Palavras-chave:
Nietzsche, cristianismo, má-consciência, moral, ressentimento
Resumo
Resumo: Este artigo objetiva colocar as conjunturas levantadas por Nietzsche ao valor histórico dado aos juízos de bom e mau, e por fim, as circunstâncias dessa moralidade afixada pelo cristianismo entabulada da tradição judaico-cristã. Inventor da psicologia do sacerdócio, Nietzsche analisa historicamente o conceito de bom da ética aristocrática e a sua inversão pelo bem na concepção do cristianismo. O bom da aristocracia guerreira é a afirmação de si como pressuposto da vida boa na imanência e o bem é a negação de si que almeja uma vida boa na transcendência. Esse ideal do nada transforma a própria miséria em doutrina, o que torna uma vida mesquinha gerenciada pela má consciência e pelo ressentimento, impedindo o indivíduo de tomar as rédeas da própria vida alienando-se à processos gregários de corpos e ideias, alegorizados em escrituras. Diante do exposto, Nietzsche conduz para uma reflexão de transvaloração desses valores, ou seja, que orienta para uma moral nobre, livre de uma moral dos escravos, a moral do Ressentido.