HANNAH ARENDT: TOTALITARISMO E DIGNIDADE HUMANA

  • Sônia Maria Schio (UFPel) UFPel

Resumo

Hannah Arendt (1906-1975) é conhecida como sendo uma pensadora da política. Nesse sentido, pode-se questionar no que ela poderia contribuir para a reflexão em outras áreas, por exemplo, a jurídica, posto que ela não teorizou explicitamente a lei, a justiça, o direito, entre outros temas desta área. Arendt, ao investigar as origens dos Sistemas Totalitários, o Nazista, em especial, percebeu que a Constituição de Weimar (1919) não foi revogada nem respeitada, e os resultados disso são bastante conhecidos. Entretanto, esse momento histórico não está isolado no tempo e no espaço. A hipótese a ser desenvolvida, então, é a de que os precedentes encontram-se na Modernidade (séc. XVII), na qual os conceitos de pessoa tem relação com o de humano e de sua dignidade. Palavras-chave: Arendt; Política; Direito; Totalitarismo; Dignidade Humana. Abstract: Hannah Arendt (1906-1975) is known as a political thinker. For this reason, is possible to discuss her contribution to the debate in other areas of knowledge. For example, her thought has influenced law studies, even she has not specifically theorized about law, rights and justice, among other law subjects. In her investigation about the origins of Totalitarian system, Arendt realized that the Weimar Constitution (1919) was not revoked or respected by the Nazism. However, the totalitarianism was not an event situated in a particularly time and space. The paper argues that the precedents, which enable the totalitarianism to take place, are in Modernity (XVII century), when the concept of person relates to humanity and dignity. Keywords: Arendt; Politics; Rights; Totalitarianism; Human Dignity.  SCHIO, Sônia Maria. “Hannah Arendt: totalitarismo e dignidade humana”. In: Seara Filosófica, n.10, inverno, 2015, p.5-16.

Biografia do Autor

Sônia Maria Schio (UFPel), UFPel
Doutora em Filosofia Moral e Política e Estética.Departamento de Filosofia/UFPel
Publicado
2015-08-19
Seção
Artigos