Palavras-chave:
Poder. Religião. Esfera Pública. Secularização. Democracia.
Resumo
Este artigo explora o debate instaurado sobre o poder da religião na esfera pública democrática. O debate tem sido articulado entre dois filósofos contemporâneos importantes, a saber, Jürgen Habermas e Charles Taylor. A análise que realizamos apresenta o problema referente a legitimidade ativa do poder da religião na esfera pública, presente nas sociedades democráticas em termos de tomada de decisão política com a participação de todos os grupos sociais, sem alijar os setores religiosos. Nesta perspectiva, abordamos a questão do tempo pós-secular e a presença da religião na esfera pública que surge como fonte de sentido na vida dos agentes humanos. Outra questão importante estudada é a da era secular em seus significados culturais diante das histórias de subtração. Buscamos ainda compreender em que se constitui a redefinição do significado fenomenológico do secularismo a luz de alguns valores republicanos. Por fim, tecemos algumas considerações finais acerca das posturas de convergência e divergência no diálogo estabelecido entre Jürgen Habermas e Charles Taylor, no que se refere a presença e ação moral autêntica do agente humano em meio ao papel dos grupos religiosos ou laicos na esfera pública democrática.
Biografia do Autor
Joel Decothé Junior, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
Mestre em filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialização em teologia luterana pelas Faculdades EST (EST). Licenciado em filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Bacharel em teologia pelas Faculdades EST (EST). Participa do grupo de pesquisa: Filosofia política, normatividade e dialética - linha de pesquisa: justiça política, sociedade civil e Estado (UNISINOS).