A OPRESSÃO DE GÊNERO NA HISTÓRIA CANÔNICA DA FILOSOFIA MODERNA
Resumo
Este artigo tem como objetivo tratar da opressão de gênero no cânone da filosofia moderna. Parte-se da crítica de Spivak às narrativas históricas para demonstrar que aquilo que somos obrigados a adotar como verdade, é, na realidade, uma narrativa negociada e imposta a todos com finalidade de manter o privilégio de quem é ajudado por ela. Esse é justamente o caso da história canônica da filosofia. Com a análise de Shapiro, é possível entender como esse cânone é feito, com uma limitada e homogênea lista de figuras consideradas principais, fundamentado em opressões que excluem as mulheres, como é o caso de Masham. Pretende-se apresentar brevemente seu pensamento filosófico, defender que trata-se de teses originais e relevantes, e comprovar que seu apagamento configura uma clara misoginia. Além disso, propõe-se mudanças para construção de outras narrativas na história da filosofia, o que resulta na inclusão de novos nomes e perspectivas.