O internalismo de razões de Bernard Williams vs. Razões Morais: São as razões morais, razões externas?

  • Ísis Esteves Ruffo Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ísis Esteves Ruffo Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Internalismo de razões, Razões morais, Razões externas, Bernard Williams

Resumo

Neste texto procuramos investigar se a existência de razões morais é uma dificuldade para o internalismo de razões conforme a formulação de Bernard Williams (1981) em que A tem uma razão para ϕ apenas se existe uma rota deliberativa sólida do conjunto motivacional S de A para a motivação de A fazer ϕ. A dificuldade poderia surgir porque, nesta caracterização, todas as razões para agir tomadas por um agente são essencialmente condicionadas aos estados motivacionais deste agente. Entretanto, poderia ser o caso que existam algumas razões que se configuram de modo independente desses estados motivacionais – as razões externas – o que levaria à rejeição do internalismo. Um caso paradigmático de razões externas poderia ser as razões morais, justamente porque os imperativos morais parecem se configurar apesar dos desejos e vontades individuais. Para manter a tese internalista, a possibilidade analisada neste texto é rejeitar a impressão comum de que razões morais são razões externas e assumir que apenas existem razões morais para aqueles que possuem, em seu conjunto motivacional, valores e inclinações morais. Para ser viável, entretanto, a proposta precisa acomodar práticas amplamente difundidas de responsabilização e educação moral.

Biografia do Autor

Ísis Esteves Ruffo, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Atualmente, sou doutorando em filosofia com ênfase em metaética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ísis Esteves Ruffo, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Atualmente, doutoranda em filosofia na área de metaética no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Publicado
2024-02-19
Seção
Artigos