Obrigação moral e simpatia no utilitarismo de J. S. Mill

  • Bruno Botelho Braga Universidade Federal de Pelotas

Resumo

A maior das preocupações práticas do utilitarismo clássico foi, sem sombra de dúvida, a de promover reformas no sistema legislativo da sociedade inglesa do século XIX. Tendo isso em mente, um dos grandes problemas enfrentados pela teoria da maior felicidade dizia respeito à possibilidade de efetivação do padrão utilitarista na moralidade corriqueira. A partir da análise do capítulo III da obra Utilitarianism (1861) de J. S. Mill, pretendemos, portanto, oferecer respostas às seguintes questões-chave: (i) por que eu deveria me sentir obrigado a obedecer o princípio da utilidade? (ii) qual é a fonte da obrigação moral em geral? Após elucidar os conceitos de sanção externa, sanção interna, sentimento de dever e simpatia, concluiremos que o utilitarismo não só é compatível com as fontes da obrigação moral em geral, como também possui um “suporte afetivo natural” que oferece guarida a seus ditâmes.

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Biografia do Autor

Bruno Botelho Braga, Universidade Federal de Pelotas
Mestrando em filosofia pela Ufpel. Bolsista Capes.
Publicado
2016-08-18
Seção
Artigos