DA TOTALIDADE ONTOLÓGICA IDENTIFICADA NO FENÔMENO DA GUERRA A UMA ÉTICA INFINITA DA RESPONSABILIDADE.

Resumo

Este artigo apresenta a análise do filósofo lituano – francês Emmanuel Levinas (1906-1995), acerca do problema ontológico que se apresenta à noção ética de responsabilidade por ele proposta. Este problema é constatado no fenômeno da guerra, não por acaso, vivenciado por ele e que influenciou decisivamente seu pensamento. Na busca pelos fundamentos deste fenômeno é que Levinas chega à ontologia, que segundo ele, é a orientação filosófica preponderante em quase toda a história da filosofia ocidental. Eis então onde nasce a sua crítica ao discurso único do Ser, que prioriza uma noção de totalidade. Dessa forma, esta filosofia se define no encerramento e fechamento do pensamento. É próprio do discurso sobre o Ser pensar apenas sua interioridade e nada além, mostrando dessa maneira, a ontologia como uma filosofia do poder egoísta, que quando na relação com o Outro, absorve-o, impossibilitando relações éticas com o diferente de si. Isso impede a alteridade de se manter enquanto tal, e conseqüentemente, uma melhor compreensão do espectro da responsabilidade no mundo das relações práticas. É sobre o encerramento do pensamento na ontologia, da ascensão da ética como verdadeira filosofia primeira e da noção de responsabilidade proposta por Levinas, que este artigo irá se debruçar mais amiúde. 

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Biografia do Autor

Valéria dos Santos Silva, Universidade Estadual do Ceará
Possui graduação em Filosofia/Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão (2014). Atualmente cursando Mestrado em Filosofia na Universidade Estadual do Ceará (2015), na linha de pesquisa Ética. Fundamental.
Publicado
2016-01-08
Seção
Artigos