diário Oficial de la Federación, 2013/2017.
MILANO, Danielly Jardim. As manifestações da violência política de gênero no Brasil: uma análise dos casos representados pelo GT-VPG de 2021 a 2023. UFPel: Dissertação de Mestrado, 2024.
PANAMÁ. Ley Nº 82, de 24 de outubro de 2013. Que adopta medidas de prevención contra la violencia en las mujeres y reforma el Código Penal para tipificar el feminicidio y sancionar los hechos de violencia contra la mujer. Ciudad de Panamá: Órgano ejecutivo nacional, 2013.
PANAMÁ. Ley Nº 202, de 2021. Que modifica la ley Nº 82 de 2013, sobre violencia contra la mujer. Ciudad de Panamá: Órgano ejecutivo nacional, 2013.
PARAGUAI. Ley Nº 5.777, de 27 de dezembro de 2016. De protección Integral a las mujeres contra toda forma de violencia. Asunción: Registro oficial, 2016.
PERU. Ley Nº 31.155, de 07 de abril de 2021. Ley que previene y sanciona el acoso contra las mujeres en la vida política. Lima: El Peruano, 2021.
PITKIN, Hanna. The concept of representation. 1967.
PISCOPO, Jennifer M. Repensando a representação descritiva: Representando as mulheres nos debates legislativos. Assuntos Parlamentares, v.64, n. 3, 2011.
PRÁ, Jussara. Cidadania de Gênero, Democracia Paritária e Inclusão política das mulheres. Gênero na Amazônia, Belém, n. 4, 2013.
ROEHE, Hanna Rossi; DE CAMPOS, Carmen Hein. VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO: a experiência do Brasil e da Bolívia. Revista de Teorias da Democracia e Direitos Políticos, v. 8, n. 2, 2022.
URUGUAI. Ley Nº 19.580, de 09 de janeiro de 2018. Violencia hacia las mujeres basada en género. Montevideo: Diário oficial, 2018.
WINTER, Ananda. Os Sentidos Da Paridade de Gênero na Bolívia e os Elementos da Sua Constante Transformação. Novos Rumos Sociológicos, v. 7, n. 11, p. 162-196, 2019a.
WINTER, Ananda. Dos caminhos para a Paridade a Paridade como caminho: Inclusão democrática, Chachawarmi e Despatriarcalização do Estado Plurinacional Boliviano. UNB: Dissertação de Mestrado, 2019b.