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Adrielly Oliveira
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William Teixeira
Resumo
A partir de estudos já realizados (Ribeiro, 2010; Janotti, 2003; Gumes, 2011), é possível afirmar a existência de um movimento sócio-musical denominável como rock alternativo, cuja cena é segmentada pela inserção de vários estilos e sub-estilos, tais como heavy metal, punk, hardcore, blues, entre outros. Entretanto, é comum ouvir dentro deste mesmo contexto discursos em oposição aos rótulos de gêneros, pois suas preferências por um som mais ‘indie’ (diminutivo para independent), estão ligadas diretamente ao fato de que a música produzida nessa categoria seriam composições livres de estratégias mercadológicas, com conteúdos mais autênticos e verdadeiros. Essa autenticidade estaria fora do mainstream, constituindo o underground, onde se desenvolvem as expressões alternativas (Shuker, 1999 apud. Marques, 2005, p.95). Segundo Gunn (2004 apud. Marques, 2005, pág. 95), “a lógica da formação dos gêneros é resultado inevitável de nossas tentativas de entender e explicar, para nós mesmos e para os outros, a música que ouvimos. É nas discussões sobre música, ocorrida entre fãs, críticos e artistas, que um gênero musical se constrói”. Na cena alternativa brasileira é comum encontrar bandas que se recusam a seguir apenas um único gênero musical, acompanhando o nascimento de diversos sub gêneros e suas nomenclaturas para cada mistura de dois ou mais gêneros, tornando assim seu público também cada vez mais hibrido. (Marques, 2005).