O internalismo de razões de Bernard Williams vs. Razões Morais: São as razões morais, razões externas?
Palavras-chave:
Internalismo de razões, Razões morais, Razões externas, Bernard Williams
Resumo
Neste texto procuramos investigar se a existência de razões morais é uma dificuldade para o internalismo de razões conforme a formulação de Bernard Williams (1981) em que A tem uma razão para ϕ apenas se existe uma rota deliberativa sólida do conjunto motivacional S de A para a motivação de A fazer ϕ. A dificuldade poderia surgir porque, nesta caracterização, todas as razões para agir tomadas por um agente são essencialmente condicionadas aos estados motivacionais deste agente. Entretanto, poderia ser o caso que existam algumas razões que se configuram de modo independente desses estados motivacionais – as razões externas – o que levaria à rejeição do internalismo. Um caso paradigmático de razões externas poderia ser as razões morais, justamente porque os imperativos morais parecem se configurar apesar dos desejos e vontades individuais. Para manter a tese internalista, a possibilidade analisada neste texto é rejeitar a impressão comum de que razões morais são razões externas e assumir que apenas existem razões morais para aqueles que possuem, em seu conjunto motivacional, valores e inclinações morais. Para ser viável, entretanto, a proposta precisa acomodar práticas amplamente difundidas de responsabilização e educação moral.Downloads
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